31 outubro, 2006

Atentado ao futebol espectáculo

28 minutos de jogo. A bola vai para o corredor esquerdo do ataque do Porto. Anderson e Katsouranis perseguem-na a alta velocidade. Quando o brasileiro a atinge, Katsouranis faz um carrinho. A perna esquerda desvia a bola. O joelho direito abalroa Anderson. Segue o jogo. O brasileiro é assistido e ainda volta a entrar, mas não consegue e sai de vez.

No Domingo ouvimos a notícia da tripla lesão: fractura do perónio, rotura do ligamento não sei quê e rompimento da não sei que mais. Como vêem, não percebo nada de anatomia. Mas uma coisa eu percebo: Katsouranis pode não ter sido maldoso, a entrada pode não das piores que já vimos, o facto de nos arrumarem o jogador do qual dependemos pode ser coincidência... Mas são estas coisas que tiram o público dos estádios. Porque vou passar a pagar para ver o quê?

O grego não pode sair impune. Mas sinceramente não me traz consolo nenhum. Porque ele é só mais um. É outro Karagounis que arruma o Lisandro e não se passa nada. É outro Stephen Hunt que não queria, mas quase matou. O Anderson não.
É o nosso Anderson. Dependemos dele e não temos vergonha disso. É um génio, um mágico, um daqueles que faz os putos discutir no recreio porque não pode haver 10 Andersons em campo. É o melhor.
Um puto já crescido. Que até nas piores horas não deixa de ser um exemplo.

Para a comitiva do F.C. Porto
Maninhos, paizinhos e vovozinhos
Gostava muito de estar aí, junto com vocês. Esta é uma partida muito importante para todos nós e todos vocês sabem que temos de ganhar. Por mim, por vocês, por aqueles que ficaram cá, pela nossa equipa, pelo nosso clube. Estarei aqui mas a torcer muito por vocês. Fiquem com a certeza de que estarei aí, junto com vocês, em espírito. Muito e muito obrigado por estarem a ajudar a formar este homem, que sou eu. Maninhos, paizinhos e vovozinhos: tragam de volta uma vitória.
E atenção, se eu escrever alguma coisa errada não é para folgar em mim, heim?
Um abraço do amigo «Jurema»


Que esta lesão signifique "apenas" alguns meses bem difíceis para nós. Que o teu talento não se perca. Que os atentados ao verdadeiro futebol não se repitam.

Super vs diabos

E porque os clássicos nunca se jogam só dentro das 4 linhas, este até merece um post especial.
Aos anfitriões, os Super, coube alinhar na coreografia do clube. Antes das 9 da manhã, lá estávamos para dar o nosso contributo. E que saudades tínhamos nós disto. Não do trabalho, claro.
50 mil cartolinas. É muita fruta meus amigos. E se não teve nada de original, a verdade é que foi arrepiante vê-las levantadas, a formar uma mensagem tão clara de incentivo à equipa, enquanto já preparávamos as gargantas.

O triângulozinho do outro lado comprovava o boato de que as claques benfiquistas tinham bilhetes. Perfeito. Sem eles nunca tem a mesma piada.
Mas nem todos estiverem presentes. Não quero saber como, não quero saber porquê. O que é certo é que uns estiveram lá e outros não. Gostei. Principalmente da entrada no estádio.

Chegaram tarde, mas a tempo de apoiar. Não se ouviram, pois claro. Natural sendo que eram pouquíssimos (nós, sem bilhetes, fomos quantos à luz?) e nós também não ajudámos.
Foi intenso, excitante, emocionante. Para os dois lados. Eles já festejavam o empate mas nós acabámos por mostrar-lhes que há dias em que não devíamos mesmo sair de casa ;)

FCPORTO 3 - benfica 2

Como ter 3 Portos num só jogo:

1º - o FCP das Antas
O Dragão já foi palco de algumas das nossas maiores emoções dos últimos anos, mas a verdade é que desde que fizemos as malas para a nossa nova casa que sentimos que se perdeu algo em relação às Antas. É difícil explicar o quê, mas acho que até mesmo os nossos adversários o percebem. Não sei, parece-me que é mais fácil sobreviver ao Dragão do que o era às Antas.
Neste jogo voltei a sentir as Antas. Talvez porque o Dragão só nos trouxera maus resultados com os lampiões, gerou-se ali algo que quase tocou no "inferno das Antas" (expressão que uma vez ouvi um adepto de outro clube dizer na televisão).
Foi uma entrada fulgurante, à Porto das Antas que esmagava sempre o benfica. 2-0 aos 20 minutos. Tudo ali era perfeito.

