Com um frio de rachar no Norte, segui viagem para Paços de Ferreira a ouvir o relato do mágico Rio Ave. O resultado era agradável e deu-me confiança para o jogo na Mata Real. Estava mesmo convencida que íamos ganhar, e isto NUNCA me acontece.
Na Mata (não podiam dar melhor nome àquilo...), o frio era ainda mais intenso e só mesmo o fim do benfica-rio ave aqueceu as almas azuis e brancas.
Antes do jogo, não posso deixar de referir a actuação da GNR de Paços de Ferreira que me surpreende de ano para ano.
Aparecem lá às dezenas, qual clássico de risco qual quê, montados em cavalos e com aqueles uniformes que fazem dos soldados uns meninos. Chegada à revista, fui apalpada (sim, apalpada) durante uns minutos e tive que deixar cá fora a minha arma de arremesso: um baton do cieiro. Ainda tentei explicar à mulher que aquele mesmo baton já entrou em vários estádios da Europa, mas esqueci-me que Paços é um mundo à parte. Falha minha, pois claro.
Lá dentro, nas melhores cadeiras do país (tom muito, muito irónico), o aquecimento trouxe algumas surpresas: Jorginho saiu finalmente da equipa, Ibson e Lisandro regressaram. César Peixoto reconquistou o lugar, Pepe mantém-se no 11 titular (até dói escrever isto), Paulo Assunção parece ter lugar cativo, assim como Quaresma e Hugo Almeida. O Baía de sempre, Pedro Emanuel, Bosingwa e Lucho completaram a equipa que alinhou de início.
O jogo não foi nada de especial. O Porto marcou logo aos 11 minutos, num remate eficaz de Quaresma, que depois se entusiasmou e decidiu passar o jogo a rematar de tudo quanto era sítio, sem resultado nenhum claro.
Aos 24, César Peixoto comete uma grande penalidade por mão na bola, mas o árbitro não assinala.
Hugo Almeida, que mostrou mais uma vez ser um óptimo central(!), marcou um golo limpo aos 55 minutos, mas o árbitro assistente decidiu anulá-lo para compensar a falha da 1ª parte.
De resto, o Paços não chegou à baliza do Porto, Vítor Baía não fez uma defesa e o Porto controlou o jogo q.b.
Dos jogadores do Porto destaco a exibição do Pepe, para o bem e para o mal. A verdade é que não consigo ver muita qualidade no Pepe. O rapaz é esforçado, tem vontade, luta e até vai fazendo algumas coisas bem. Mas como vai a todas cheio de garra, comete erros que não lembram ao diabo. Enfim, não há muito melhor no plantel...
O pior da noite foi mesmo Bosingwa. Arrastou-se o jogo todo, impressionante. Até na cara dele se via que preferia mil vezes estar no Via Rápida que ali. Meu caro, eu sei que a alternativa a ti é o Sonkaya e isso dá segurança a qualquer um. Mas estás no Porto e esse ócio não é aceitável em nenhum caso, quanto mais no de um jogador que ainda tem muito a provar, como tu.
Impressionante a lata de José Mota, que apesar de não ter feito um remate à baliza acha que o árbitro foi determinante no resultado do jogo. Brilhante.
Ainda a salientar a presença de muito público. Para um domingo a uma hora absurda e com bilhetes a 20 euros, muito bom.
07 novembro, 2005
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2 comentários:
É verdade , para um gajo se aguentar em pé naquelas cadeiras é preciso ser equilibrista...
"(...)tive que deixar cá fora a minha arma de arremesso: um baton do cieiro.(...)"
Também queres levar essa merda lá para dentro... leva antes cenas que não façam estragos... olha por exemplo... os petardos entram sem pre... pergunta aos lagartos!!!
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