30 agosto, 2007

Sorteio

Grupo A: liverpool, FCPORTO, marselha e besiktas

Grupo D: milan, benfica, celtic e shaktar

Grupo F: manchester, Roma, sportem e dinamo kiev

Adivinhem quem vai a Anfield :D

27 agosto, 2007

É de mim ou nunca se falou tanto de atletismo como hoje?

FCPORTO 1 - 0 sportem

Não conheço nenhum lagarto que tenha ido ao jogo, mas juro que só gostava de saber o que sentiram quando ouviram aquele "só eu sei".

25 agosto, 2007

"CAMACHO ÉS MAIOR TREINADOR DE PORTUGAL"

Nuno Gomes por Romeu Ribeiro (avançado por médio)
Fábio Coentrão por Luís Filipe (troca por troca)
Cardozo por Bergessio (troca por troca, para pior)

ai se fosse o outro...

FCPORTO - sportem

Revenge is never a straight line. It’s a forest. And like a forest it’s easy to loose your way… to get lost… to forget where you came in.

in Kill Bill

23 agosto, 2007

Porto, 23 de Agosto de 2007

Caro Fernando Santos:

Nunca se falou tanto de si como nos últimos dias. É o peso de se ser treinador do benfica. Ou melhor, é o alívio de se ser ex-treinador do benfica.
Escrevo-lhe porque também eu tenho pensado muito em si nos últimos dias.

Lembro-me que o Fernando Santos saiu do anonimato do nosso “futebol dos pequenos” graças a Pinto da Costa. Em 3 anos connosco, foi Penta, ganhou 2 Taças e 2 Supertaças. E só não foi mais longe na Liga dos Campeões porque Hugh Dallas não deixou.
Noutro clube qualquer, isto era fantástico não era Fernando Santos? Mas no Porto foi pouco. Partiu e, verdade seja dita, não deixou grandes saudades.
Ainda hoje não sei explicar bem porquê. Talvez porque era fácil ser Penta e ganhar aquelas Taças naquele Porto. Talvez porque não ser campeão 2 anos seguidos seja um desastre impensável para nós. Mas, bem vistas as coisas, são 5 títulos em 3 anos. E só não foram mais talvez à custa de Brunos Paixões (campomaiorense-FCP), Vítores Pereiras (boavista-FCP) e essas coisas.
O “inginheiro” não fez um mau trabalho. Só não fez um muito bom.

Partiu para a Grécia e fez sucesso. Enquanto isso, Octávio Machado ocupava-se de demonstrar que afinal o Fernando Santos não era assim tão inútil e o sportem era novamente campeão.

Voltou a Portugal para treinar precisamente o sportem, numa altura em que o Porto de Mourinho era já imparável (graças ao Apito Dourado, claro). Agora estava a vê-lo ao longe e logo num rival. Deu-me a impressão que, por aqui, ninguém ficou muito incomodado. Talvez porque ninguém o idolatrava. Talvez porque não incomodou ninguém no sportem. Talvez porque nessa altura ninguém nos incomodava de todo.
E não é que lá também não gostaram muito de si? Vocês nem jogavam muito mal, vocês até ficaram a apenas 9 pontos do Campeão Europeu. Não se podia pedir mais àquele sportem, pois não?

Grécia novamente e mais ou menos sucesso. E, quando por cá já nem nos lembrávamos de si, eis que cai de pára-quedas no benfica. Finalmente, o clube do seu coração.
Mas, surpresa das surpresas!, é lá que o recebem pior. Não sei se por já ter treinado os dois rivais, não sei se por duvidarem da sua qualidade, não sei se “porque sim”. O certo é que não teve o mínimo crédito dos lampiões. Terá sido porque não disse logo na conferência de imprensa de apresentação que odiava o Porto e que o Pinto da Costa é um corrupto? Que falhanço o seu!

Começou mal (bem, para mim, mas agora vou falar por si), muito mal. Mas o presidente “segurou-o” e o benfica até começou a dar uns toques. A 2/3 da época já iam ser campeões e a UEFA estava no papo. O Fernando Santos era o único calmo no meio daquela “onda” a fervilhar com a ânsia dos títulos. Talvez fosse esse o seu mal. Foi demasiado realista.
E quando o melhor veio à tona (embora nunca tenha saído dela, só mesmo na cabeça deles), lá vieram as críticas. Você sabe que eles o queriam fora dali, mas mesmo assim teve a coragem de ficar. Com a ajuda do presidente, claro.