2º - o FCP de Jesualdo
Anderson tem que sair. Não é de todo um bom prenúncio, mas o 2-0 deixa-nos descansados. Afinal de contas é o benfica e estamos a jogar em casa, temos mais do que razões para acreditar. Mas eis que nos lembramos de quem está no nosso banco. O treinador que provavelmente fez o melhor jogo que eu vi do benfica nas Antas e que mesmo assim perdeu por 3-2. Por medo na altura. E como quem com ferros mata, com ferros morre, agora quem leva com ele somos nós. Acho que não é preciso saber muito de futebol para a partir da meia hora de jogo já todos termos percebido que com este Porto não íamos ganhar.

3º - o FCP CAMPEÃO
Quando já estávamos todos sem unhas e com mais alguns problemas de coração, eis que surge "aquele" Porto. O Porto da raça, da crença e do querer. Dizem que foi um golpe de sorte. Para mim, tudo no futebol (como na vida) tem que levar uma dose de sorte ou azar. Aquele lance teve sem dúvida uma pitada de sorte. Mas teve muito mais do que isso. Teve tudo o que uma equipa precisa para ser melhor do que as outras. Teve atitude de campeão. E se para uns Bruno Moraes vai a partir de agora rimar sempre com azia, para nós será sinónimo desta mística que poucos entendem.

27 outubro, 2006

O 2º clássico

Ainda agora recuperámos de uns e já estamos a levar com outros. Raio de praga de mouros que não nos largam.

Ora bem, um clássico Porto-benfica começa sempre muito antes dos 90 minutos de futebol propriamente ditos. Desta vez a novela começou com um "esquecimento" da direcção do benfica. Sem pedido de bilhetes a tempo, não há bilhetes para a lampionagem. Pediu-se bom senso mas, ainda que eu preferisse mil vezes que eles estivessem presentes, depois do que se passou há 2 anos acho que é consensual que o Porto não tinha mais nada a fazer.
De resto, só amanhã saberemos se isto bastou ou não para impedir os lampiões de irem ao Dragão.

Como também já é habitual, a troca de "carícias" tem vindo a acentuar-se nos últimos dias. De um lado Pinto da Costa, do outro a famosa dupla Vieira&Veiga. Sinceramente, estou tão farta destas merdas que já nem acho piada nem a uns, nem a outros.

A pressão na arbitragem é sempre um dos capítulos desta novela e, como tal, ouvimos a semana toda que Miccoli foi mal expulso. Não sei se a expulsão foi justa ou não, mas sei que do nosso lado ainda não houve palhaçadas em torno da arbitragem. Porque quando ganhámos, ganhámos bem; porque quando empatámos, empatámos bem e porque quando perdemos, perdemos bem. Deixem-se disto.

Por último e caso estejam interessados, mais uma antevisão: http://jpr.icicom.up.pt/2006/10/assalto_a_lideranca.html

Por agora é tudo e... apareçam

sportem 1 - FCPORTO 1

O primeiro clássico do ano. Mais uma deslocação a lisboa. Desta vez fui de comboio e ainda deu para dar uma volta pela cidade... até bem perto do próximo inimigo. Bem, voltando ao que interessa, as horas que antecederam o jogo foram realmente estranhas. Ora vejam, primeiro tivemos direito a passar pelas sedes das claques lagartas sem que nada se passasse. Depois pudemos esperar pelas camionetas à vontade, sem polícia e mesmo ali à beira sem que ninguém nos incomodasse. No mínimo estranho, não? Isto já não é o que era.

