26 junho, 2008

Uma história contada por George Best

"Eu estava com o Bobby Charlton, o Denis Law e o Puskás, estávamos a treinar uma academia de futebol na Austrália. Os jovens que treinávamos não respeitavam o Puskás e gozavam com o seu peso e a sua idade… Decidimos deixá-los desafiar um dos treinadores para acertar dez vezes seguidas na trave e obviamente eles escolheram o gordo e velho. O Lay perguntou aos miúdos quantas vezes é que eles achavam que o gordo e velho ia acertar. A maioria disse ‘menos de cinco’. Eu disse dez. O gordo e velho treinador acertou as primeiras nove vezes de seguida. Ao décimo remate, ele disparou a bola para o ar, controlou-a com os dois ombros e com a cabeça, deu de calcanhar e mandou-a para a trave. Eles ficaram todos em silêncio e depois um miúdo perguntou quem era ele. Eu respondi (e não traduzo porque perde qualidade): To you, his name is Mr. Puskás"

21 junho, 2008

Hepta

Queria agradecer ao FCP o tanto que tem feito pela língua portuguesa. Não me acredito que muita gente soubesse como se dizia "vencer sete vezes consecutivas" antes do dia de hoje. E logo ali. Comemo-los mesmo de cebolada.

Parabéns rapazes.

20 junho, 2008

Pedido à UEFA

(calma Platini e Madaíl, não é mais uma carta do benfica ahahahah)

Este Europeu suscitou-me diversos pedidos a fazer à UEFA para que, desta forma, possam melhorar a competição.

- Acho essencial que os Europeus (e, já agora, os Mundiais) acabem antes de começar. Confusos? Eu explico. Portugal é, de longe, a melhor equipa antes das competições e, como eu um dia até gostava de ver o meu país ganhar aos irritantes alemães ou aos arrogantes franceses, penso que esta seria a solução ideal. Seria assim uma coisa tipo benfica no campeonato português: ganhar antes de começar porque depois perdemos sempre.

- Na eventualidade disto não poder vir a acontecer, proponho que as vitórias morais passem a ser mais importantes do que essas coisas dos golos e não sei quê. Moralmente falando, as outras selecções estão a anos-luz da qualidade de Portugal. Seria assim uma coisa tipo sportem: ganhar de todas as formas possíveis menos marcando mais golos do que os adversários.

- Se, mais uma vez, por acaso não acharem esta uma bela ideia, tenho outra. Os golos dos avançados portugueses deviam valer por dois. Vocês sabem como eles são maus, muito maus, por isso não seria uma ajuda por aí além. Se cada golo do Pauleta valesse por dois, em não sei quantos anos em fases finais ele tinha marcado seis golos à Polónia. Se cada golo do Nuno Gomes ou do Postiga valesse por dois, tínhamos cilindrado a Alemanha!

- Embora ache a última proposta irrecusável, tenho uma que não vão poder dizer não: proibir as bolas paradas. É que eu gosto muito de futebol, de fintas, de boas jogadas, da qualidade técnica dos jogadores e as bolas paradas são uma seca. É só pôr uma bola para a área e está lá um monstro a chatear. Portugal joga muito bem e tem um guarda-redes que de bola parada só se for de penalty, por isso acho isto das bolas paradas muito injusto. O Ricardo, como toda a gente sabe, é o melhor guarda-redes português e, já agora, também pedia para proibirem não só as bolas paradas, mas qualquer jogada pelo ar. A relva é bonita e merece que os jogadores a usem. Nada de cruzamentos onde o Ricardinho tenha de se esconder atrás do Ballack para não levar com a bola (ela vinha de força e podia aleijá-lo, fogo).

- O quê? Não aceitaram esta? Vocês na UEFA são uns totós! (que o diga o benfica ahahahahah) Mas estão com sorte: tenho outra ideia. Todos os jogadores com mais de 1,50m deviam ser banidos dos Europeus. É que eu ADORO o Moutinho e gostava que ele um dia pudesse jogar com checos e alemães sem parecer um Pinipon.

- Vá, é a minha última ideia, por isso aproveitem. Gostava que os melhores penteados, os melhores brincos, as namoradas que aparecem mais vezes nuas nas revistas e os que correm mais atrás de prémios de jogo valessem pontos nos Europeus. E, aproveitando o lanço, os treinadores que fizessem mais anúncios publicitários também. Ah, e os presidentes que pintassem o cabelo com a cor mais bonita também. Ui, e se os secretários de estado que fazem menos também? Estava ganho Portugal! Já para não falar se o número de imigrantes no país organizador contasse para alguma coisa… Ou os programas com nomes estúpidos tipo “É agora!”… Ou os directos televisivos de Neuchatel…

Se pelo menos uma das minhas propostas for aceite, vão ver como os Europeus serão muito mais interessantes. Por favor UEFA, deixem-se de coisas e arranjem maneira da melhor equipa antes e depois dos torneios ganhar. Isso do durante não interessa a ninguém, porra!