Sou sincera: achei estranho. Tinha sido muito mais fácil (e muito mais “à benfica”) terem-no despedido e assim começavam uma nova época com um novo treinador e nova esperança. Mas, bem, é o benfica. E, mesmo sem esperança, para eles uma pré-época é sempre em grande.
Tudo começou a fazer mais sentido com a história do Simão. Eu vi logo, Fernando Santos. Vi logo na sua cara que não estava a contar com aquilo, que ninguém o informou daquilo.. que estava lixado! Era tão evidente. E lógico. Porque qualquer um na sua posição tinha ficado de rastos.

Simão, Manuel Fernandes, reforços que não chegam, Copenhaga a ferros e… pimba! Aos 94 minutos o leixões despede-o.
Mas alguém acredita nisto Fernando Santos?
Há alguém que não tenha percebido o que se passou?

Eu não duvido que o Fernando Santos foi o bode expiatório de um benfica à imagem de Luís Filipe Vieira: the one-man-show. Um benfica fraco, sem Simão, agarrado ao mito Rui Costa. Um benfica sem vontade, desequilibrado, em crise. Sim, c-r-i-s-e. A palavra que os jornais mais adoram. Aí está ela. Mas, porra, estamos a falar do benfica! Não há cá crises!
Esperem lá… há um treinador que os adeptos detestam, um treinador que não venceu nada (mesmo com os melhores jogadores do mundo!), um treinador que não faz jus às promessas do presidente (ah e tal porque vamos ser campeões da Europa daqui a não sei quantos anos, ah e tal porque vamos ser dos melhores clubes do mundo daqui a não sei quantos anos).

Mas os anos passam e nunca são os melhores. E de quem é a culpa?
Será do presidente que faz tudo sozinho, que promete, que compra, que vende, que dirige, que comanda, que dá lições de moral a jogadores que estão há anos no clube e que têm coração de benfiquista (ao contrário dele), que dá asas aos sonhos dos adeptos mais crentes e que depois toca a despedir este ou aquele porque eles é que impediram que esses sonhos se concretizassem?
Ou será do treinador?
Elementar, meu caro.

E agora volta o salvador Camacho para esconder a c-r-i-s-e e levar o povo aos treinos com as novas camisolas do benfica. Temos de admitir, Fernando Santos, que é um golpe de génio. Eles ficam todos contentes, o outro sacode o pó dos ombros e continuam exactamente com os mesmos problemas.

Já você tem a coragem de vir dar a cara por um benfica que falhou, pelo seu benfica. Depois de treinar os 3 grandes, está com a imagem mais gasta do que nunca e provavelmente ninguém o quer por cá. Mas, mesmo assim, não ataca ninguém, não se defende para não estragar a imagem de outros.

Sabe, Fernando Santos, acho que agora é que percebo porque é que falhou. Porque é boa pessoa demais para este futebol.

21 agosto, 2007

Prós e contras

O que eu odeio na pré-época:
- Não haver futebol a sério. Há estágios, jogos de preparação, contratações… mas não há o melhor.
- Os jornais. Páginas e páginas de grandes invenções porque não há absolutamente nada para dizer.
- O sportem. Ok, eu já os odeio habitualmente. Mas o certo é que, nesta altura, são sempre os mais calados e isso irrita-me. Não têm dinheiro, mas vão-se safando nas compras. Não andam a mandar bocas de Apitos, mas têm o Bruno Paixão. E este ano, ainda por cima, conseguiram finalmente vender uma pérola da casa por um valor assinalável. Pois é, o sportem parte sempre à frente. No início das épocas, é normal vencerem grandes jogos e darem grandes goleadas. Aliás, o problema do sportem é apenas o campeonato ter meio e fim.

O que eu adoro na pré-época:
- A ressaca. Como a festa é quase sempre nossa, sabe bem passar um Verão inteiro com cara de campeões.
- As conversas de café. Quando ainda nem decoramos os nomes dos novos jogadores mas já desenvolvemos grandes teorias sobre cada um deles. Quando ficamos furiosos por vendermos jogadores por 30 milhões de euros, vá, coisa pouca.
- O benfica. É, indiscutivelmente, o grande campeão de todas as pré-épocas. Partem sempre em vantagem. Porque são os maiores do mundo. Porque contratam os melhores jogadores do mundo. Porque “este ano é que vai ser!”. E, ainda por cima, este ano têm umas camisolas cor-de-rosa que lhes ficam a matar.

braga 1 – 2 FCPORTO

Mesmo numa prova onde ainda temos todos os pontos em disputa, é sempre importante começar a vencer. E ir a Braga fazê-lo não é propriamente coisa que já tenha visto muitas vezes. Aliás, neste novo estádio (que, para mim, é o Municipal de Braga) só tínhamos ganho uma vez.
Interromper as férias para ir a Braga não foi, portanto, uma decisão agradável à partida. Mas, como sempre, lá fomos.