Entrámos bem cedo no estádio, dando-nos assim hipótese de comemorar um golo que se marcou noutro local da 2ª circular. A calmaria com a lagartagem durou pouco tempo, já que os senhores que põem música no estádio decidiram colocar a "cheira a merda, cheira a lisboa". Música que pelos vistos colou para aqueles lados já que uns e outros gostam de nos presentear com isto. O troco é sempre o mesmo.

O estádio começou a encher e nós fomo-nos preparando para o habitual show de alvalade.
À entrada das equipas ficamos a perceber que o plástico em lisboa está muito barato(Sinceramente minha gente, já têm cabecinha para fazer melhor, não?).
O jogo começou por ter algum domínio da equipa da casa, normal num clássico quando se joga para o seu próprio público e o Porto, com uma táctica à Jesualdo no braga, lá ia resolvendo os problemas. Pareceu-me, ainda assim, que os meios de comunicação e o próprio sportem quiseram empolgar este suposto domínio, porque bem vistas as coisas não podemos chamar àquilo domínio porque se o Porto quisesse tinha sido bem capaz de nos trazer mais 3 pontos.

Enfim, aos 43 minutos Djaló está sozinho (sim, leram bem, temos mais um defesa e um trinco na equipa e aparece um gajo SOZINHO na área) e marca. Ah, e afinal a Juve Leo está no estádio! Ouve-se o "só eu sei", cântico extremamente difícil de puxar naquele estádio após um golo do sportem. Boa, juve!

Intervalo e nós, em desespero, pedimos para o Jorginho entrar na 2ª parte. O rapaz lá entra e Quaresma marca o empate. Detesto isto. Porque é que há sempre alguém para estragar a festa aos lagartos? Ninguém se farta disto? Não há sensibilidade no mundo? E logo o Quaresma... Coitados. São mesmo lagartos.

Até ao final, oportunidades para ambas as equipas e o show do costume. Já não dá pica pontuar em alvalade.

Com Paulo Bento de um lado e Jesualdo Ferreira do outro, nada mais seria de esperar do que um empate. Concordo que Porto e sportem são, para já, as melhores equipas deste campeonato e que talvez por isso a divisão de pontos seja o mais justo, mas fiquei com a sensação que se algum dos treinadores tivesse realmente vontade (e coragem!) de ganhar o jogo, tinha ganho.

FCPORTO 4 - hamburgo 1

Esmagador. Foi assim que o FCP se apresentou à 3ª jornada da Liga dos Campeões. Depois de um decepcionante empate caseiro e da derrota em Londres, impunha-se a vitória. Os jogadores responderam à pressão com uma determinação capaz de resolver cedo a partida.
Logo aos 13 minutos e depois de uma excelente jogada de Anderson, Lisandro marcou o 1º da noite. O brasileiro teve que sair ainda na 1ª parte por lesão que o iria afastar do clássico de alvalade.
Entretanto, ficou um penálti por assinalar por falta sobre Quaresma e houve um golo mal anulado aos alemães.
Mesmo em cima do intervalo, um defesa do hamburgo ofereceu-nos uma grande penalidade e Lucho fez o que lhe competia.
Na 2ª parte, o Porto controlou a partida e ainda deu para Postiga marcar e Lisandro bisar. Só nos últimos minutos os alemães marcaram o tento de honra.

Há muito que não víamos uma goleada destas nas noites europeias do Dragão, mas mesmo assim ficou a sensação que este Porto é capaz de mais e melhor. Estaremos a exigir muito? O final da época o dirá.

21 outubro, 2006

O 1º clássico

É já amanhã que voltamos ao único palco que nos deu razões para gostarmos do Jorginho.
Favoritos? Os lagartos, pois claro. Têm melhores jogadores, melhor equipa, melhores adeptos, melhor treinador, melhor árbitro e o Anderson na bancada.
A nós resta-nos tentar repetir este show: http://www.youtube.com/watch?v=SZmW1_jmYdo

Já agora, ouçam uma antevisão diferente: http://jpr.icicom.up.pt/2006/10/classico_de_lideres.html

Por agora é tudo... vemo-nos no WC

20 outubro, 2006

Balanço das 4ª, 5ª e 6ª jornadas

Estas jornadas trouxeram uma novidade para o meu clube: a derrota. É verdade que não foi de todo merecida, mas o que mais salta à vista é a diferença entre este braga e outras equipas que, jogando o Porto exactamente o mesmo, é capaz de perder ou dar 3.

