Como ter 3 Portos num só jogo:
1º - o FCP das Antas
O Dragão já foi palco de algumas das nossas maiores emoções dos últimos anos, mas a verdade é que desde que fizemos as malas para a nossa nova casa que sentimos que se perdeu algo em relação às Antas. É difícil explicar o quê, mas acho que até mesmo os nossos adversários o percebem. Não sei, parece-me que é mais fácil sobreviver ao Dragão do que o era às Antas.
Neste jogo voltei a sentir as Antas. Talvez porque o Dragão só nos trouxera maus resultados com os lampiões, gerou-se ali algo que quase tocou no "inferno das Antas" (expressão que uma vez ouvi um adepto de outro clube dizer na televisão).
Foi uma entrada fulgurante, à Porto das Antas que esmagava sempre o benfica. 2-0 aos 20 minutos. Tudo ali era perfeito.
2º - o FCP de Jesualdo
Anderson tem que sair. Não é de todo um bom prenúncio, mas o 2-0 deixa-nos descansados. Afinal de contas é o benfica e estamos a jogar em casa, temos mais do que razões para acreditar. Mas eis que nos lembramos de quem está no nosso banco. O treinador que provavelmente fez o melhor jogo que eu vi do benfica nas Antas e que mesmo assim perdeu por 3-2. Por medo na altura. E como quem com ferros mata, com ferros morre, agora quem leva com ele somos nós. Acho que não é preciso saber muito de futebol para a partir da meia hora de jogo já todos termos percebido que com este Porto não íamos ganhar.
3º - o FCP CAMPEÃO
Quando já estávamos todos sem unhas e com mais alguns problemas de coração, eis que surge "aquele" Porto. O Porto da raça, da crença e do querer. Dizem que foi um golpe de sorte. Para mim, tudo no futebol (como na vida) tem que levar uma dose de sorte ou azar. Aquele lance teve sem dúvida uma pitada de sorte. Mas teve muito mais do que isso. Teve tudo o que uma equipa precisa para ser melhor do que as outras. Teve atitude de campeão. E se para uns Bruno Moraes vai a partir de agora rimar sempre com azia, para nós será sinónimo desta mística que poucos entendem.
31 outubro, 2006
27 outubro, 2006
O 2º clássico
Ainda agora recuperámos de uns e já estamos a levar com outros. Raio de praga de mouros que não nos largam.
Ora bem, um clássico Porto-benfica começa sempre muito antes dos 90 minutos de futebol propriamente ditos. Desta vez a novela começou com um "esquecimento" da direcção do benfica. Sem pedido de bilhetes a tempo, não há bilhetes para a lampionagem. Pediu-se bom senso mas, ainda que eu preferisse mil vezes que eles estivessem presentes, depois do que se passou há 2 anos acho que é consensual que o Porto não tinha mais nada a fazer.
De resto, só amanhã saberemos se isto bastou ou não para impedir os lampiões de irem ao Dragão.
Como também já é habitual, a troca de "carícias" tem vindo a acentuar-se nos últimos dias. De um lado Pinto da Costa, do outro a famosa dupla Vieira&Veiga. Sinceramente, estou tão farta destas merdas que já nem acho piada nem a uns, nem a outros.
A pressão na arbitragem é sempre um dos capítulos desta novela e, como tal, ouvimos a semana toda que Miccoli foi mal expulso. Não sei se a expulsão foi justa ou não, mas sei que do nosso lado ainda não houve palhaçadas em torno da arbitragem. Porque quando ganhámos, ganhámos bem; porque quando empatámos, empatámos bem e porque quando perdemos, perdemos bem. Deixem-se disto.
Por último e caso estejam interessados, mais uma antevisão: http://jpr.icicom.up.pt/2006/10/assalto_a_lideranca.html
Por agora é tudo e... apareçam
Ora bem, um clássico Porto-benfica começa sempre muito antes dos 90 minutos de futebol propriamente ditos. Desta vez a novela começou com um "esquecimento" da direcção do benfica. Sem pedido de bilhetes a tempo, não há bilhetes para a lampionagem. Pediu-se bom senso mas, ainda que eu preferisse mil vezes que eles estivessem presentes, depois do que se passou há 2 anos acho que é consensual que o Porto não tinha mais nada a fazer.
De resto, só amanhã saberemos se isto bastou ou não para impedir os lampiões de irem ao Dragão.
Como também já é habitual, a troca de "carícias" tem vindo a acentuar-se nos últimos dias. De um lado Pinto da Costa, do outro a famosa dupla Vieira&Veiga. Sinceramente, estou tão farta destas merdas que já nem acho piada nem a uns, nem a outros.
A pressão na arbitragem é sempre um dos capítulos desta novela e, como tal, ouvimos a semana toda que Miccoli foi mal expulso. Não sei se a expulsão foi justa ou não, mas sei que do nosso lado ainda não houve palhaçadas em torno da arbitragem. Porque quando ganhámos, ganhámos bem; porque quando empatámos, empatámos bem e porque quando perdemos, perdemos bem. Deixem-se disto.
Por último e caso estejam interessados, mais uma antevisão: http://jpr.icicom.up.pt/2006/10/assalto_a_lideranca.html
Por agora é tudo e... apareçam
sportem 1 - FCPORTO 1
O primeiro clássico do ano. Mais uma deslocação a lisboa. Desta vez fui de comboio e ainda deu para dar uma volta pela cidade... até bem perto do próximo inimigo. Bem, voltando ao que interessa, as horas que antecederam o jogo foram realmente estranhas. Ora vejam, primeiro tivemos direito a passar pelas sedes das claques lagartas sem que nada se passasse. Depois pudemos esperar pelas camionetas à vontade, sem polícia e mesmo ali à beira sem que ninguém nos incomodasse. No mínimo estranho, não? Isto já não é o que era.
Entrámos bem cedo no estádio, dando-nos assim hipótese de comemorar um golo que se marcou noutro local da 2ª circular. A calmaria com a lagartagem durou pouco tempo, já que os senhores que põem música no estádio decidiram colocar a "cheira a merda, cheira a lisboa". Música que pelos vistos colou para aqueles lados já que uns e outros gostam de nos presentear com isto. O troco é sempre o mesmo.
O estádio começou a encher e nós fomo-nos preparando para o habitual show de alvalade.
À entrada das equipas ficamos a perceber que o plástico em lisboa está muito barato(Sinceramente minha gente, já têm cabecinha para fazer melhor, não?).
O jogo começou por ter algum domínio da equipa da casa, normal num clássico quando se joga para o seu próprio público e o Porto, com uma táctica à Jesualdo no braga, lá ia resolvendo os problemas. Pareceu-me, ainda assim, que os meios de comunicação e o próprio sportem quiseram empolgar este suposto domínio, porque bem vistas as coisas não podemos chamar àquilo domínio porque se o Porto quisesse tinha sido bem capaz de nos trazer mais 3 pontos.
Enfim, aos 43 minutos Djaló está sozinho (sim, leram bem, temos mais um defesa e um trinco na equipa e aparece um gajo SOZINHO na área) e marca. Ah, e afinal a Juve Leo está no estádio! Ouve-se o "só eu sei", cântico extremamente difícil de puxar naquele estádio após um golo do sportem. Boa, juve!
Intervalo e nós, em desespero, pedimos para o Jorginho entrar na 2ª parte. O rapaz lá entra e Quaresma marca o empate. Detesto isto. Porque é que há sempre alguém para estragar a festa aos lagartos? Ninguém se farta disto? Não há sensibilidade no mundo? E logo o Quaresma... Coitados. São mesmo lagartos.
Até ao final, oportunidades para ambas as equipas e o show do costume. Já não dá pica pontuar em alvalade.
Com Paulo Bento de um lado e Jesualdo Ferreira do outro, nada mais seria de esperar do que um empate. Concordo que Porto e sportem são, para já, as melhores equipas deste campeonato e que talvez por isso a divisão de pontos seja o mais justo, mas fiquei com a sensação que se algum dos treinadores tivesse realmente vontade (e coragem!) de ganhar o jogo, tinha ganho.
Entrámos bem cedo no estádio, dando-nos assim hipótese de comemorar um golo que se marcou noutro local da 2ª circular. A calmaria com a lagartagem durou pouco tempo, já que os senhores que põem música no estádio decidiram colocar a "cheira a merda, cheira a lisboa". Música que pelos vistos colou para aqueles lados já que uns e outros gostam de nos presentear com isto. O troco é sempre o mesmo.
O estádio começou a encher e nós fomo-nos preparando para o habitual show de alvalade.
À entrada das equipas ficamos a perceber que o plástico em lisboa está muito barato(Sinceramente minha gente, já têm cabecinha para fazer melhor, não?).
O jogo começou por ter algum domínio da equipa da casa, normal num clássico quando se joga para o seu próprio público e o Porto, com uma táctica à Jesualdo no braga, lá ia resolvendo os problemas. Pareceu-me, ainda assim, que os meios de comunicação e o próprio sportem quiseram empolgar este suposto domínio, porque bem vistas as coisas não podemos chamar àquilo domínio porque se o Porto quisesse tinha sido bem capaz de nos trazer mais 3 pontos.
Enfim, aos 43 minutos Djaló está sozinho (sim, leram bem, temos mais um defesa e um trinco na equipa e aparece um gajo SOZINHO na área) e marca. Ah, e afinal a Juve Leo está no estádio! Ouve-se o "só eu sei", cântico extremamente difícil de puxar naquele estádio após um golo do sportem. Boa, juve!
Intervalo e nós, em desespero, pedimos para o Jorginho entrar na 2ª parte. O rapaz lá entra e Quaresma marca o empate. Detesto isto. Porque é que há sempre alguém para estragar a festa aos lagartos? Ninguém se farta disto? Não há sensibilidade no mundo? E logo o Quaresma... Coitados. São mesmo lagartos.
Até ao final, oportunidades para ambas as equipas e o show do costume. Já não dá pica pontuar em alvalade.
Com Paulo Bento de um lado e Jesualdo Ferreira do outro, nada mais seria de esperar do que um empate. Concordo que Porto e sportem são, para já, as melhores equipas deste campeonato e que talvez por isso a divisão de pontos seja o mais justo, mas fiquei com a sensação que se algum dos treinadores tivesse realmente vontade (e coragem!) de ganhar o jogo, tinha ganho.
FCPORTO 4 - hamburgo 1
Esmagador. Foi assim que o FCP se apresentou à 3ª jornada da Liga dos Campeões. Depois de um decepcionante empate caseiro e da derrota em Londres, impunha-se a vitória. Os jogadores responderam à pressão com uma determinação capaz de resolver cedo a partida.
Logo aos 13 minutos e depois de uma excelente jogada de Anderson, Lisandro marcou o 1º da noite. O brasileiro teve que sair ainda na 1ª parte por lesão que o iria afastar do clássico de alvalade.
Entretanto, ficou um penálti por assinalar por falta sobre Quaresma e houve um golo mal anulado aos alemães.
Mesmo em cima do intervalo, um defesa do hamburgo ofereceu-nos uma grande penalidade e Lucho fez o que lhe competia.
Na 2ª parte, o Porto controlou a partida e ainda deu para Postiga marcar e Lisandro bisar. Só nos últimos minutos os alemães marcaram o tento de honra.
Há muito que não víamos uma goleada destas nas noites europeias do Dragão, mas mesmo assim ficou a sensação que este Porto é capaz de mais e melhor. Estaremos a exigir muito? O final da época o dirá.
Logo aos 13 minutos e depois de uma excelente jogada de Anderson, Lisandro marcou o 1º da noite. O brasileiro teve que sair ainda na 1ª parte por lesão que o iria afastar do clássico de alvalade.
Entretanto, ficou um penálti por assinalar por falta sobre Quaresma e houve um golo mal anulado aos alemães.
Mesmo em cima do intervalo, um defesa do hamburgo ofereceu-nos uma grande penalidade e Lucho fez o que lhe competia.
Na 2ª parte, o Porto controlou a partida e ainda deu para Postiga marcar e Lisandro bisar. Só nos últimos minutos os alemães marcaram o tento de honra.
Há muito que não víamos uma goleada destas nas noites europeias do Dragão, mas mesmo assim ficou a sensação que este Porto é capaz de mais e melhor. Estaremos a exigir muito? O final da época o dirá.
21 outubro, 2006
O 1º clássico
É já amanhã que voltamos ao único palco que nos deu razões para gostarmos do Jorginho.
Favoritos? Os lagartos, pois claro. Têm melhores jogadores, melhor equipa, melhores adeptos, melhor treinador, melhor árbitro e o Anderson na bancada.