Acho sinceramente que fomos melhores. E diria o mesmo se tivéssemos empatado. Mesmo assim, este Porto continua muito.. “à Porto” de Jesualdo. Mesmo a controlar, é morno. Às vezes mesmo desinteressante.

A reter:
Quaresma e Lucho não são insubstituíveis. Mas neste momento são mesmo indispensáveis.
O braga tem, mais uma vez, uma grande equipa.
Os emigrantes deviam ser proibidos de entrar nos estádios.
Que pena o leixões ter sido no mesmo dia.



O habitual.

FCPORTO 0 – 1 sportem

4 horas para chegar ao estádio por causa da (des)organização “à Tuga”;

3 bolas ao poste;

2 equipas que encaixaram uma na outra e que não quiseram ganhar o jogo;

1 penalty por marcar a nosso favor;

E assim se perde uma Supertaça.

10 agosto, 2007

Supertaça

Finalmente. Amanhã deixamos de ganhar torneios internacionais (e ainda nos falta a Taça Amizade!) e passamos a coisas sérias.
Um troféu que dominamos por completo. E logo contra quem.

Mais do que o jogo propriamente dito (porque só agora é que vamos ver mesmo como é que estão as duas equipas), esta partida suscita-me uma questão curiosa.
Ora bem, que eu saiba a Supertaça tem por norma a sua realização num terreno neutro, com distâncias mais ou menos equivalentes para as cidades dos clubes em questão. Tudo bem até aqui.

Mas sou só eu que acho estranho que este Porto-sportem se realize no distrito onde há mais lagartos no país e que, curiosamente, fica a cerca de 100kms de Lisboa e a 200 do Porto? Só queria ver se fosse ao contrário.

Se perdermos, a culpa foi do estádio. Até porque eles estão habituados a jogar numa coisa assim tão feia e nós não. Se ganharmos, lá teremos nós de fazer a festa no terreno neutro.. que é deles.

P.S. Numa semana em que fiquei sem carro, acho que mereço começar logo a ganhar aos verdes porra!

03 agosto, 2007

Antes de ir de férias e porque muito se tem falado de amor ao clube, deixo-vos uma das grandes pérolas do que vou recolhendo nos jornais.

02 agosto, 2007

Porto, 1 de Agosto de 2007

Simão:

Escrevo-te para te dizer que estou muito contente.
Por um lado, um rival perde o melhor jogador, com o bónus de teres desmoralizado os adeptos que acreditavam mesmo que ias ficar lá para sempre porque gostavas muito deles. Por outro lado, o futebol português perde mais um 'pesetero', que prefere ir ganhar mais uns trocos para um clubezeco do que ficar onde já era querido.

Estou mesmo contente, Simão.
Ligo a televisão e vejo rostos tristes, leio o jornal com palavras de saudade, ouço a rádio com vozes que quase te imploram para ficares. Mas eu não os percebo.

Não posso negar que vou sentir saudades de te insultar.
Mas terei sempre o gosto de gozar com quem sente a tua falta, com quem foi traído por ti, com quem agora também te insulta como eu.

Não sei se aí ao longe já reparaste, mas eles agora até metem dó. Parecem um homem que amava loucamente a namorada, fazia tudo por ela, e, quando ela o troca por outro porque se fartou, ele começa a insultá-la para expressar a sua dor.

Dói-lhes, Simão. Dói-lhes muito. Mas não te preocupes comigo porque para mim nunca estiveste tão bem.

E sabes, Simão, eu ficava ainda mais contente era se daqui a uns anos voltasses para os verdes ou para os vermelhos.
Parece que já te estou a ver a voltar (a chorar, claro, porque tu até és bom actor), já quando não te aguentas das pernas, e a dizeres que sempre sonhaste com esse regresso porque esse (seja ele qual for) sempre foi o clube do teu coração. Vou adorar ver-te a gozar com a cara deles.

Faz hoje um ano que te escrevi pela primeira vez (http://jornaldatripeira.blogspot.com/2006_08_01_archive.html).
Não mudava nem uma vírgula.