Depois do "caso Ronny", aí está o sporting com 3 vitórias consecutivas a colar-se ao Porto. Vitórias essas que não deixaram de ser merecidas mas que no meu ponto de vista também não foram assim tão brilhantes para esta onda de euforia.

O braga continua num nível que até já nem consideramos demasiado elevado. Não me parece um candidato ao título, mas já está a dar muito que falar.

A naval é a grande surpresa até agora. Ganhar no bessa foi a cereja no topo do bolo. Veremos até quando é que isto dura.

O benfica empatou com algum azar em paços de ferreira e cilindrou os adversários seguintes. Será que é desta que atinam?

nacional e paços de ferreira contam com 9 pontos, sendo que já defrontaram dois dos grandes. Ainda assim, não me parecem equipas com futebol suficiente para garantirem estes postos.

O setúbal tem 8 pontos mas também não me parece uma equipa por aí além. Vaõ ter jogos mais difíceis para provarem o que valem.

Com 7 pontos temos o leiria, o marítimo e o boavista. Os rapazes do Lis têm-me desiludido constantemente. Parece-me que a vontade de jogar bem é tanta que se esquecem que são os resultados que contam. Os madeirenses continuam bem nos jogos em casa mas demasiado mal no continente. Já os remendados não têm estado ao nível que já todos sabemos que podem atingir.

Cá para baixo temos belenenses, beira-mar e a académica, que têm sido capazes do melhor e do pior. Precisa-se de mais estabilidade.

aves e estrela seguem no fundo da tabela e sinceramente ainda não percebi o que é que estão a fazer aqui.

FCPORTO 3 - marítimo 0

Depois de duas derrotas consecutivas, impunha-se à equipa de Jesualdo Ferreira uma vitória. O Porto entrou bem no jogo e, sem nunca precisar de imprimir um ritmo elevado à partida, a verdade é que dominou os madeirenses por completo.

Postiga bisou, Lucho converteu uma grande penalidade bem assinalada. Parece que vamos ter mesmo que nos habituar à ideia de que o nosso melhor ponta de lança é este e a verdade é que já conta com 4 golos na Liga por isso começo a ficar sem argumentos para gozar o rapaz. Pronto, ok, é o Postiga.

É um bocadinho estranho que com uma táctica mais defensiva que o polémico 3-4-3 de Adriaanse o Porto marque muito mais golos e até pode parecer mais entusiasmante. Mas então porque é que eu continuo a sair do estádio como se tivesse estado 90 minutos a dormir?

15 outubro, 2006

Quarto Árbitro

Sem tempo para escrever muito mais, fica a nota do regresso da Jornalismo Porto Rádio.

Ouçam: http://jpr.icicom.up.pt/4_arbitro/

08 outubro, 2006

braga 2 - 1 FCPORTO

Pois é, já cá faltava um jogo a sério neste campeonato para testar uma equipa que até aqui andou simplesmente a passear. Braga é sempre um estádio difícil, principalmente depois dos adeptos de lá finalmente terem metido na cabeça que o clube deles é o braga e não outro começado por B e desta vez até um temporal veio tornar tudo ainda mais complicado.

Antes do jogo comecei por não gostar da demasiada confiança que a minha equipa demonstrou, principalmente na voz do treinador que afirmou sem medo "vamos ganhar". Nunca gostei destas coisas porque não me parece ser factor de motivação nenhum, a não ser para os adversários que ficam com uma vontade extra de nos complicar a vida. Ou seja, o erro número um veio do Jesualdo.

O aquecimento não revelou grandes surpresas, a não ser a inclusão forçada desse jogador de classe mundial - Ezequias.
O Porto nem sequer entrou mal no jogo (se o Lucho não tivesse falhado aquela...) mas foi o braga o primeiro a marcar, na primeira vez que chegou à nossa área. O golo pareceu adormecer os portistas, já que a reacção que se impunha andou muito longe da pedreira. Só aos 42 minutos Postiga empatou. Pois é, o rapaz é manco mas já vai com 2 golos sem saber como.
A segunda parte trouxe novamente um Porto apático, que fez por merecer o 2-1 em mais uma das raras investidas dos bracarenses.
Até ao final ainda tivemos hipótese de empatar mas a confusão táctica era tal que se tornou impossível.

