31 maio, 2008

Jean-Marc Bosman, Andy Webster, Paulo Assunção e o fim

Tal como Jean-Marc em 1995, Andy também será facilmente esquecido. Para a história ficam apenas os seus apelidos: Bosman e Webster. O primeiro abriu caminho para o segundo e quase que aposto que mais desconhecidos destes se seguem.

O que a Lei Bosman e o Caso Webster vieram fazer, em teoria, é demonstrar a evolução do futebol. Numa sociedade baseada no liberalismo económico selvagem, não pode haver lugar para velhos ideais românticos. Os ricos serão cada vez mais ricos e os pobres serão cada vez mais pobres.

Paulo Assunção conseguiu a proeza de trazer o Andy para perto de nós. Para que nos habituemos à ideia. Para que possamos cheirar bem os podres do futebol mundial. E se para a história do Futebol Clube do Porto o Paulo vai ficar apenas como um desconhecido, para a história do futebol português o Assunção será sempre a marca do início do que nós, velhos românticos, mais tememos:

o Fim.

7 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o que diz. Efectivamente e cada vez mais com a globalização tudo o que existia de genuino e autentici vai-se esfumando. No futebol passa-se a mesma coisa hoje as diferenças de estilo de jogo vão-se cada vez mais esbatendo e mesmo os metodos de Mourinho que sob alguns parametros de analise veio diferenciar a tecnica de "ler e jogar" o jogo vai ficando cada vez menos diferente face aos demais. No nosso PORTO cada vez mais temos de encontrar motivações dentro do grupo dentro da organização dentro dos adeptos e até dentro da cidade que acolhe os jogadores para que eles sintam que nesta cidade ainda existe algo de diferente das demais e que aqui na invicta ainda se pode deve e tem de se lutar por uma camisola por um emblema por uma região enfim que sempre foi subalternizada face a uma capital que tudo tenta devorar e que não aceita quem lhe queira fazer frente. Por isso minha cara Catarina cada vez mais nós PORTISTAS temos de nos unir para que todos juntos não sejamos demais na luta pelos nossos ediais e para que em reflexo disso o NOSSO PORTO seja infinitamente o nosso e a rzao do nosso ORGULHO. Já dizia o nosso presidente " Independemtemene de muitas poucas ou nenhumas vitorias a nossa raça resido no orgulho de sermos PORTISTAS"

SAUDAÇÕES PORTISTAS
Joao Feliciano

Catarina Martins disse...

Anda tudo ai a falar do quaresma sair e eu digo. Quaresma sair agora sera o menor dos nossos problemas.

Beijinhos azuis e brancos da Ta_8

Anónimo disse...

As leis são para se cumprir, e o Paulo Assunção usou de um direito que a lei lhe assiste, ponto final. Agora vamos esperar e ver se realmente só irá pagar o que a comunicação social diz, é que a lei existe para o bem e para o mal, e parecem haver contornos que muita gente desconhece, tais como os prazos legais para usufruir dos beneficios que a lei nos dá. Dizem que há um clube português por tráz deste caso... gostava que fosse verdade, porque iriamos ter mais uma prova de que no FCP é que eles são bons!
Gostaria de aproveitar para divulgar um novo blog dedicado à defesa da causa FC Porto: http://maisportista.blogspot.com
Cumprimentos.

Manuel Neves disse...

"Numa sociedade baseada no liberalismo económico selvagem, não pode haver lugar para velhos ideais românticos. Os ricos serão cada vez mais ricos e os pobres serão cada vez mais pobres."

Esta frase é fundamental porque é política. "Não ao futebol moderno" é dizer não ao liberalismo (eu não conheço outro que não o selvagem, nunca vi nenhum liberalismo domesticado...).
Dizem que não se podem politizar as curvas, que isso as mata. Talvez seja verdade. Mas já alguém discutiu isto? ALgum grupo já se sentou numa reunião a discutir, afinal, o que é ser contra o futebol moderno?
Isso sim, era um passo em frente. Gigantesco.
Quanto à notícia em si: vocês foram os primeiros, nós seremos a seguir. E os pobres cada vez mais pobres. E os podres cada vez mais podres.

1893 disse...

Ultras no Politica, Não ao futebol moderno...

Lemas cada vez a cair mais.

Enquanto houver distritais e alguns homens a sério, enquanto nós resistir-mos, enquanto houver futebol na rua... Vai haver futebol na sua essência.

O problema é que cada vez isso tá a acabar, já não vejo ninguém a jogar na rua, só vejo escolas de futebol... Só vejo adeptos de ocasião e do sofá, só mercenários(quantos estão no Porto por amor?)..

Até o nabo do Ronaldo prefere dinheiro em Espanha a ser Deus em Inglaterra.

Manuel Neves disse...

Repara: há um contrasenso no "Ultras No Politica - Não ao Futebol Moderno". Ou me justificas que o estado actual do futebol não é por culpa do liberalismo que a Catarina refere, ou então para seres contra o futebol moderno, implica que sejas contra esse liberalismo. E isso é política!
Até porque a política não é o acto de votar, não uma coisa que surge nas campanhas eleitorais. A política aconteec à tua volta, quando estás no emprego, na escola, ou vais à bola.

Anónimo disse...

Olha o choradinho...