P.S. Desculpem enviar o pedido numa altura em que recebem tantos do benfica ahahahahah

16 junho, 2008

06/06/2008

Anónimo disse...
LOL

T disse...
lol...

Anónimo disse...
lol

Quem ri por último, ri melhor

14 junho, 2008

Ridículo

que provoca ou desperta o riso ou o escárnio;
irrisório;
de pouco valor;
insignificante.

É o único adjectivo que encontro para definir as conferências de imprensa da selecção, onde os jogadores se limitam a duas ou três palavras óbvias e os assessores têm a lata de interromper para discutir com os jornalistas.

É isto que vocês querem aplaudir?

12 junho, 2008

Sem Nadal, Federer não seria tão bom

Se há torneio que, para mim, se consegue equiparar ao futebol, esse torneio é Roland Garros. Ganhei-lhe o gosto com Gustavo Kuerten em 1997 e não mais larguei. No entanto, a minha memória apenas reteve as vitórias seguintes do brasileiro; as outras finais, só mesmo com a ajuda da wikipedia. Talvez as minhas gavetas cerebrais não tenham mais espaço para estas preciosidades extra-futebol.
Só em 2005 é que o meu cérebro voltou a Paris, quando um miúdo espanhol impressionou tudo e todos ao vencer Roland Garros. Falo, claro, de Rafael Nadal, que agora é nada mais, nada menos, do que tetracampeão do torneio.
Mas façamos uma pausa na terra batida porque entretanto entrou uma personagem determinante na história. Roger Federer é o número 1 do ranking há já alguns anos e é-o merecidamente. Ninguém ouse questionar a categoria do tenista suíço. Ele é bem melhor do que os outros todos, aliás, muitos dizem que é o melhor de todos os tempos.
A verdade é que, para mim, ele é realmente do melhor que eu já vi, embora confesse que Pete Sampras está lá muito perto. Federer tem tudo levado ao extremo: classe, desportivismo e talento. Vê-lo vencer tornou-se quase o pão nosso de cada dia de quem gosta de seguir de longe os outros torneios. Só que isto tudo parece não ter efeito nos cortes de Roland Garros.
Não sou da opinião de quem possa pensar que Roger Federer não é suficientemente capaz de vencer em Paris. Acho que afirmar isso chega a ser estúpido quando se olha ao ténis do suíço, praticamente perfeito. Acho, sim, que os deuses do desporto inventaram de propósito um Rafa Nadal para lhe estragar a festa.
Com aquela cara de índio temível, Nadal representa quase tudo o que não se pede no ténis. Agressividade, força e um sem número de erros técnicos. Não é que eu perceba muito desta última parte, mas habituei-me a ouvir os comentadores dizerem que «o que Nadal faz não se deve ensinar às crianças».
Canhoto apenas a jogar ténis, o espanhol troca todas as voltas aos adversários. Bate na bola de uma maneira estranha, dá-lhe efeitos desconhecidos e, o que mais me impressiona, é que chega a TODAS as bolas. E é por estas e por outras que ninguém pode brincar com Nadal em terra batida.
Federer e Nadal não podiam ser mais diferentes. Começam na roupa: o suíço veste sempre aqueles pólos e calções de “betinho” e calça umas meias que nunca se sujam. O espanhol parece um “grunho”, de manga caveada, calções compridos e cheio de suor por todos os lados. E acabam na técnica: o suíço sempre perfeito. O espanhol sempre atabalhoado.
É certo que Roger Federer ficará para a história do ténis como pelo menos um dos melhores de sempre. Mas Rafael Nadal ficará nas minhas gavetas cerebrais como o miúdo com cara de índio que mostrou ao melhor de mundo que o desporto afinal não foi inventado por deuses. É de cá, da terra. Batida, pois claro.

11 junho, 2008

Anti-histeria

A frase mais inteligente que ouvi nos últimos tempos:

"Se o meu namorado me dissesse 'querida, põe o cachecol, traz a bandeira, pinta a cara e vamos para a praça ver a nossa selecção' eu acabava com ele"

06 junho, 2008

O que não nos mata torna-nos mais fortes