Em termos individuais, destaque negativo para um Lucho a arrastar-se. Mas sinceramente acho que o grande culpado foi apenas e só o nosso treinador. Em primeiro lugar, já estava na altura dele perceber que está no Porto e não no braga ou no boavista, pelo que se exige bem mais. Depois há aquela inoperância toda que faz com que o Porto até possa ganhar por 2 ou 3 que eu saio sempre do estádio com cara de quem foi obrigada a estar lá durante 90 minutos.
E por último houve neste jogo uma confusão que ainda não tinha havido até aqui (porque também o Porto não tinha estado a perder até esta jornada): numa equipa recheda de extremos e sem pontas de lança como é que o Postiga vai parar a extremo? Numa equipa já dependente de Anderson se calhar convinha explicar ao miúdo se ele é mesmo um 10, ou um 9 e meio ou ainda mais um médio que tanto ataca como defende não? Numa equipa em que o melhor centro vem de um extremo esquerdo de ocasião chamado Bruno Alves algo se passa de muito estranho não?

Enfim, notas a mais para uma derrota que se formos bem a ver até nem foi avassaladora (nem sequer justa) mas que pode ter servido para nos alertar de que algo ali não é tão bom como pensávamos.
Veremos o que as próximas jornadas (contra adverários bem mais difíceis) nos reservam.

29 setembro, 2006

arsenal 2 - FCPORTO 0

Caros portistas, peço-vos desde já desculpa. Pois é, a grande culpada desta derrota sou eu. É que eu esqueci-me que sempre que eu viajo pela Ryanair o Porto enterra-se e então lá fui eu... e pimba. Ainda dizem que eu tenho que começar a esquecer as superstições...

Quanto à viagem, estive mais uma vez muito perto de não chegar a pôr os pés em Inglaterra mas felizmente desta vez encontrei um grande portista no aeroporto. A viagem correu bem e desta vez ainda deu para conhecer o básico de Londres: Big Ben, Parlamento, Underground e... muitos ingleses antipáticos.

Entrámos no estádio muito cedo e logo percebemos que afinal bastava termos ido à luz. Que cópia!
As expectativas não eram muitas e cedo percebemos que até nem deviam existir. O Porto não tem mesmo plantel para a Champions e muito menos para tubarões que entram em campo com Henry, Van Persie, Fabregas e etc. Não dá, meus caros. Foram 2 e podiam ter sido 4 ou 5. E nem podemos apontar o dedo a este ou àquele (embora o Jesualdo me tenha desiludido muito com aquelas ideias do Ricardo Costa a titular e de tirar o Anderson...), foi mesmo uma questão de níveis de futebol muito diferentes. Parecia eu a jogar PES com o meu irmão.

Fora das 4 linhas, o ambiente foi o de sempre naquela ilha. Nós até nos portámos bem, mas as mentalidades ainda estão a anos-luz de diferença.

A volta foi muito cansativa e tão cedo não me meto noutra destas. Agora é lutar pela UEFA e depois logo se vê.

P.S. Ver o Henry ao vivo é daquelas coisas que nunca se esquece. Eu já sabia perfeitamente o que ele vale, mas nunca tinha assistido a nenhuma daquelas arrancadas à Speedy Gonzalez com bola. É por estas e por outras que qualquer sacrifício pelo futebol vale a pena.

FCPORTO 3 - 0 beira mar

O que é que eu posso dizer de um jogo em que ganhámos com um golaço do Postiga?
Lisandro e Tarik marcaram os outros mas vai ser impossível esquecer o primeiro golo. Principalmente porque só daqui a um ano e meio é que temos oportunidade de ver outro golo do rapaz.

De resto, há a salientar o "regresso" de Jardel. Da última vez que o vi estávamos nós a chamar-lhe nomes não muito próprios para escrever neste blog tão sério, mas gostei da atitude dos adeptos, como que a darem um incentivo para a recuperação do melhor ponta de lança que vimos por cá nos últimos anos.

