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O dérbi da Invicta não tem muito para contar.
O Porto dominou o jogo, mereceu vencer e o boavista apresentou-se à sua imagem: pouco futebol e muita fruta.

Os dragões entraram muito bem no jogo, encostaram o boavista à grande-área e criaram vários lances de bom futebol. O golo chegou por intermédio de Quaresma (mais uma vez) através de um livre directo. Até ao intervalo, só deu Porto.

Na segunda parte, pouco mudou. É verdade que o boavista reagiu um pouco e até chegou algumas vezes à baliza de Baía, mas também não deixa de ser notória a falta de capacidade dos jogadores boavisteiros para fazer mais. Nota-se que têm vontade (as pernas dos nossos jogadores que o digam), que são dirigidos por um bom treinador, mas falta-lhes muita, muita técnica.
O Porto ainda falhou alguns golos e a pouca vantagem nem deu para assustar.

Há quem fale em penaltis para um lado e para o outro, mas sinceramente não acho que nenhum dos casos seja motivo suficiente para assinalar grande penalidade.

É difícil dizer quem foi melhor neste Porto já que cada vez mais se vê ali um todo. Recheado de grandes talentos individuais, é verdade, mas felizmente a trabalharem como uma equipa.
Não posso deixar de falar mais uma vez das surpresas que têm sido Pepe e Paulo Assunção. Impressionante a confiança que demonstram.

Um dos momentos da noite foi a expulsão de João Pinto. Poucas vezes se ouviu um coro de assobios tão ensurdecedor no Dragão. O menino de ouro nem incomodou nem provocou muito, mas tantos anos de lampionice e lagartice nojenta têm que ter o seu troco.
Mas tenho muita pena que estes momentos tenham perdido alguma mística com a transição para este estádio. Continuo a achar que estamos melhor em termos de conforto e modernidade, mas falta ali aquela pressão das Antas. O estádio de pé quando saía a estrela da equipa, o barulho ensurdecedor de um golo ou de um coro de insultos. Ganhámos um Porto do séc. XXI, mas perdemos muito da essência do futebol.
Enfim, voltemos ao que interessa.

Os Super Dragões aderiram ao protesto Ultra nacional. Dúvidas ou comentários é favor ler o último post.
Os adeptos do boavista estiveram, como é habitual, em muito pouco número para quem joga à porta de casa.

Ainda a salientar a lesão de César Peixoto. Em princípio, falha o resto da época. Pode ser que enquanto o rapaz goza o casamento com mais calma o Cech nos mostre o que vale.

Mais três pontos e os adversários continuam a olhar-nos de longe. Há que ter calma, caros portistas.