A nós resta-nos tentar repetir este show: http://www.youtube.com/watch?v=SZmW1_jmYdo
Já agora, ouçam uma antevisão diferente: http://jpr.icicom.up.pt/2006/10/classico_de_lideres.html
Por agora é tudo... vemo-nos no WC
Favoritos? Os lagartos, pois claro. Têm melhores jogadores, melhor equipa, melhores adeptos, melhor treinador, melhor árbitro e o Anderson na bancada.
A nós resta-nos tentar repetir este show: http://www.youtube.com/watch?v=SZmW1_jmYdo
Já agora, ouçam uma antevisão diferente: http://jpr.icicom.up.pt/2006/10/classico_de_lideres.html
Por agora é tudo... vemo-nos no WC
20 outubro, 2006
Balanço das 4ª, 5ª e 6ª jornadas
Estas jornadas trouxeram uma novidade para o meu clube: a derrota. É verdade que não foi de todo merecida, mas o que mais salta à vista é a diferença entre este braga e outras equipas que, jogando o Porto exactamente o mesmo, é capaz de perder ou dar 3.
Depois do "caso Ronny", aí está o sporting com 3 vitórias consecutivas a colar-se ao Porto. Vitórias essas que não deixaram de ser merecidas mas que no meu ponto de vista também não foram assim tão brilhantes para esta onda de euforia.
O braga continua num nível que até já nem consideramos demasiado elevado. Não me parece um candidato ao título, mas já está a dar muito que falar.
A naval é a grande surpresa até agora. Ganhar no bessa foi a cereja no topo do bolo. Veremos até quando é que isto dura.
O benfica empatou com algum azar em paços de ferreira e cilindrou os adversários seguintes. Será que é desta que atinam?
nacional e paços de ferreira contam com 9 pontos, sendo que já defrontaram dois dos grandes. Ainda assim, não me parecem equipas com futebol suficiente para garantirem estes postos.
O setúbal tem 8 pontos mas também não me parece uma equipa por aí além. Vaõ ter jogos mais difíceis para provarem o que valem.
Com 7 pontos temos o leiria, o marítimo e o boavista. Os rapazes do Lis têm-me desiludido constantemente. Parece-me que a vontade de jogar bem é tanta que se esquecem que são os resultados que contam. Os madeirenses continuam bem nos jogos em casa mas demasiado mal no continente. Já os remendados não têm estado ao nível que já todos sabemos que podem atingir.
Cá para baixo temos belenenses, beira-mar e a académica, que têm sido capazes do melhor e do pior. Precisa-se de mais estabilidade.
aves e estrela seguem no fundo da tabela e sinceramente ainda não percebi o que é que estão a fazer aqui.
Depois do "caso Ronny", aí está o sporting com 3 vitórias consecutivas a colar-se ao Porto. Vitórias essas que não deixaram de ser merecidas mas que no meu ponto de vista também não foram assim tão brilhantes para esta onda de euforia.
O braga continua num nível que até já nem consideramos demasiado elevado. Não me parece um candidato ao título, mas já está a dar muito que falar.
A naval é a grande surpresa até agora. Ganhar no bessa foi a cereja no topo do bolo. Veremos até quando é que isto dura.
O benfica empatou com algum azar em paços de ferreira e cilindrou os adversários seguintes. Será que é desta que atinam?
nacional e paços de ferreira contam com 9 pontos, sendo que já defrontaram dois dos grandes. Ainda assim, não me parecem equipas com futebol suficiente para garantirem estes postos.
O setúbal tem 8 pontos mas também não me parece uma equipa por aí além. Vaõ ter jogos mais difíceis para provarem o que valem.
Com 7 pontos temos o leiria, o marítimo e o boavista. Os rapazes do Lis têm-me desiludido constantemente. Parece-me que a vontade de jogar bem é tanta que se esquecem que são os resultados que contam. Os madeirenses continuam bem nos jogos em casa mas demasiado mal no continente. Já os remendados não têm estado ao nível que já todos sabemos que podem atingir.
Cá para baixo temos belenenses, beira-mar e a académica, que têm sido capazes do melhor e do pior. Precisa-se de mais estabilidade.
aves e estrela seguem no fundo da tabela e sinceramente ainda não percebi o que é que estão a fazer aqui.
FCPORTO 3 - marítimo 0
Depois de duas derrotas consecutivas, impunha-se à equipa de Jesualdo Ferreira uma vitória. O Porto entrou bem no jogo e, sem nunca precisar de imprimir um ritmo elevado à partida, a verdade é que dominou os madeirenses por completo.
Postiga bisou, Lucho converteu uma grande penalidade bem assinalada. Parece que vamos ter mesmo que nos habituar à ideia de que o nosso melhor ponta de lança é este e a verdade é que já conta com 4 golos na Liga por isso começo a ficar sem argumentos para gozar o rapaz. Pronto, ok, é o Postiga.
É um bocadinho estranho que com uma táctica mais defensiva que o polémico 3-4-3 de Adriaanse o Porto marque muito mais golos e até pode parecer mais entusiasmante. Mas então porque é que eu continuo a sair do estádio como se tivesse estado 90 minutos a dormir?
Postiga bisou, Lucho converteu uma grande penalidade bem assinalada. Parece que vamos ter mesmo que nos habituar à ideia de que o nosso melhor ponta de lança é este e a verdade é que já conta com 4 golos na Liga por isso começo a ficar sem argumentos para gozar o rapaz. Pronto, ok, é o Postiga.
É um bocadinho estranho que com uma táctica mais defensiva que o polémico 3-4-3 de Adriaanse o Porto marque muito mais golos e até pode parecer mais entusiasmante. Mas então porque é que eu continuo a sair do estádio como se tivesse estado 90 minutos a dormir?
15 outubro, 2006
Quarto Árbitro
Sem tempo para escrever muito mais, fica a nota do regresso da Jornalismo Porto Rádio.
Ouçam: http://jpr.icicom.up.pt/4_arbitro/
Ouçam: http://jpr.icicom.up.pt/4_arbitro/
08 outubro, 2006
braga 2 - 1 FCPORTO
Pois é, já cá faltava um jogo a sério neste campeonato para testar uma equipa que até aqui andou simplesmente a passear. Braga é sempre um estádio difícil, principalmente depois dos adeptos de lá finalmente terem metido na cabeça que o clube deles é o braga e não outro começado por B e desta vez até um temporal veio tornar tudo ainda mais complicado.
Antes do jogo comecei por não gostar da demasiada confiança que a minha equipa demonstrou, principalmente na voz do treinador que afirmou sem medo "vamos ganhar". Nunca gostei destas coisas porque não me parece ser factor de motivação nenhum, a não ser para os adversários que ficam com uma vontade extra de nos complicar a vida. Ou seja, o erro número um veio do Jesualdo.
O aquecimento não revelou grandes surpresas, a não ser a inclusão forçada desse jogador de classe mundial - Ezequias.
O Porto nem sequer entrou mal no jogo (se o Lucho não tivesse falhado aquela...) mas foi o braga o primeiro a marcar, na primeira vez que chegou à nossa área. O golo pareceu adormecer os portistas, já que a reacção que se impunha andou muito longe da pedreira. Só aos 42 minutos Postiga empatou. Pois é, o rapaz é manco mas já vai com 2 golos sem saber como.
A segunda parte trouxe novamente um Porto apático, que fez por merecer o 2-1 em mais uma das raras investidas dos bracarenses.
Até ao final ainda tivemos hipótese de empatar mas a confusão táctica era tal que se tornou impossível.
Em termos individuais, destaque negativo para um Lucho a arrastar-se. Mas sinceramente acho que o grande culpado foi apenas e só o nosso treinador. Em primeiro lugar, já estava na altura dele perceber que está no Porto e não no braga ou no boavista, pelo que se exige bem mais. Depois há aquela inoperância toda que faz com que o Porto até possa ganhar por 2 ou 3 que eu saio sempre do estádio com cara de quem foi obrigada a estar lá durante 90 minutos.
E por último houve neste jogo uma confusão que ainda não tinha havido até aqui (porque também o Porto não tinha estado a perder até esta jornada): numa equipa recheda de extremos e sem pontas de lança como é que o Postiga vai parar a extremo? Numa equipa já dependente de Anderson se calhar convinha explicar ao miúdo se ele é mesmo um 10, ou um 9 e meio ou ainda mais um médio que tanto ataca como defende não? Numa equipa em que o melhor centro vem de um extremo esquerdo de ocasião chamado Bruno Alves algo se passa de muito estranho não?
Enfim, notas a mais para uma derrota que se formos bem a ver até nem foi avassaladora (nem sequer justa) mas que pode ter servido para nos alertar de que algo ali não é tão bom como pensávamos.
Veremos o que as próximas jornadas (contra adverários bem mais difíceis) nos reservam.
Antes do jogo comecei por não gostar da demasiada confiança que a minha equipa demonstrou, principalmente na voz do treinador que afirmou sem medo "vamos ganhar". Nunca gostei destas coisas porque não me parece ser factor de motivação nenhum, a não ser para os adversários que ficam com uma vontade extra de nos complicar a vida. Ou seja, o erro número um veio do Jesualdo.
O aquecimento não revelou grandes surpresas, a não ser a inclusão forçada desse jogador de classe mundial - Ezequias.
O Porto nem sequer entrou mal no jogo (se o Lucho não tivesse falhado aquela...) mas foi o braga o primeiro a marcar, na primeira vez que chegou à nossa área. O golo pareceu adormecer os portistas, já que a reacção que se impunha andou muito longe da pedreira. Só aos 42 minutos Postiga empatou. Pois é, o rapaz é manco mas já vai com 2 golos sem saber como.
A segunda parte trouxe novamente um Porto apático, que fez por merecer o 2-1 em mais uma das raras investidas dos bracarenses.
Até ao final ainda tivemos hipótese de empatar mas a confusão táctica era tal que se tornou impossível.
Em termos individuais, destaque negativo para um Lucho a arrastar-se. Mas sinceramente acho que o grande culpado foi apenas e só o nosso treinador. Em primeiro lugar, já estava na altura dele perceber que está no Porto e não no braga ou no boavista, pelo que se exige bem mais. Depois há aquela inoperância toda que faz com que o Porto até possa ganhar por 2 ou 3 que eu saio sempre do estádio com cara de quem foi obrigada a estar lá durante 90 minutos.
E por último houve neste jogo uma confusão que ainda não tinha havido até aqui (porque também o Porto não tinha estado a perder até esta jornada): numa equipa recheda de extremos e sem pontas de lança como é que o Postiga vai parar a extremo? Numa equipa já dependente de Anderson se calhar convinha explicar ao miúdo se ele é mesmo um 10, ou um 9 e meio ou ainda mais um médio que tanto ataca como defende não? Numa equipa em que o melhor centro vem de um extremo esquerdo de ocasião chamado Bruno Alves algo se passa de muito estranho não?
Enfim, notas a mais para uma derrota que se formos bem a ver até nem foi avassaladora (nem sequer justa) mas que pode ter servido para nos alertar de que algo ali não é tão bom como pensávamos.
Veremos o que as próximas jornadas (contra adverários bem mais difíceis) nos reservam.
29 setembro, 2006
arsenal 2 - FCPORTO 0
Caros portistas, peço-vos desde já desculpa. Pois é, a grande culpada desta derrota sou eu. É que eu esqueci-me que sempre que eu viajo pela Ryanair o Porto enterra-se e então lá fui eu... e pimba. Ainda dizem que eu tenho que começar a esquecer as superstições...
Quanto à viagem, estive mais uma vez muito perto de não chegar a pôr os pés em Inglaterra mas felizmente desta vez encontrei um grande portista no aeroporto. A viagem correu bem e desta vez ainda deu para conhecer o básico de Londres: Big Ben, Parlamento, Underground e... muitos ingleses antipáticos.
Entrámos no estádio muito cedo e logo percebemos que afinal bastava termos ido à luz. Que cópia!
As expectativas não eram muitas e cedo percebemos que até nem deviam existir. O Porto não tem mesmo plantel para a Champions e muito menos para tubarões que entram em campo com Henry, Van Persie, Fabregas e etc. Não dá, meus caros. Foram 2 e podiam ter sido 4 ou 5. E nem podemos apontar o dedo a este ou àquele (embora o Jesualdo me tenha desiludido muito com aquelas ideias do Ricardo Costa a titular e de tirar o Anderson...), foi mesmo uma questão de níveis de futebol muito diferentes. Parecia eu a jogar PES com o meu irmão.
Fora das 4 linhas, o ambiente foi o de sempre naquela ilha. Nós até nos portámos bem, mas as mentalidades ainda estão a anos-luz de diferença.