Bem, mas isto assim não pode ser. Queremos um campeonato a sério!

24 setembro, 2006

naval 0 - 2 FCPORTO

Desde cedo se viu que não ia ser difícil ao FCP sair da figueira com os 3 pontos. O golo de Cech abriu caminho para uma vitória segura e incontestável, confirmada pelo golo na própria baliza de Mário Sérgio.

Fora das 4 linhas, destaque para o fraquinho estádio da naval, cujos podres já todos conhecemos e que justificam o sempre pouco público daquela casa. Ainda assim, boa deslocação dos ultras portistas que estiveram muito bem no apoio.

18 setembro, 2006

As 3 primeiras jornadas

Do meu lado, não há muito a analisar: 3 jogos, 3 vitórias indiscutíveis.
Quanto aos rivais da 2ª circular, a história já é outra. O sportem venceu as duas primeiras jornadas com muita sorte e uma ajudita ou outra do árbitro. Este fim de semana, perdeu com o paços em alvalade com um golo irregular e já são uns coitadinhos, vítimas do sistema pois claro. Estamos cheios de pena realmente. Já o benfica, com menos um jogo, foi humilhado no bessa e venceu um nacional apático. Quanto a estes nossos amigos, portanto, está tudo basicamente na mesma.

O paços e a naval são os pequenos intrometidos na frente. Os primeiros muito graças a uma vitória fantasma (mas bem gostosa!) em alvalade; os segundos devido a duas grnades vitórias contra adversários directos.
O beira mar de Jardel, injustiçado na 2ª jornada em leiria, já vai com 5 pontos e promete ter algo a dizer.
O belenenses e o marítimo não têm sido muito convincentes mas lá vão pontuando. E o primeiro tem a vantagem de ainda ir à luz.
O boavista está em excelente forma. Saiu injustamente derrotado de alvalade e arrasou o benfica.
A académica, o aves e o setúbal parece que ainda não acordaram.
O nacional e o estrela estão a zero e, pelo que (não) jogaram até agora, é o que merecem.

braga e leiria, duas das equipas nas quais aposto para uma grande época, estão a jogar neste momento e, a confirmar-se a vitória do leiria, temos equipa(s).

FCPORTO 0 - 0 vencedor da Taça Uefa 04/05

O Porto jogou bem, criou oportunidades de golo mas quem tem o Postiga no plantel não pode pedir muito mais.
Foi bom reviver os nossos amigos do CSKA (que num ano, recorde-se, deram-nos a passagem aos oitavos da champions, arrumaram o benfica e terminaram em grande em alvalade :)), mas tive pena da atitude demasiado passiva dos russos.

Agora somos obrigados a recuperar e Londres é já aí. Lá estarei.

12 setembro, 2006

estrela 0 - FCPORTO 3

De regresso ao 4-3-3, o FCP continua a vencer e a convencer. Embora a jogar de forma menos espectacular, a verdade é que a equipa continua sem dar hipóteses aos adversários.
Os golos foram marcados por Rui Duarte na própria baliza (este festejado pelo regressado Postiga), por Raúl Meireles (um tiraço do meio da rua) e por Lucho (após passe de Anderson que, isolado, decidiu dar o golo ao argentino).
Dentro das 4 linhas, nada mais tenho a dizer.

Antes do jogo, alguns episódios curiosos. Para variar, a organização foi terrível e um grupo dos SD acabou por chegar à Luz sem escolta e teve direito a andar a correr dum lado para o outro à procura de festa. Quando a polícia finalmente chegou, decidiram encurralar-nos num túnel e logo começaram a distribuir. Há que começar a época logo a abrir para não perder o jeito. Entretanto, um gajo safou-se de levar gritando "eu sou actor da floribella!!" (e era mesmo porque um polícia reconheceu-o...). Agora imaginem o cenário...
Confusão atrás de confusão (quando é que esta gente aprende a organizar jogos?), lá entrámos. O estádio estava tão vazio, tão vazio, que aquilo até parecia um jogo do benfica :)

Durante o jogo, concentração máxima no apoio à equipa até... que alguns "adeptos da casa" decidem demonstrar a sua tripla frustração do dia anterior e então a festa já foi outra.
No final, meia hora dentro do estádio à espera, mais meia hora à espera que as nossas próprias camionetas se fossem embora e um mini cortejo que para mim acabou quando os polícias disseram que não nos levavam até ao carro. "O problema é vosso, safem-se sozinhos porque eles andam aí". Muito bonito.
E andavam mesmo. E depois de mais uns episódios caricatos, lá voltei para o Porto.

Resta-nos esperar que isto chegue para derrotar já os nossos queridos amigos do CSKA.

09 setembro, 2006

Apito embriagado

Talvez para disfarçar as asneiras do caso Mateus, eis que se volta a acender o rastilho do Apito. Esta semana, "novas descobertas" ditaram o que já todos esperávamos do processo: boavista e Porto foram beneficiados, benfica e sportem prejudicados.

Ora bem, eu não tenho nada contra as escutas telefónicas e muito menos contra o Apito Dourado porque se há coisa que faz falta no futebol é a verdade. Só me parece que não é este o caminho. Sejamos explícitos: não é propriamente arrastando um caso durante anos que vão dar credibilidade a isto. E vou ter que dizer o inevitável: desculpem mas também não é a falar da época 2003/2004 que vão conseguir que alguém acredite nisto.
Caso se tenham esquecido, nesta época o Porto foi campeão europeu, foi campeão nacional com 8 pontos de vantagem sobre o 2º e é indiscutível que nem demos hipótese. Por isso, não me parece que seja a aparecer de 6 em 6 meses a dizer que o Pinto mexeu os cordéis num Porto-estrela da amadora em que o Porto era quase campeão e o estrela era só a última equipa da tabela que este caso vai mudar alguma coisa no futebol português. É que com estas conclusões o raio do Apito só pode andar é embriagado.

06 setembro, 2006

???

Este início de época anda demasiado complexo para mim. Depois de algumas dúvidas em relação ao caso Mateus surgem-me agora outras dúvidas relacionadas com a selecção.

Portugal levou 4 da Dinamarca (com uma exibição daquelas que nós gostamos do Ricardo) e Scolari veio dizer que escusavam de começar a criticar a equipa porque aquilo era a brincar e só servia para ele ver jogadores.
Ora bem, primeira dúvida: desde quando é que um jogo particular meia dúzia de dias antes do primeiro jogo para o apuramento para o próximo Europeu é um jogo para "ver jogadores"? O que nos leva à segunda dúvida: "ver jogadores" não é aquilo que os seleccionadores fazem durante o ano todo? Ah, desculpem, estamos a falar do Scolari por isso esta dúvida não se coloca.

Mas eis que na véspera do jogo contra a Finlândia Scolari nos surpreende dizendo basicamente que Portugal não está a jogar nada, que um empate já é bem bom e que se até ao final do ano conseguirem 6 ou 7 pontos têm que levantar os braços para o céu. Chegamos então à terceira dúvida: ai afinal agora podemos dizer que Portugal não está a jogar nada ou é só o senhor que pode?
E partimos logo para a quarta dúvida: um empate com a Finlândia é bom para a segunda melhor selecção da Europa e quarta melhor do mundo? Eu não percebo muito disto, mas parece-me que a Finlândia não é nenhum Brasil. Já para não dizer que isto como factor de motivação para os jogadores é um golpe de génio.
E porque não estou para reflectir mais sobre isto senão não saía daqui, a minha última dúvida: num grupo com azerbeijões e cazaquistões 6 ou 7 pontos é de agradecer à Caravaggio? E aqui eu até consigo compreender Scolari (esta frase soa-me mal, mesmo ma brincadeira), porque ao que ela ajudou Portugal no Mundial realmente por agora é melhor não lhe pedirem nada.

Valha-nos o Ricardinho.

05 setembro, 2006

Prós e Contras

"Eles falam, falam, falam e eu não os vejo a fazer nada..."

Nunca esta frase fez tanto sentido.

P.S. Se alguém tirou alguma conclusão deste debate é favor transmiti-la porque eu fiquei na mesma