A volta foi muito cansativa e tão cedo não me meto noutra destas. Agora é lutar pela UEFA e depois logo se vê.
P.S. Ver o Henry ao vivo é daquelas coisas que nunca se esquece. Eu já sabia perfeitamente o que ele vale, mas nunca tinha assistido a nenhuma daquelas arrancadas à Speedy Gonzalez com bola. É por estas e por outras que qualquer sacrifício pelo futebol vale a pena.
Quanto à viagem, estive mais uma vez muito perto de não chegar a pôr os pés em Inglaterra mas felizmente desta vez encontrei um grande portista no aeroporto. A viagem correu bem e desta vez ainda deu para conhecer o básico de Londres: Big Ben, Parlamento, Underground e... muitos ingleses antipáticos.
Entrámos no estádio muito cedo e logo percebemos que afinal bastava termos ido à luz. Que cópia!
As expectativas não eram muitas e cedo percebemos que até nem deviam existir. O Porto não tem mesmo plantel para a Champions e muito menos para tubarões que entram em campo com Henry, Van Persie, Fabregas e etc. Não dá, meus caros. Foram 2 e podiam ter sido 4 ou 5. E nem podemos apontar o dedo a este ou àquele (embora o Jesualdo me tenha desiludido muito com aquelas ideias do Ricardo Costa a titular e de tirar o Anderson...), foi mesmo uma questão de níveis de futebol muito diferentes. Parecia eu a jogar PES com o meu irmão.
Fora das 4 linhas, o ambiente foi o de sempre naquela ilha. Nós até nos portámos bem, mas as mentalidades ainda estão a anos-luz de diferença.
A volta foi muito cansativa e tão cedo não me meto noutra destas. Agora é lutar pela UEFA e depois logo se vê.
P.S. Ver o Henry ao vivo é daquelas coisas que nunca se esquece. Eu já sabia perfeitamente o que ele vale, mas nunca tinha assistido a nenhuma daquelas arrancadas à Speedy Gonzalez com bola. É por estas e por outras que qualquer sacrifício pelo futebol vale a pena.
FCPORTO 3 - 0 beira mar
O que é que eu posso dizer de um jogo em que ganhámos com um golaço do Postiga?
Lisandro e Tarik marcaram os outros mas vai ser impossível esquecer o primeiro golo. Principalmente porque só daqui a um ano e meio é que temos oportunidade de ver outro golo do rapaz.
De resto, há a salientar o "regresso" de Jardel. Da última vez que o vi estávamos nós a chamar-lhe nomes não muito próprios para escrever neste blog tão sério, mas gostei da atitude dos adeptos, como que a darem um incentivo para a recuperação do melhor ponta de lança que vimos por cá nos últimos anos.
Bem, mas isto assim não pode ser. Queremos um campeonato a sério!
Lisandro e Tarik marcaram os outros mas vai ser impossível esquecer o primeiro golo. Principalmente porque só daqui a um ano e meio é que temos oportunidade de ver outro golo do rapaz.
De resto, há a salientar o "regresso" de Jardel. Da última vez que o vi estávamos nós a chamar-lhe nomes não muito próprios para escrever neste blog tão sério, mas gostei da atitude dos adeptos, como que a darem um incentivo para a recuperação do melhor ponta de lança que vimos por cá nos últimos anos.
Bem, mas isto assim não pode ser. Queremos um campeonato a sério!
24 setembro, 2006
naval 0 - 2 FCPORTO
Desde cedo se viu que não ia ser difícil ao FCP sair da figueira com os 3 pontos. O golo de Cech abriu caminho para uma vitória segura e incontestável, confirmada pelo golo na própria baliza de Mário Sérgio.
Fora das 4 linhas, destaque para o fraquinho estádio da naval, cujos podres já todos conhecemos e que justificam o sempre pouco público daquela casa. Ainda assim, boa deslocação dos ultras portistas que estiveram muito bem no apoio.
Fora das 4 linhas, destaque para o fraquinho estádio da naval, cujos podres já todos conhecemos e que justificam o sempre pouco público daquela casa. Ainda assim, boa deslocação dos ultras portistas que estiveram muito bem no apoio.
18 setembro, 2006
As 3 primeiras jornadas
Do meu lado, não há muito a analisar: 3 jogos, 3 vitórias indiscutíveis.
Quanto aos rivais da 2ª circular, a história já é outra. O sportem venceu as duas primeiras jornadas com muita sorte e uma ajudita ou outra do árbitro. Este fim de semana, perdeu com o paços em alvalade com um golo irregular e já são uns coitadinhos, vítimas do sistema pois claro. Estamos cheios de pena realmente. Já o benfica, com menos um jogo, foi humilhado no bessa e venceu um nacional apático. Quanto a estes nossos amigos, portanto, está tudo basicamente na mesma.
O paços e a naval são os pequenos intrometidos na frente. Os primeiros muito graças a uma vitória fantasma (mas bem gostosa!) em alvalade; os segundos devido a duas grnades vitórias contra adversários directos.
O beira mar de Jardel, injustiçado na 2ª jornada em leiria, já vai com 5 pontos e promete ter algo a dizer.
O belenenses e o marítimo não têm sido muito convincentes mas lá vão pontuando. E o primeiro tem a vantagem de ainda ir à luz.
O boavista está em excelente forma. Saiu injustamente derrotado de alvalade e arrasou o benfica.
A académica, o aves e o setúbal parece que ainda não acordaram.
O nacional e o estrela estão a zero e, pelo que (não) jogaram até agora, é o que merecem.
braga e leiria, duas das equipas nas quais aposto para uma grande época, estão a jogar neste momento e, a confirmar-se a vitória do leiria, temos equipa(s).
Quanto aos rivais da 2ª circular, a história já é outra. O sportem venceu as duas primeiras jornadas com muita sorte e uma ajudita ou outra do árbitro. Este fim de semana, perdeu com o paços em alvalade com um golo irregular e já são uns coitadinhos, vítimas do sistema pois claro. Estamos cheios de pena realmente. Já o benfica, com menos um jogo, foi humilhado no bessa e venceu um nacional apático. Quanto a estes nossos amigos, portanto, está tudo basicamente na mesma.
O paços e a naval são os pequenos intrometidos na frente. Os primeiros muito graças a uma vitória fantasma (mas bem gostosa!) em alvalade; os segundos devido a duas grnades vitórias contra adversários directos.
O beira mar de Jardel, injustiçado na 2ª jornada em leiria, já vai com 5 pontos e promete ter algo a dizer.
O belenenses e o marítimo não têm sido muito convincentes mas lá vão pontuando. E o primeiro tem a vantagem de ainda ir à luz.
O boavista está em excelente forma. Saiu injustamente derrotado de alvalade e arrasou o benfica.
A académica, o aves e o setúbal parece que ainda não acordaram.
O nacional e o estrela estão a zero e, pelo que (não) jogaram até agora, é o que merecem.
braga e leiria, duas das equipas nas quais aposto para uma grande época, estão a jogar neste momento e, a confirmar-se a vitória do leiria, temos equipa(s).
FCPORTO 0 - 0 vencedor da Taça Uefa 04/05
O Porto jogou bem, criou oportunidades de golo mas quem tem o Postiga no plantel não pode pedir muito mais.
Foi bom reviver os nossos amigos do CSKA (que num ano, recorde-se, deram-nos a passagem aos oitavos da champions, arrumaram o benfica e terminaram em grande em alvalade :)), mas tive pena da atitude demasiado passiva dos russos.
Agora somos obrigados a recuperar e Londres é já aí. Lá estarei.
Foi bom reviver os nossos amigos do CSKA (que num ano, recorde-se, deram-nos a passagem aos oitavos da champions, arrumaram o benfica e terminaram em grande em alvalade :)), mas tive pena da atitude demasiado passiva dos russos.
Agora somos obrigados a recuperar e Londres é já aí. Lá estarei.
12 setembro, 2006
estrela 0 - FCPORTO 3
De regresso ao 4-3-3, o FCP continua a vencer e a convencer. Embora a jogar de forma menos espectacular, a verdade é que a equipa continua sem dar hipóteses aos adversários.
Os golos foram marcados por Rui Duarte na própria baliza (este festejado pelo regressado Postiga), por Raúl Meireles (um tiraço do meio da rua) e por Lucho (após passe de Anderson que, isolado, decidiu dar o golo ao argentino).
Dentro das 4 linhas, nada mais tenho a dizer.
Antes do jogo, alguns episódios curiosos. Para variar, a organização foi terrível e um grupo dos SD acabou por chegar à Luz sem escolta e teve direito a andar a correr dum lado para o outro à procura de festa. Quando a polícia finalmente chegou, decidiram encurralar-nos num túnel e logo começaram a distribuir. Há que começar a época logo a abrir para não perder o jeito. Entretanto, um gajo safou-se de levar gritando "eu sou actor da floribella!!" (e era mesmo porque um polícia reconheceu-o...). Agora imaginem o cenário...
Confusão atrás de confusão (quando é que esta gente aprende a organizar jogos?), lá entrámos. O estádio estava tão vazio, tão vazio, que aquilo até parecia um jogo do benfica :)
Durante o jogo, concentração máxima no apoio à equipa até... que alguns "adeptos da casa" decidem demonstrar a sua tripla frustração do dia anterior e então a festa já foi outra.
No final, meia hora dentro do estádio à espera, mais meia hora à espera que as nossas próprias camionetas se fossem embora e um mini cortejo que para mim acabou quando os polícias disseram que não nos levavam até ao carro. "O problema é vosso, safem-se sozinhos porque eles andam aí". Muito bonito.
E andavam mesmo. E depois de mais uns episódios caricatos, lá voltei para o Porto.
Resta-nos esperar que isto chegue para derrotar já os nossos queridos amigos do CSKA.
Os golos foram marcados por Rui Duarte na própria baliza (este festejado pelo regressado Postiga), por Raúl Meireles (um tiraço do meio da rua) e por Lucho (após passe de Anderson que, isolado, decidiu dar o golo ao argentino).
Dentro das 4 linhas, nada mais tenho a dizer.
Antes do jogo, alguns episódios curiosos. Para variar, a organização foi terrível e um grupo dos SD acabou por chegar à Luz sem escolta e teve direito a andar a correr dum lado para o outro à procura de festa. Quando a polícia finalmente chegou, decidiram encurralar-nos num túnel e logo começaram a distribuir. Há que começar a época logo a abrir para não perder o jeito. Entretanto, um gajo safou-se de levar gritando "eu sou actor da floribella!!" (e era mesmo porque um polícia reconheceu-o...). Agora imaginem o cenário...
Confusão atrás de confusão (quando é que esta gente aprende a organizar jogos?), lá entrámos. O estádio estava tão vazio, tão vazio, que aquilo até parecia um jogo do benfica :)
Durante o jogo, concentração máxima no apoio à equipa até... que alguns "adeptos da casa" decidem demonstrar a sua tripla frustração do dia anterior e então a festa já foi outra.
No final, meia hora dentro do estádio à espera, mais meia hora à espera que as nossas próprias camionetas se fossem embora e um mini cortejo que para mim acabou quando os polícias disseram que não nos levavam até ao carro. "O problema é vosso, safem-se sozinhos porque eles andam aí". Muito bonito.
E andavam mesmo. E depois de mais uns episódios caricatos, lá voltei para o Porto.
Resta-nos esperar que isto chegue para derrotar já os nossos queridos amigos do CSKA.
09 setembro, 2006
Apito embriagado
Talvez para disfarçar as asneiras do caso Mateus, eis que se volta a acender o rastilho do Apito. Esta semana, "novas descobertas" ditaram o que já todos esperávamos do processo: boavista e Porto foram beneficiados, benfica e sportem prejudicados.
Ora bem, eu não tenho nada contra as escutas telefónicas e muito menos contra o Apito Dourado porque se há coisa que faz falta no futebol é a verdade. Só me parece que não é este o caminho. Sejamos explícitos: não é propriamente arrastando um caso durante anos que vão dar credibilidade a isto. E vou ter que dizer o inevitável: desculpem mas também não é a falar da época 2003/2004 que vão conseguir que alguém acredite nisto.
Caso se tenham esquecido, nesta época o Porto foi campeão europeu, foi campeão nacional com 8 pontos de vantagem sobre o 2º e é indiscutível que nem demos hipótese. Por isso, não me parece que seja a aparecer de 6 em 6 meses a dizer que o Pinto mexeu os cordéis num Porto-estrela da amadora em que o Porto era quase campeão e o estrela era só a última equipa da tabela que este caso vai mudar alguma coisa no futebol português. É que com estas conclusões o raio do Apito só pode andar é embriagado.
Ora bem, eu não tenho nada contra as escutas telefónicas e muito menos contra o Apito Dourado porque se há coisa que faz falta no futebol é a verdade. Só me parece que não é este o caminho. Sejamos explícitos: não é propriamente arrastando um caso durante anos que vão dar credibilidade a isto. E vou ter que dizer o inevitável: desculpem mas também não é a falar da época 2003/2004 que vão conseguir que alguém acredite nisto.
Caso se tenham esquecido, nesta época o Porto foi campeão europeu, foi campeão nacional com 8 pontos de vantagem sobre o 2º e é indiscutível que nem demos hipótese. Por isso, não me parece que seja a aparecer de 6 em 6 meses a dizer que o Pinto mexeu os cordéis num Porto-estrela da amadora em que o Porto era quase campeão e o estrela era só a última equipa da tabela que este caso vai mudar alguma coisa no futebol português. É que com estas conclusões o raio do Apito só pode andar é embriagado.
06 setembro, 2006
???
Este início de época anda demasiado complexo para mim. Depois de algumas dúvidas em relação ao caso Mateus surgem-me agora outras dúvidas relacionadas com a selecção.
Portugal levou 4 da Dinamarca (com uma exibição daquelas que nós gostamos do Ricardo) e Scolari veio dizer que escusavam de começar a criticar a equipa porque aquilo era a brincar e só servia para ele ver jogadores.
Ora bem, primeira dúvida: desde quando é que um jogo particular meia dúzia de dias antes do primeiro jogo para o apuramento para o próximo Europeu é um jogo para "ver jogadores"? O que nos leva à segunda dúvida: "ver jogadores" não é aquilo que os seleccionadores fazem durante o ano todo? Ah, desculpem, estamos a falar do Scolari por isso esta dúvida não se coloca.
Mas eis que na véspera do jogo contra a Finlândia Scolari nos surpreende dizendo basicamente que Portugal não está a jogar nada, que um empate já é bem bom e que se até ao final do ano conseguirem 6 ou 7 pontos têm que levantar os braços para o céu. Chegamos então à terceira dúvida: ai afinal agora podemos dizer que Portugal não está a jogar nada ou é só o senhor que pode?
E partimos logo para a quarta dúvida: um empate com a Finlândia é bom para a segunda melhor selecção da Europa e quarta melhor do mundo? Eu não percebo muito disto, mas parece-me que a Finlândia não é nenhum Brasil. Já para não dizer que isto como factor de motivação para os jogadores é um golpe de génio.
E porque não estou para reflectir mais sobre isto senão não saía daqui, a minha última dúvida: num grupo com azerbeijões e cazaquistões 6 ou 7 pontos é de agradecer à Caravaggio? E aqui eu até consigo compreender Scolari (esta frase soa-me mal, mesmo ma brincadeira), porque ao que ela ajudou Portugal no Mundial realmente por agora é melhor não lhe pedirem nada.
Valha-nos o Ricardinho.
Portugal levou 4 da Dinamarca (com uma exibição daquelas que nós gostamos do Ricardo) e Scolari veio dizer que escusavam de começar a criticar a equipa porque aquilo era a brincar e só servia para ele ver jogadores.
Ora bem, primeira dúvida: desde quando é que um jogo particular meia dúzia de dias antes do primeiro jogo para o apuramento para o próximo Europeu é um jogo para "ver jogadores"? O que nos leva à segunda dúvida: "ver jogadores" não é aquilo que os seleccionadores fazem durante o ano todo? Ah, desculpem, estamos a falar do Scolari por isso esta dúvida não se coloca.
Mas eis que na véspera do jogo contra a Finlândia Scolari nos surpreende dizendo basicamente que Portugal não está a jogar nada, que um empate já é bem bom e que se até ao final do ano conseguirem 6 ou 7 pontos têm que levantar os braços para o céu. Chegamos então à terceira dúvida: ai afinal agora podemos dizer que Portugal não está a jogar nada ou é só o senhor que pode?
E partimos logo para a quarta dúvida: um empate com a Finlândia é bom para a segunda melhor selecção da Europa e quarta melhor do mundo? Eu não percebo muito disto, mas parece-me que a Finlândia não é nenhum Brasil. Já para não dizer que isto como factor de motivação para os jogadores é um golpe de génio.
E porque não estou para reflectir mais sobre isto senão não saía daqui, a minha última dúvida: num grupo com azerbeijões e cazaquistões 6 ou 7 pontos é de agradecer à Caravaggio? E aqui eu até consigo compreender Scolari (esta frase soa-me mal, mesmo ma brincadeira), porque ao que ela ajudou Portugal no Mundial realmente por agora é melhor não lhe pedirem nada.
Valha-nos o Ricardinho.
05 setembro, 2006
Prós e Contras
"Eles falam, falam, falam e eu não os vejo a fazer nada..."
Nunca esta frase fez tanto sentido.
P.S. Se alguém tirou alguma conclusão deste debate é favor transmiti-la porque eu fiquei na mesma
Nunca esta frase fez tanto sentido.
P.S. Se alguém tirou alguma conclusão deste debate é favor transmiti-la porque eu fiquei na mesma
02 setembro, 2006
Cada um tem aquilo que merece
Vou finalmente falar do caso que abala actualmente o futebol português: o caso Mateus.
Para começar, vou resumir o que percebi das mil e uma explicações que já deram sobre o assunto. Mateus é um jogador angolano que depois de jogar uns anitos em Portugal com contrato profissional foi inscrito no Lixa como amador. A meio da época passada, o Gil Vicente foi buscá-lo e deu-lhe um contrato profissional. Os regulamentos dizem que um jogador não pode ter na mesma época um contrato amador e um profissional. Primeiro erro do Gil.
A última época foi especial já que a luta pela permanência foi mais acesa do que nunca. Como tal, os adversários do Gil, em vez de se preocuparem em conquistarem a permanência no campo, aproveitaram o caso do tal Mateus para fazerem queixinhas à Liga. Primeiro erro dos adversários.
A Liga, que já devia ter agido mal o Gil Vicente demonstrou a intenção de inscrever o tal Mateus, só acordou nesse instante. Primeiro erro da Liga.
O Gil Vicente recorreu então aos tribunais civis para tentar remediar o primeiro erro. Ora, os regulamentos dizem que o recurso aos tribunais civis em questões meramente desportivas dá punição directa e severa. Segundo erro do Gil.
Os adversários do Gil, entre os quais o Belenenses que entretanto se colocou na 1ª fila depois de descer de divisão, começaram logo a exigir o lugar do Gil Vicente na primeira Liga sem terem nada a ver com o caso. Segundo erro do Belenenses.
A Liga começou a demonstrar como funciona e despachou o processo para o Conselho de Justiça que decidiu que o Gil ia para a 2ª e o Belém ficava na 1ª. E se a descida do Gil me parece justa tendo em conta os regulamentos (embora me pareça que estes são um exemplo de totalitarismo e embora o Gil alegue que é uma questão laboral e não desportiva, o mesmo que disse o sportem no caso Paulo Sousa e que eu me lembre os lagartos não desceram), a permanência do Belenenses é absurda. Onde é que já se viu um clube ficar na 1ª Liga por demérito? O lugar do Gil devia ser do Leixões. Segundo erro da Liga.
Daí para cá, uma corrente de recursos e decisões, de erros da Liga e dos clubes e também de muitas férias dos senhores que deviam estar a resolver o caso tornaram isto um verdadeiro caos que levou ao adiamento dos jogos do Gil, do Belenenses e do Leixões, às discussões entre Valentim Loureiro e Cunha Leal e, pior, à decisão da toda poderosa FIFA de suspender as equipas portuguesas das provas internacionais.
Ora, o que eu penso é simples: Cada um tem aquilo que merece. E nós, com esta Liga, com esta Federação, com Valentins e Cunhas Leais, só merecemos esta palhaçada.
Mas sosseguem porque eu sei como é que o caso acaba. O Gil vai para a 2ª porque não é o sporting; o Fiúza é irradiado porque não tem papas na língua; o Belenenses fica na 1ª porque é da capital; o Leixões nem tem direito a falar porque não é da capital; o Valentim e o Cunha Leal vão dar uma volta porque vem aí o Hermínio e companhia (que, graças ao super inteligente Rui Alves, teve a sorte de ainda não estar lá e apanhar com as culpas de um caso que não era da sua responsabilidade e que se manteve, e muito bem, longe deste caso...); o Orelhas (que primeiro apoiou Hermínio Loureiro mas depois, quando viu que isso implicava o fim do domínio vermelho na Liga, passou a criticá-lo) vai fazer mais um choradinho ("ah e tal não me recandidato... vou deixar o trono ao meu amigo Veiga, que afinal de contas sempre foi quem mandou aqui...") depois de ver que foi a Liga dele que fez esta asneira toda; o Madaíl vai sair, como sempre, intocável; a FIFA vai deixar-nos ir à Europa e vai demonstrar a sua prepotência para outro lado.
E o tal Mateus, o amador que fez aparecer a merda toda que anda pelo futebol português, vai continuar sem perceber o que se passa. Mas é só alguém dar-lhe um Código Penal para os pés que vocês vêem o que é jogar.
Para começar, vou resumir o que percebi das mil e uma explicações que já deram sobre o assunto. Mateus é um jogador angolano que depois de jogar uns anitos em Portugal com contrato profissional foi inscrito no Lixa como amador. A meio da época passada, o Gil Vicente foi buscá-lo e deu-lhe um contrato profissional. Os regulamentos dizem que um jogador não pode ter na mesma época um contrato amador e um profissional. Primeiro erro do Gil.
A última época foi especial já que a luta pela permanência foi mais acesa do que nunca. Como tal, os adversários do Gil, em vez de se preocuparem em conquistarem a permanência no campo, aproveitaram o caso do tal Mateus para fazerem queixinhas à Liga. Primeiro erro dos adversários.
A Liga, que já devia ter agido mal o Gil Vicente demonstrou a intenção de inscrever o tal Mateus, só acordou nesse instante. Primeiro erro da Liga.
O Gil Vicente recorreu então aos tribunais civis para tentar remediar o primeiro erro. Ora, os regulamentos dizem que o recurso aos tribunais civis em questões meramente desportivas dá punição directa e severa. Segundo erro do Gil.
Os adversários do Gil, entre os quais o Belenenses que entretanto se colocou na 1ª fila depois de descer de divisão, começaram logo a exigir o lugar do Gil Vicente na primeira Liga sem terem nada a ver com o caso. Segundo erro do Belenenses.
A Liga começou a demonstrar como funciona e despachou o processo para o Conselho de Justiça que decidiu que o Gil ia para a 2ª e o Belém ficava na 1ª. E se a descida do Gil me parece justa tendo em conta os regulamentos (embora me pareça que estes são um exemplo de totalitarismo e embora o Gil alegue que é uma questão laboral e não desportiva, o mesmo que disse o sportem no caso Paulo Sousa e que eu me lembre os lagartos não desceram), a permanência do Belenenses é absurda. Onde é que já se viu um clube ficar na 1ª Liga por demérito? O lugar do Gil devia ser do Leixões. Segundo erro da Liga.
Daí para cá, uma corrente de recursos e decisões, de erros da Liga e dos clubes e também de muitas férias dos senhores que deviam estar a resolver o caso tornaram isto um verdadeiro caos que levou ao adiamento dos jogos do Gil, do Belenenses e do Leixões, às discussões entre Valentim Loureiro e Cunha Leal e, pior, à decisão da toda poderosa FIFA de suspender as equipas portuguesas das provas internacionais.
Ora, o que eu penso é simples: Cada um tem aquilo que merece. E nós, com esta Liga, com esta Federação, com Valentins e Cunhas Leais, só merecemos esta palhaçada.
Mas sosseguem porque eu sei como é que o caso acaba. O Gil vai para a 2ª porque não é o sporting; o Fiúza é irradiado porque não tem papas na língua; o Belenenses fica na 1ª porque é da capital; o Leixões nem tem direito a falar porque não é da capital; o Valentim e o Cunha Leal vão dar uma volta porque vem aí o Hermínio e companhia (que, graças ao super inteligente Rui Alves, teve a sorte de ainda não estar lá e apanhar com as culpas de um caso que não era da sua responsabilidade e que se manteve, e muito bem, longe deste caso...); o Orelhas (que primeiro apoiou Hermínio Loureiro mas depois, quando viu que isso implicava o fim do domínio vermelho na Liga, passou a criticá-lo) vai fazer mais um choradinho ("ah e tal não me recandidato... vou deixar o trono ao meu amigo Veiga, que afinal de contas sempre foi quem mandou aqui...") depois de ver que foi a Liga dele que fez esta asneira toda; o Madaíl vai sair, como sempre, intocável; a FIFA vai deixar-nos ir à Europa e vai demonstrar a sua prepotência para outro lado.
E o tal Mateus, o amador que fez aparecer a merda toda que anda pelo futebol português, vai continuar sem perceber o que se passa. Mas é só alguém dar-lhe um Código Penal para os pés que vocês vêem o que é jogar.
Sorteio da Liga dos Campeões
Graças à dificílima vitória do benfica sobre um colosso do futebol mundial, Portugal tem pela primeira vez 3 equipas na fase de grupos da Champions.
A sorte dos portugueses foi desde logo condicionada pela distribução das equipas pelos diferentes potes consoante o seu ranking.
O Porto ficou no pote 2 porque os papões que foram à pré-eliminatória não falharam; sportem e benfica ficaram no topo do pote 3.
Sou obrigada a colocar esta questão: mas que merda de ranking é este? Eu nem me dou ao trabalho de questionar o pote 1 porque, pronto, estamos a falar doutra dimensão (embora se pensarmos bem... o que é que o Manchester fez nos últimos anos que o Lyon ou o Porto não fizeram?). Mas logo no pote 2 salta à vista, por exemplo, a presença seguida de Celtic e Lille quando os resultados destas equipas na Europa são indisutivelmente incomparáveis. No pote 3 não posso deixar de não perceber o porquê do sportem estar melhor classificado que o benfica quando este último tem feito mais nos últimos anos. Ok, os lagartos foram à final da Uefa, mas o CSKA também e ainda consegue estar atrás destes dois. Enfim, não percebo.
O sportem foi o grande azarado do dia. Há quem diga que Inter e Bayern são do pior que lhes podia ter saído mas eu cá até acho que o pior de todos é o Spartak (quem é que não se lembra daqueles brilhantes 3 secos? Que delícia...).
Já o Porto digamos que tem uma dificuldade intermédia. O Arsenal é indiscutivelmente doutro mundo; CSKA e Hamburgo não deixam de ser acessíveis mas são bem complicados.
Ao benfica dizem que saiu a maior dose de sorte. Está bem que lhes saiu o Manchester que depois de ser eliminado por um golo do Beto ainda tem coragem de aparecer por estes lados, mas o Celtic reforçou-se bem e o Copenhaga consegue ser melhor que o Áustria de Viena (uau!).
As contas fazem-se no fim e o importante é fazer o máximo de pontos nos 3 primeiros jogos para não andarmos a sofrer como é normal. Eu cá já tenho viagem marcada para Londres.
A sorte dos portugueses foi desde logo condicionada pela distribução das equipas pelos diferentes potes consoante o seu ranking.
O Porto ficou no pote 2 porque os papões que foram à pré-eliminatória não falharam; sportem e benfica ficaram no topo do pote 3.
Sou obrigada a colocar esta questão: mas que merda de ranking é este? Eu nem me dou ao trabalho de questionar o pote 1 porque, pronto, estamos a falar doutra dimensão (embora se pensarmos bem... o que é que o Manchester fez nos últimos anos que o Lyon ou o Porto não fizeram?). Mas logo no pote 2 salta à vista, por exemplo, a presença seguida de Celtic e Lille quando os resultados destas equipas na Europa são indisutivelmente incomparáveis. No pote 3 não posso deixar de não perceber o porquê do sportem estar melhor classificado que o benfica quando este último tem feito mais nos últimos anos. Ok, os lagartos foram à final da Uefa, mas o CSKA também e ainda consegue estar atrás destes dois. Enfim, não percebo.
O sportem foi o grande azarado do dia. Há quem diga que Inter e Bayern são do pior que lhes podia ter saído mas eu cá até acho que o pior de todos é o Spartak (quem é que não se lembra daqueles brilhantes 3 secos? Que delícia...).
Já o Porto digamos que tem uma dificuldade intermédia. O Arsenal é indiscutivelmente doutro mundo; CSKA e Hamburgo não deixam de ser acessíveis mas são bem complicados.
Ao benfica dizem que saiu a maior dose de sorte. Está bem que lhes saiu o Manchester que depois de ser eliminado por um golo do Beto ainda tem coragem de aparecer por estes lados, mas o Celtic reforçou-se bem e o Copenhaga consegue ser melhor que o Áustria de Viena (uau!).
As contas fazem-se no fim e o importante é fazer o máximo de pontos nos 3 primeiros jogos para não andarmos a sofrer como é normal. Eu cá já tenho viagem marcada para Londres.
FCP 2 - leiria 1
De férias com a família, falhei pela primeira vez um jogo no Dragão. A juntar a este terrível facto, perdi a oportunidade de ver os primeiros 3 pontos conquistados por Jesualdo Ferreira.
No ainda 3-4-3 de Adriaanse (que parece funcionar ainda melhor sem o próprio Adriaanse...), o Porto venceu com todo o mérito um leiria atrevido e muito bem orientado pelo nosso Domingos.
Adriano e Quaresma marcaram os golos em 2 jogadas perfeitas. O leiria ainda reduziu mas nem deu para assustar, tal foi o controlo dos nossos rapazes.
O destaque foi para o bendito regresso do Lucho e para o maldito afastamento do Ibson. Parece-me óbvio que este último está a jogar bem melhor do que o Raúl.
Mas enfim, começamos da melhor forma. Agora vem aí o estrela e há que vingar a derrota do ano passado. Pode ser que o estádio em que a partida se vai realizar nos dê mais uma das alegrias do costume.
No ainda 3-4-3 de Adriaanse (que parece funcionar ainda melhor sem o próprio Adriaanse...), o Porto venceu com todo o mérito um leiria atrevido e muito bem orientado pelo nosso Domingos.
Adriano e Quaresma marcaram os golos em 2 jogadas perfeitas. O leiria ainda reduziu mas nem deu para assustar, tal foi o controlo dos nossos rapazes.
O destaque foi para o bendito regresso do Lucho e para o maldito afastamento do Ibson. Parece-me óbvio que este último está a jogar bem melhor do que o Raúl.
Mas enfim, começamos da melhor forma. Agora vem aí o estrela e há que vingar a derrota do ano passado. Pode ser que o estádio em que a partida se vai realizar nos dê mais uma das alegrias do costume.
FCP 3 - setúbal 0
Limpinho. O FCP começou a época da mesma forma que terminou a última: a ganhar sem espinhas.
O jogo realizou-se em Leiria, num estádio horrível com um relvado no mínimo desaconselhável. Talvez seja altura de começarem a sortear logo á partida um estádio em vez de virem com as tangas do "fica a meio do caminho" já que depois o resultado é o que se viu: pouco público.
Durante os 90 minutos só deu Porto. Os pupilos de Rui Barros (que foi o primeiro treinador do mundo a estar brilhante por não fazer absolutamente nada) não deram hipóteses a um vitória que também não as procurou (ou muito me engano ou estes este ano descem, tal é o talento que têm demonstrado).
Adriano, Anderson e Vieirinha marcaram os golos. Adriano num pontapé de bicileta espectacular, Anderson foi só o melhor em campo (e eu já dou por mim a rezar para que ele não jogue tudo o que sabe para "os outros" não repararem, como se fosse possível esconder aqueles pezinhos) e Vieirinha marcou um golaço... à Simão (sem a parte de se atirar para o chão e chorar porque ninguém o quer).
Obrigado rapazes por mais um título. Se bem que por mim acabavam com este troféu. É que já nem dá pica...
O jogo realizou-se em Leiria, num estádio horrível com um relvado no mínimo desaconselhável. Talvez seja altura de começarem a sortear logo á partida um estádio em vez de virem com as tangas do "fica a meio do caminho" já que depois o resultado é o que se viu: pouco público.
Durante os 90 minutos só deu Porto. Os pupilos de Rui Barros (que foi o primeiro treinador do mundo a estar brilhante por não fazer absolutamente nada) não deram hipóteses a um vitória que também não as procurou (ou muito me engano ou estes este ano descem, tal é o talento que têm demonstrado).
Adriano, Anderson e Vieirinha marcaram os golos. Adriano num pontapé de bicileta espectacular, Anderson foi só o melhor em campo (e eu já dou por mim a rezar para que ele não jogue tudo o que sabe para "os outros" não repararem, como se fosse possível esconder aqueles pezinhos) e Vieirinha marcou um golaço... à Simão (sem a parte de se atirar para o chão e chorar porque ninguém o quer).
Obrigado rapazes por mais um título. Se bem que por mim acabavam com este troféu. É que já nem dá pica...
16 agosto, 2006
Substituição
Pela 2ª vez em 3 épocas, o Porto ficou sem treinador pouco tempo antes da temporada começar.
A razão, mais uma vez, parece-me ter sido muito mal explicada. Não sei, mas acho estranho que um treinador vencedor, que tem a equipa a jogar bem e que foi apoiado pelo presidente quando ninguém acreditava nele saia assim sem justificação maior do que algumas postas lançadas para o ar pela comunicação social.
É certo que o diálogo treinador/presidente através dos media já se vinha a agravar há algum tempo, mas duvido que alguém estivesse à espera duma reviravolta deste género.
A 1ª razão aparente prende-se com o facto de Adriaanse estar descontente pelo facto de não lhe darem o tão desejado ponta-de-lança. Pinto da Costa veio várias vezes a público afirmar que não há dinheiro e Adriaanse começou a fartar-se porque sem um marcador não era possível fazer melhor.
Ora, a meu ver isto começou logo mal quando os 2 tiveram necessidade de se dirigirem à comunicação social quando esta troca de "ideias" não devia sair cá para fora. Fora esse pormenor, dou razão a ambas as partes. Embora me custe acreditar que o Porto está assim tão mal financeiramente, o facto é que era de doidos dar 8 milhões por Hesselink. Mas sendo assim, não percebo a opção de se despachar todos os avançados da equipa e ficar, por exemplo, com Sokota. Já para não dizer que só um cego é que não vê que sem um marcador é impossível este Porto ir longe, por muito bem que os rapazes joguem (muito graças a Adriaanse, saliente-se).
E se esta quezília até podia ser resolvida com um brasileiro qualquer que custasse 5 tostões e depois fosse mais uma desilusão, a 2ª razão aparente é bem mais grave.
Quem via o Porto jogar, decerto não se apercebeu que a relação treinador/jogadores estava a entrar em decadência. E também aqui dou razão a ambos. Se por um lado Adriaanse não errou por muito ao dizer que era impossível fazer mais com estes jogadores, também é verdade que aquilo não é a tropa.
Enfim, lá se foi o treinador da dobradinha sem se saber muito bem porquê e sem ninguém ter o cuidado de nos explicar (e já que vêm para os jornais dizer o que devia ficar lá dentro, porque é que não aproveitam os mesmos para justificar aos adeptos esta saída?). E assim se vai também provavelmente uma época.
E para continuar na onda de coisas mal feitas, eis que os media sabem logo quem é a aposta da SAD para substituir Adriaanse: Jesualdo Ferreira (eu ainda sou do tempo em que só quando o gajo era apresentado na conferência de imprensa é que sabíamos quem era, mas pronto).
Foi tão inteligente lançar logo isto a público que, para além da novela se ter arrastado por causa disso, o preço a pagar por Jesualdo subiu consideravelmente.
Ora bem, eu confesso que ainda estou em choque com esta substituição. Ok, Jesualdo fez um bom trabalho no braga mas... mais nada. E numa situação de emergência como esta estava à espera de tudo menos de ter de pagar uma indemnização aos remendados por lhes estragar os planos.
Mas bem vistas as coisas, numa altura destas um treinador estrangeiro estava fora de hipótese (sem conhecer este Porto, ia passar meses a inventar e provavelmente nunca acertaria). E por cá a coisa não anda realmente muito fácil.
A questão é que não estou a ver o Jesualdo a não mudar muita coisa nesta equipa. Para ele, o 3-3-4 ou o 3-4-3 estariam sempre fora de hipótese. Mas neste caso é mais do que evidente que o Porto não tem plantel para outros esquemas.
Bem, agora bem podia estar aqui a divagar sobre as mil razões para não acreditar muito no Jesualdo mas só o tempo nos dirá mais qualquer coisa.
Para já fica a nota: pela 5ª vez em 3 épocas, já sabemos quem é o novo treinador do Porto.
A razão, mais uma vez, parece-me ter sido muito mal explicada. Não sei, mas acho estranho que um treinador vencedor, que tem a equipa a jogar bem e que foi apoiado pelo presidente quando ninguém acreditava nele saia assim sem justificação maior do que algumas postas lançadas para o ar pela comunicação social.
É certo que o diálogo treinador/presidente através dos media já se vinha a agravar há algum tempo, mas duvido que alguém estivesse à espera duma reviravolta deste género.
A 1ª razão aparente prende-se com o facto de Adriaanse estar descontente pelo facto de não lhe darem o tão desejado ponta-de-lança. Pinto da Costa veio várias vezes a público afirmar que não há dinheiro e Adriaanse começou a fartar-se porque sem um marcador não era possível fazer melhor.
Ora, a meu ver isto começou logo mal quando os 2 tiveram necessidade de se dirigirem à comunicação social quando esta troca de "ideias" não devia sair cá para fora. Fora esse pormenor, dou razão a ambas as partes. Embora me custe acreditar que o Porto está assim tão mal financeiramente, o facto é que era de doidos dar 8 milhões por Hesselink. Mas sendo assim, não percebo a opção de se despachar todos os avançados da equipa e ficar, por exemplo, com Sokota. Já para não dizer que só um cego é que não vê que sem um marcador é impossível este Porto ir longe, por muito bem que os rapazes joguem (muito graças a Adriaanse, saliente-se).
E se esta quezília até podia ser resolvida com um brasileiro qualquer que custasse 5 tostões e depois fosse mais uma desilusão, a 2ª razão aparente é bem mais grave.
Quem via o Porto jogar, decerto não se apercebeu que a relação treinador/jogadores estava a entrar em decadência. E também aqui dou razão a ambos. Se por um lado Adriaanse não errou por muito ao dizer que era impossível fazer mais com estes jogadores, também é verdade que aquilo não é a tropa.
Enfim, lá se foi o treinador da dobradinha sem se saber muito bem porquê e sem ninguém ter o cuidado de nos explicar (e já que vêm para os jornais dizer o que devia ficar lá dentro, porque é que não aproveitam os mesmos para justificar aos adeptos esta saída?). E assim se vai também provavelmente uma época.
E para continuar na onda de coisas mal feitas, eis que os media sabem logo quem é a aposta da SAD para substituir Adriaanse: Jesualdo Ferreira (eu ainda sou do tempo em que só quando o gajo era apresentado na conferência de imprensa é que sabíamos quem era, mas pronto).
Foi tão inteligente lançar logo isto a público que, para além da novela se ter arrastado por causa disso, o preço a pagar por Jesualdo subiu consideravelmente.
Ora bem, eu confesso que ainda estou em choque com esta substituição. Ok, Jesualdo fez um bom trabalho no braga mas... mais nada. E numa situação de emergência como esta estava à espera de tudo menos de ter de pagar uma indemnização aos remendados por lhes estragar os planos.
Mas bem vistas as coisas, numa altura destas um treinador estrangeiro estava fora de hipótese (sem conhecer este Porto, ia passar meses a inventar e provavelmente nunca acertaria). E por cá a coisa não anda realmente muito fácil.
A questão é que não estou a ver o Jesualdo a não mudar muita coisa nesta equipa. Para ele, o 3-3-4 ou o 3-4-3 estariam sempre fora de hipótese. Mas neste caso é mais do que evidente que o Porto não tem plantel para outros esquemas.
Bem, agora bem podia estar aqui a divagar sobre as mil razões para não acreditar muito no Jesualdo mas só o tempo nos dirá mais qualquer coisa.
Para já fica a nota: pela 5ª vez em 3 épocas, já sabemos quem é o novo treinador do Porto.
06 agosto, 2006
Torneio de Amsterdão: notas de uma pré-época
Positivo:
- o Porto joga bem, troca a bola de uma forma entusiasmante e parece mais maduro do que na época passada.
- a baliza do Porto está mesmo entregue a Helton que neste esquema parece ser a escolha mais adequada. Mas embora os portistas estejam satisfeitos com a opção e o balneário não tenha sido afectado, Baía nunca é esquecido.
- Anderson entrou definitivamente na equipa e espalha talento por todo o lado. Defende, ataca, recebe, finta, passa, desmarca, remata... Se tiver juízo, vai dar muito que falar.
- Pepe é o único jogador do plantel capaz de preencher o lugar de central neste sistema. Continua numa forma exemplar e agora até já marca grandes golos.
- Cech é de momento o único valor seguro para o lado esquerdo, mas no entanto foi no meio-campo que se destacou. Polivalente, forte e objectivo, ainda leva para casa uma bicicleta.
- Pedro Emanuel continua a contribuir para o equilíbrio juventude/experiência do plantel. A sua maturidade mostra-se determinante dentro e fora das 4 linhas. Se fosse eu, começava já a treiná-lo na direita.
- Raúl Meireles está o mesmo de sempre. Só lhe falta perceber que não é nenhum Roberto Carlos a rematar.
- Ibson fez uma boa pré-época e promete continuar a dar dores de cabeça ao treinador.
- João Paulo não é nenhuma estrela, mas parece-me um bom jogador para se ter no banco. Na defesa ou no meio-campo, convém sempre ter um gajo destes.
- Tarik não sei das quantas parece-me um bom jogador. Muito forte e sobretudo objectivo, é importante ter nesta equipa alguém que não complique muito. Além disso, faz os dois corredores com a mesma eficácia. Muito útil.
- Vieirinha ficou mesmo no plantel principal e não tem desiludido. Por vezes, perde-se um bocado em brincadeirinhas, mas compensa com cruzamentos e passes muito bons.
- Bruno Moraes estava a prometer ser a grande desculpa da SAD para vender todos os avançados, mas infelizmente está lesionado (outra vez...). É pena porque mostrou que ainda pode ser uma boa solução.
- Adriaanse tem sido uma surpresa muito positiva. Em pouco tempo, conseguiu recuperar o nível em que a equipa terminou a última época. Ainda tentou integrar os reforços que lhe deram mas já se viu que, à excepção de Tarik (o único que foi ele a pedir...), aquilo não vale grande coisa. Todos os dias implora por um ponta-de-lança mas ninguém responde às suas preces. Sendo assim, anda à procura de soluções. Continua a inventar muito, mas o facto é que os rapazes jogam bem e se não há melhores resultados não é por culpa dele.
Negativo:
- a falta de golos é demasiado preocupante. Venha mas é um ponta-de-lança. Ou melhor, dois. Alguém que explique aos senhores da SAD o que significa a palavra URGENTE!
- Bosingwa está uma nulidade. Já não era grande coisa e pelos vistos as férias fizeram-lhe mal. A ideia de não o vender perante uma boa proposta foi realmente brilhante.
- Ricardo Costa veio mais tarde e ainda não mostrou o pouco que vale. Também não me parece que vá servir para grande coisa esta época.
- Bruno Alves porque é o Bruno Alves. É um crime um jogador destes vestir aquela camisola.
- Ezequias foi mais uma contratação inexplicável by SAD. Que tal emprestá-lo... sei lá... à Académica?
- Paulo Assunção parece mais apagado que na última época. Esperemos que seja só o arranque, porque como ele não há ninguém para aquela posição.
- Jorginho também é o mesmo de sempre e só por isso merece estar no lado "negativo". Adriaanse, já sabes, este gajo é só pra meter nos últimos 5 minutos em alvalade.
- Alan é bom jogador mas irrita-me profundamente. Pode ser que Adriaanse tenha mão naquela juventude toda em ebulição e o rapaz até nos surpreenda.
- Quaresma fez uma pré-época igual a zero. Não te ponhas a pau não...
- Diogo Valente não está cá a fazer nada.
- Sokota não sai do estaleiro. Já que venderam os avançados todos podiam lembrar-se de despachar este.
- Lisando está muito apagado, parece não encaixar no esquema. É pena porque dar-se ao luxo de desperdiçar um talento daqueles (e logo um avançado!) só mesmo num grande plantel.
- Adriano parece cansado e pesado. Deve ser passageiro, porque ainda ontem mostrou que continua a saber.
- Entradas e saídas. Se pela porta da frente não entrou nenhuma mais valia, não deixa de ser estranho deixar-se sair com tanta facilidade. É bom que umas contratações de última hora salvem a honra do convento.
- o Porto joga bem, troca a bola de uma forma entusiasmante e parece mais maduro do que na época passada.
- a baliza do Porto está mesmo entregue a Helton que neste esquema parece ser a escolha mais adequada. Mas embora os portistas estejam satisfeitos com a opção e o balneário não tenha sido afectado, Baía nunca é esquecido.
- Anderson entrou definitivamente na equipa e espalha talento por todo o lado. Defende, ataca, recebe, finta, passa, desmarca, remata... Se tiver juízo, vai dar muito que falar.
- Pepe é o único jogador do plantel capaz de preencher o lugar de central neste sistema. Continua numa forma exemplar e agora até já marca grandes golos.
- Cech é de momento o único valor seguro para o lado esquerdo, mas no entanto foi no meio-campo que se destacou. Polivalente, forte e objectivo, ainda leva para casa uma bicicleta.
- Pedro Emanuel continua a contribuir para o equilíbrio juventude/experiência do plantel. A sua maturidade mostra-se determinante dentro e fora das 4 linhas. Se fosse eu, começava já a treiná-lo na direita.
- Raúl Meireles está o mesmo de sempre. Só lhe falta perceber que não é nenhum Roberto Carlos a rematar.
- Ibson fez uma boa pré-época e promete continuar a dar dores de cabeça ao treinador.
- João Paulo não é nenhuma estrela, mas parece-me um bom jogador para se ter no banco. Na defesa ou no meio-campo, convém sempre ter um gajo destes.
- Tarik não sei das quantas parece-me um bom jogador. Muito forte e sobretudo objectivo, é importante ter nesta equipa alguém que não complique muito. Além disso, faz os dois corredores com a mesma eficácia. Muito útil.
- Vieirinha ficou mesmo no plantel principal e não tem desiludido. Por vezes, perde-se um bocado em brincadeirinhas, mas compensa com cruzamentos e passes muito bons.
- Bruno Moraes estava a prometer ser a grande desculpa da SAD para vender todos os avançados, mas infelizmente está lesionado (outra vez...). É pena porque mostrou que ainda pode ser uma boa solução.
- Adriaanse tem sido uma surpresa muito positiva. Em pouco tempo, conseguiu recuperar o nível em que a equipa terminou a última época. Ainda tentou integrar os reforços que lhe deram mas já se viu que, à excepção de Tarik (o único que foi ele a pedir...), aquilo não vale grande coisa. Todos os dias implora por um ponta-de-lança mas ninguém responde às suas preces. Sendo assim, anda à procura de soluções. Continua a inventar muito, mas o facto é que os rapazes jogam bem e se não há melhores resultados não é por culpa dele.
Negativo:
- a falta de golos é demasiado preocupante. Venha mas é um ponta-de-lança. Ou melhor, dois. Alguém que explique aos senhores da SAD o que significa a palavra URGENTE!
- Bosingwa está uma nulidade. Já não era grande coisa e pelos vistos as férias fizeram-lhe mal. A ideia de não o vender perante uma boa proposta foi realmente brilhante.
- Ricardo Costa veio mais tarde e ainda não mostrou o pouco que vale. Também não me parece que vá servir para grande coisa esta época.
- Bruno Alves porque é o Bruno Alves. É um crime um jogador destes vestir aquela camisola.
- Ezequias foi mais uma contratação inexplicável by SAD. Que tal emprestá-lo... sei lá... à Académica?
- Paulo Assunção parece mais apagado que na última época. Esperemos que seja só o arranque, porque como ele não há ninguém para aquela posição.
- Jorginho também é o mesmo de sempre e só por isso merece estar no lado "negativo". Adriaanse, já sabes, este gajo é só pra meter nos últimos 5 minutos em alvalade.
- Alan é bom jogador mas irrita-me profundamente. Pode ser que Adriaanse tenha mão naquela juventude toda em ebulição e o rapaz até nos surpreenda.
- Quaresma fez uma pré-época igual a zero. Não te ponhas a pau não...
- Diogo Valente não está cá a fazer nada.
- Sokota não sai do estaleiro. Já que venderam os avançados todos podiam lembrar-se de despachar este.
- Lisando está muito apagado, parece não encaixar no esquema. É pena porque dar-se ao luxo de desperdiçar um talento daqueles (e logo um avançado!) só mesmo num grande plantel.
- Adriano parece cansado e pesado. Deve ser passageiro, porque ainda ontem mostrou que continua a saber.
- Entradas e saídas. Se pela porta da frente não entrou nenhuma mais valia, não deixa de ser estranho deixar-se sair com tanta facilidade. É bom que umas contratações de última hora salvem a honra do convento.
01 agosto, 2006
Para ti, Simão:
Cresceste de verde, a beijar o símbolo de um clube que à primeira hipótese se viu livre de ti. Foste idolatrado por eles. Tinhas cânticos, bandeiras e estandartes.
Foste parar a Barcelona sem saber como. Na despedida, mostraste uma falsa tristeza de filho que quer um dia voltar a casa. Lá fora, tiveste o que merecias.
Foi o benfica que te salvou do esquecimento. Mudaste de cor da noite para o dia, esqueceste o passado como só os gajos como tu conseguem fazer. Foste um Figo "à portuguesa".
Na luz trataram-te como um herói, como um menino da casa que nunca soubeste ser. Tiveste cânticos, bandeiras e estandartes.
Irritas-me Simão. Porque tens essa cara de menino pequenino e indefeso, mas sabes bem o que qu€r€s. Porque tens essa voz irritante, de coitadinho, injustiçado pelo mundo dos grandes. Porque passavas a vida a atirares-te para o chão até levares aquelas chapadas nas Antas. Porque eras capaz de estar jogos e jogos a gozar com a cara dos teus adeptos, mas depois sacavas um daqueles livres ou penalties como só tu sabes fazer para me irritar. Porque passei estes anos todos a tentar convencer-me que não vales nada e depois sacas-me aquele golo em Liverpool. Porque gajos como tu são sempre odiados pelos rivais. Porque gajos como tu nunca deviam ser adorados. Porque és uma merda.
E agora, Simão, queres ir ganhar mais para outro lado. Porque o benfica foi buscar o Rui e agora já não podes ser o super herói que nunca mereceste ser. Porque ele é bem melhor que tu, com e sem bola.
Mas ninguém te quer. Ninguém dá muito por ti, ninguém te dá o que qu€r€s. Afinal és mesmo um coitadinho.
Mas não te preocupes, porque pelo menos eu vou deixar de te insultar. Porque se de verde ou vermelho ainda davas pica, assim só me dás é pena.
Cada um tem o que merece, Simão. E tu não vais voltar a ter cânticos, bandeiras e estandartes.
Foste parar a Barcelona sem saber como. Na despedida, mostraste uma falsa tristeza de filho que quer um dia voltar a casa. Lá fora, tiveste o que merecias.
Foi o benfica que te salvou do esquecimento. Mudaste de cor da noite para o dia, esqueceste o passado como só os gajos como tu conseguem fazer. Foste um Figo "à portuguesa".
Na luz trataram-te como um herói, como um menino da casa que nunca soubeste ser. Tiveste cânticos, bandeiras e estandartes.
Irritas-me Simão. Porque tens essa cara de menino pequenino e indefeso, mas sabes bem o que qu€r€s. Porque tens essa voz irritante, de coitadinho, injustiçado pelo mundo dos grandes. Porque passavas a vida a atirares-te para o chão até levares aquelas chapadas nas Antas. Porque eras capaz de estar jogos e jogos a gozar com a cara dos teus adeptos, mas depois sacavas um daqueles livres ou penalties como só tu sabes fazer para me irritar. Porque passei estes anos todos a tentar convencer-me que não vales nada e depois sacas-me aquele golo em Liverpool. Porque gajos como tu são sempre odiados pelos rivais. Porque gajos como tu nunca deviam ser adorados. Porque és uma merda.
E agora, Simão, queres ir ganhar mais para outro lado. Porque o benfica foi buscar o Rui e agora já não podes ser o super herói que nunca mereceste ser. Porque ele é bem melhor que tu, com e sem bola.
Mas ninguém te quer. Ninguém dá muito por ti, ninguém te dá o que qu€r€s. Afinal és mesmo um coitadinho.
Mas não te preocupes, porque pelo menos eu vou deixar de te insultar. Porque se de verde ou vermelho ainda davas pica, assim só me dás é pena.
Cada um tem o que merece, Simão. E tu não vais voltar a ter cânticos, bandeiras e estandartes.
FCPORTO 1 - ASRoma 0
A apresentação oficial dos campeões nacionais correu sem surpresas, sem dispensas e sem grandes entusiasmos. Os mais aplaudidos da noite foram o inevitável Baía, Lucho, Quaresma e... Adriaanse.
Quanto ao jogo em si (e, isto sim, novidade em dia de apresentação aos sócios), gostei muito da equipa. Embora seja urgente encontrar um ponta-de-lança de jeito, a verdade é que os rapazes parece que nem pararam para férias porque vieram a mostrar o mesmo.
Não me parece que haja grandes dúvidas em relação aos titulares, à táctica e à qualidade do plantel. Com uma ou outra falha colmatada, continuo a achar que chega e sobra para a nossa Liga.
O destaque individual vai todo para Anderson que a jogar assim não vai durar muito nestas bandas. Até lá, espero consolar-me a ver aquele toque de bola de azul e branco.
E enquanto os rivais continuam iguais a si próprios (o sporting ganha taças de brincar e o benfica está imparável), aqui vamos nós para o torneio de Amesterdão.
Quanto ao jogo em si (e, isto sim, novidade em dia de apresentação aos sócios), gostei muito da equipa. Embora seja urgente encontrar um ponta-de-lança de jeito, a verdade é que os rapazes parece que nem pararam para férias porque vieram a mostrar o mesmo.
Não me parece que haja grandes dúvidas em relação aos titulares, à táctica e à qualidade do plantel. Com uma ou outra falha colmatada, continuo a achar que chega e sobra para a nossa Liga.
O destaque individual vai todo para Anderson que a jogar assim não vai durar muito nestas bandas. Até lá, espero consolar-me a ver aquele toque de bola de azul e branco.
E enquanto os rivais continuam iguais a si próprios (o sporting ganha taças de brincar e o benfica está imparável), aqui vamos nós para o torneio de Amesterdão.
17 julho, 2006
Da Alemanha para o mundo
No rescaldo do Mundial de 2006, que para mim ficará marcado pelo decrescer de entusiasmo, proponho uma análise dos participantes.
Os que não passaram a 1ª fase:
Costa Rica - 3 derrotas e muito pouco futebol. Uma das selecções que se dispensava do "cartaz".
Polónia - A derrota com o surpreendente Equador ditou o destino de uma das equipas mais fortes fisicamente deste mundial. Os polacos estavam bem organizados, mas a falta de talento técnico foi notória.
Paraguai - As derrotas pela margem mínima contra a Inglaterra e a Suécia tornaram inglório o esforço desta equipa tipicamente sul-americana.
Trinidade e Tobago - O empate contra a Suécia foi suficiente para fazerem a festa. Pouco mais se viu desta selecção.
Costa do Marfim - Havia alguma expectativa em torno do Drogba e companhia, mas o grupo era mortífero e, apesar de jogarem bem, não tiveram hipótese.
Sérvia e Montenegro - Outra selecção injustiçada pelo grupo em que calhou. Bons jogadores, boa táctica... e a maior goleada de uma Argentina perfeita. A divisão territorial recente prejudicou certamente o balneário.
Irão - Ainda estou para perceber como é que foi parar aqui.
Angola - Idem idem aspas aspas. A pior selecção deste Mundial.
EUA - Uma decepção depois da boa campanha em 2002.
República Checa - A prova de que em 2004 a geração de ouro checa perdeu talvez a grande oportunidade de fazer história. Grandes jogadores, um motivador jogo inaugural, mas um Gana espectacular e uma Itália mortífera não deixaram Nedved ir mais longe.
Croácia - Não se pode dizer que tenha jogado mal ou que tenha tido péssimos resultados, mas mesmo assim ficou pelo caminho. Não há espaço para todos.
Japão - As derrotas inquestionáveis com a Austrália e com o Brasil, mostraram que esta equipa não merecia passar esta fase.
Coreia do Sul - A equipa afastada nesta fase com mais pontos (4). Depois de uma prestação que teve tanto de surpreendente como de falsificada em 2002, a Coreia voltou a mostrar algum valor.
Togo - 0 pontos e muito pouco futebol.
Tunísia - Incapaz de passar este grupo.
Arábia Saudita - Dispensável.
Os que se ficaram pelos oitavos-de-final:
México - Uma 1ª fase muito fraquinha compensada por um jogo muito bom contra uma Argentina espectacular.
Suécia - Uma equipa abaixo das expectativas, que acabou por passar a 1ª fase com uma derrota tangente e injusta sobre o Paraguai. Derrotada pela selecção anfitriã que nesta altura parecia imbatível.
Holanda - Uma 1ª fase muito "morna", com duas vitórias justas, mas não muito entusiasmantes. Derrotada por um tiro de Maniche.
Equador - Depois de uma 1ª fase surpreendente e entusiasmante, foram derrotados pelo pragmatismo inglês. Uma das selecções "vencedoras" deste Mundial.
Austrália - Outra das grandes supresas. Uma organização exemplar e um conhecimento exaustivo dos adversários valeram-lhe uma presença merecida nos oitavos. Derrotados por um penalty inexistente.
Suiça - Saíram do Mundial sem sofrer um golo no tempo regulamentar. Muito bem organizados, souberam colmatar a falta de grandes estrelas. Eliminados nas grandes penalidades, fica a expectativa de boas prestações nos próximos torneios.
Gana - Ao derrotarem os EUA e a República Checa de forma tão inquestionável e entusiasmante, mereçaram os oitavos. Mesmo com uma derrota pesada frente ao Brasil, saíram da Alemanha com muitos motivos para festejar.
Espanha - Na 1ª fase foram uma das melhores equipas. Muitos jovens, com vontade de provar o seu valor ao Mundo. Um Torres que já não precisa de provar nada. Tiveram azar ao apanhar uma selecção que precisava de provar que continua a ser das melhores. O futebol praticado pelos espanhóis merecia mais.
Os que não passaram dos quartos-de-final:
Argentina - Impossível não torcer por esta equipa. Jogos alucinantes, golos inesquecíveis e um ritmo sul-americano contagiante. Foram eliminados nas grandes penalidades depois de um jogo a controlar os anfitriões. O golo de Maxi Rodriguez vai servir para mostrar às próximas gerações porque é que toda a gente queria que esta Argentina fosse mais longe.
Ucrânia - Depois de uma 1ª fase de altos e baixos e de uns oitavos ultrapassados com alguma sorte, demonstrou frente à Itália que se calhar não devia ter chegado tão longe.
Brasil - A grande desilusão. Quando nem Ronaldinho, nem Kaká, nem Ronaldo (e por aí fora) aparecem, o Brasil mostra que não tem equipa para superar as evidentes quebras individuais. Pagaram o preço de terem dos melhores jogadores do mundo, muito cansados no final de mais uma época ao mais alto nível. Eliminados por uma França que mostrou que estava ali para ganhar.
Inglaterra - Passou a 1ª fase e os oitavos sem precisar de jogar muito. Encontrou mais uma vez uma selecção inspirada nas grandes penalidades.
O quarto classificado:
Portugal - Entusiasmou um país mas não chegou ao pódio. O futebol praticado não chegou para os franceses e os alemães. Mesmo assim, foi ultrapassando os obstáculos.
O terceiro classificado:
Alemanha - Impressionante a forma como um grupo de miúdos foi capaz de chegar tão longe. Na 1ª fase e nos oitavos, foram entusiasmantes e exemplares. Com a Argentina e com a Itália, pareceram acusar a pressão e recuaram mais, diminuindo a qualidade do futebol praticado. O 3º lugar acabou por ser o prémio de consolação, já que contra Portugal demonstraram ser muito melhores.
O segundo classificado:
França - Começou por desiludir, mas acabou por dar uma lição aos que os apelidaram de "velhos". O futebol praticado foi aumentando de qualidade e, depois de eliminarem a Espanha, o Brasil e Portugal, acabaram por cair apesar do domínio no tempo regulamentar. Apesar dos grandes jogadores, mostraram que o mais importante é ter uma grande equipa. Fica na memória o adeus invulgar a Zizou.
O novo campeão do mundo:
Itália - Mais "atrevida" do que o normal, mas sempre segura na defesa e entusiasmante no ataque. Foi passando sem dar muito nas vistas, mas contra a Alemanha mostrou que estava ali para ganhar. Teve em Cannavaro o melhor exemplo do mérito com que alcançaram a Taça. Acabou por vencer onde perdia sempre: nos penalties. Uma vingança de muitos anos.
No geral, retive o facto das equipas, ao longo do torneio, começarem a jogar cada vez mais pelo seguro e, como tal, fomos assistindo a jogos cada vez menos entusiasmantes. Se por um lado se compreende, não me digam que não pagavam mais depressa bilhete para verem a Argentina ou a Espanha da 1ª fase.
E se tivemos grandes equipas e grandes jogadores (Cannavaro, Zidane, Podolski, Torres, Messi...), a verdade é que os grandes culpados por este amargo de boca foram os treinadores. Não houve um que surpreendesse, não houve um que arriscasse, nada. Fora Klismann que construiu uma equipa entusiasmante por ele próprio (mas que acabou por perder quando teve medo do adversário), fora Guus Hiddink que pegou em jogadores longes de serem craques e fez um conjunto sólido (mas que, mesmo assim, não foi capaz de ultrapassar um adversário melhor) e ainda talvez Lippi que conseguiu tirar proveito dos jogadores que tinha sem precisar de os pôr todos atrás da bola (mas que, bem vistas as coisas, também não os fez produzir nenhum espectáculo), a verdade é que nenhum treinador foi responsável pelo entusiasmo dos adeptos. E se isso nos passa um bocado ao lado, porque num Mundial nem temos tempo para pensar no futebol praticado, a frio custa-nos admitir que podiamos e deviamos ter visto melhor.
Em 2010 há mais.
Os que não passaram a 1ª fase:
Costa Rica - 3 derrotas e muito pouco futebol. Uma das selecções que se dispensava do "cartaz".
Polónia - A derrota com o surpreendente Equador ditou o destino de uma das equipas mais fortes fisicamente deste mundial. Os polacos estavam bem organizados, mas a falta de talento técnico foi notória.
Paraguai - As derrotas pela margem mínima contra a Inglaterra e a Suécia tornaram inglório o esforço desta equipa tipicamente sul-americana.
Trinidade e Tobago - O empate contra a Suécia foi suficiente para fazerem a festa. Pouco mais se viu desta selecção.
Costa do Marfim - Havia alguma expectativa em torno do Drogba e companhia, mas o grupo era mortífero e, apesar de jogarem bem, não tiveram hipótese.
Sérvia e Montenegro - Outra selecção injustiçada pelo grupo em que calhou. Bons jogadores, boa táctica... e a maior goleada de uma Argentina perfeita. A divisão territorial recente prejudicou certamente o balneário.
Irão - Ainda estou para perceber como é que foi parar aqui.
Angola - Idem idem aspas aspas. A pior selecção deste Mundial.
EUA - Uma decepção depois da boa campanha em 2002.
República Checa - A prova de que em 2004 a geração de ouro checa perdeu talvez a grande oportunidade de fazer história. Grandes jogadores, um motivador jogo inaugural, mas um Gana espectacular e uma Itália mortífera não deixaram Nedved ir mais longe.
Croácia - Não se pode dizer que tenha jogado mal ou que tenha tido péssimos resultados, mas mesmo assim ficou pelo caminho. Não há espaço para todos.
Japão - As derrotas inquestionáveis com a Austrália e com o Brasil, mostraram que esta equipa não merecia passar esta fase.
Coreia do Sul - A equipa afastada nesta fase com mais pontos (4). Depois de uma prestação que teve tanto de surpreendente como de falsificada em 2002, a Coreia voltou a mostrar algum valor.
Togo - 0 pontos e muito pouco futebol.
Tunísia - Incapaz de passar este grupo.
Arábia Saudita - Dispensável.
Os que se ficaram pelos oitavos-de-final:
México - Uma 1ª fase muito fraquinha compensada por um jogo muito bom contra uma Argentina espectacular.
Suécia - Uma equipa abaixo das expectativas, que acabou por passar a 1ª fase com uma derrota tangente e injusta sobre o Paraguai. Derrotada pela selecção anfitriã que nesta altura parecia imbatível.
Holanda - Uma 1ª fase muito "morna", com duas vitórias justas, mas não muito entusiasmantes. Derrotada por um tiro de Maniche.
Equador - Depois de uma 1ª fase surpreendente e entusiasmante, foram derrotados pelo pragmatismo inglês. Uma das selecções "vencedoras" deste Mundial.
Austrália - Outra das grandes supresas. Uma organização exemplar e um conhecimento exaustivo dos adversários valeram-lhe uma presença merecida nos oitavos. Derrotados por um penalty inexistente.
Suiça - Saíram do Mundial sem sofrer um golo no tempo regulamentar. Muito bem organizados, souberam colmatar a falta de grandes estrelas. Eliminados nas grandes penalidades, fica a expectativa de boas prestações nos próximos torneios.
Gana - Ao derrotarem os EUA e a República Checa de forma tão inquestionável e entusiasmante, mereçaram os oitavos. Mesmo com uma derrota pesada frente ao Brasil, saíram da Alemanha com muitos motivos para festejar.
Espanha - Na 1ª fase foram uma das melhores equipas. Muitos jovens, com vontade de provar o seu valor ao Mundo. Um Torres que já não precisa de provar nada. Tiveram azar ao apanhar uma selecção que precisava de provar que continua a ser das melhores. O futebol praticado pelos espanhóis merecia mais.
Os que não passaram dos quartos-de-final:
Argentina - Impossível não torcer por esta equipa. Jogos alucinantes, golos inesquecíveis e um ritmo sul-americano contagiante. Foram eliminados nas grandes penalidades depois de um jogo a controlar os anfitriões. O golo de Maxi Rodriguez vai servir para mostrar às próximas gerações porque é que toda a gente queria que esta Argentina fosse mais longe.
Ucrânia - Depois de uma 1ª fase de altos e baixos e de uns oitavos ultrapassados com alguma sorte, demonstrou frente à Itália que se calhar não devia ter chegado tão longe.
Brasil - A grande desilusão. Quando nem Ronaldinho, nem Kaká, nem Ronaldo (e por aí fora) aparecem, o Brasil mostra que não tem equipa para superar as evidentes quebras individuais. Pagaram o preço de terem dos melhores jogadores do mundo, muito cansados no final de mais uma época ao mais alto nível. Eliminados por uma França que mostrou que estava ali para ganhar.
Inglaterra - Passou a 1ª fase e os oitavos sem precisar de jogar muito. Encontrou mais uma vez uma selecção inspirada nas grandes penalidades.
O quarto classificado:
Portugal - Entusiasmou um país mas não chegou ao pódio. O futebol praticado não chegou para os franceses e os alemães. Mesmo assim, foi ultrapassando os obstáculos.
O terceiro classificado:
Alemanha - Impressionante a forma como um grupo de miúdos foi capaz de chegar tão longe. Na 1ª fase e nos oitavos, foram entusiasmantes e exemplares. Com a Argentina e com a Itália, pareceram acusar a pressão e recuaram mais, diminuindo a qualidade do futebol praticado. O 3º lugar acabou por ser o prémio de consolação, já que contra Portugal demonstraram ser muito melhores.
O segundo classificado:
França - Começou por desiludir, mas acabou por dar uma lição aos que os apelidaram de "velhos". O futebol praticado foi aumentando de qualidade e, depois de eliminarem a Espanha, o Brasil e Portugal, acabaram por cair apesar do domínio no tempo regulamentar. Apesar dos grandes jogadores, mostraram que o mais importante é ter uma grande equipa. Fica na memória o adeus invulgar a Zizou.
O novo campeão do mundo:
Itália - Mais "atrevida" do que o normal, mas sempre segura na defesa e entusiasmante no ataque. Foi passando sem dar muito nas vistas, mas contra a Alemanha mostrou que estava ali para ganhar. Teve em Cannavaro o melhor exemplo do mérito com que alcançaram a Taça. Acabou por vencer onde perdia sempre: nos penalties. Uma vingança de muitos anos.
No geral, retive o facto das equipas, ao longo do torneio, começarem a jogar cada vez mais pelo seguro e, como tal, fomos assistindo a jogos cada vez menos entusiasmantes. Se por um lado se compreende, não me digam que não pagavam mais depressa bilhete para verem a Argentina ou a Espanha da 1ª fase.
E se tivemos grandes equipas e grandes jogadores (Cannavaro, Zidane, Podolski, Torres, Messi...), a verdade é que os grandes culpados por este amargo de boca foram os treinadores. Não houve um que surpreendesse, não houve um que arriscasse, nada. Fora Klismann que construiu uma equipa entusiasmante por ele próprio (mas que acabou por perder quando teve medo do adversário), fora Guus Hiddink que pegou em jogadores longes de serem craques e fez um conjunto sólido (mas que, mesmo assim, não foi capaz de ultrapassar um adversário melhor) e ainda talvez Lippi que conseguiu tirar proveito dos jogadores que tinha sem precisar de os pôr todos atrás da bola (mas que, bem vistas as coisas, também não os fez produzir nenhum espectáculo), a verdade é que nenhum treinador foi responsável pelo entusiasmo dos adeptos. E se isso nos passa um bocado ao lado, porque num Mundial nem temos tempo para pensar no futebol praticado, a frio custa-nos admitir que podiamos e deviamos ter visto melhor.
Em 2010 há mais.
11 julho, 2006
Plantel do Campeão
O FCPorto começou ontem a preparação da temporada de 2006/2007. Sem os dois mundialistas (Lucho e Ricardo Costa), 24 jogadores apresentaram-se a Co Adriaanse: Adriano, Alan, Anderson, Bosingwa, Bruno Alves, Bruno Moraes, Cech, Diogo Valente, Ezequias, Helton, Ibson, João Paulo, Jorginho, Lisandro Lopez, McCarthy, Paulo Assunção, Paulo Ribeiro, Pedro Emanuel, Pepe, Quaresma, Raul Meireles, Sokota, Vieirinha e Vítor Baía.
Quanto aos reforços parece-me evidente que não podem ficar por aqui. João Paulo é na minha opinião a aposta mais segura; Diogo Valente e Ezequias ainda têm muito por provar. Entretanto vem aí um tal de Sektioui, um extremo marroquino que vem do AZ Alkmaar. Não faço a mínima ideia do que joga o rapaz por isso não me pronuncio.
Quanto às saídas, César Peixoto, Postiga, Sonkaya e Hugo Almeida foram dispensados. Este último é o único com futuro assegurado, já que tem guia de marcha para o Werder Bremen. Isto não foi grande surpresa para mim, já que nenhum destes 4 tem lugar neste plantel. A surpresa foi alguém querer mesmo o Hugo Almeida.
Diego, como sabem, foi também despachado para o Werder Bremen. Ainda estou para perceber esta história. Ou muito me engano ou daqui a uns tempos ele está a regressar a Portugal.
Bruno Vale, Areias, Paulo Machado, Ivanildo, Maciel, Pitbull e Hélder Barbosa foram emprestados. Areias, Maciel e Pitbull porque não têm, obviamente, lugar no plantel. Os 4 jovens vão rodar em equipas da 1ª Liga para crescerem.
A incógnita é, pela 3ª(?) época consecutiva, a permanência ou não de McCarthy. Que ele quer sair já toda a gente sabe, que nós queremos que ele saia também. O problema é que, para além de ninguém estar disposto a pagar muito por ele, o Porto ainda não conseguiu contratar um ponta-de-lança que o possa substituir. Fala-se muito de Hesselink mas quando os negócios se arrastam muito já se sabe que correm mal. Já para não dizer que o monstrinho holandês me parece mais um substituto do Hugo Almeida que do McCarthy e isso sim é preocupante.
O balanço final parece-me equilibrado. Fora a saída inexplicável de Diego, o plantel não perdeu grande coisa e também não ganhou grande coisa.
Tendo em conta o campeonato, pode chegar outra vez mas continuo a achar-nos muito pouco preparados para a Champions.
Quanto aos reforços parece-me evidente que não podem ficar por aqui. João Paulo é na minha opinião a aposta mais segura; Diogo Valente e Ezequias ainda têm muito por provar. Entretanto vem aí um tal de Sektioui, um extremo marroquino que vem do AZ Alkmaar. Não faço a mínima ideia do que joga o rapaz por isso não me pronuncio.
Quanto às saídas, César Peixoto, Postiga, Sonkaya e Hugo Almeida foram dispensados. Este último é o único com futuro assegurado, já que tem guia de marcha para o Werder Bremen. Isto não foi grande surpresa para mim, já que nenhum destes 4 tem lugar neste plantel. A surpresa foi alguém querer mesmo o Hugo Almeida.
Diego, como sabem, foi também despachado para o Werder Bremen. Ainda estou para perceber esta história. Ou muito me engano ou daqui a uns tempos ele está a regressar a Portugal.
Bruno Vale, Areias, Paulo Machado, Ivanildo, Maciel, Pitbull e Hélder Barbosa foram emprestados. Areias, Maciel e Pitbull porque não têm, obviamente, lugar no plantel. Os 4 jovens vão rodar em equipas da 1ª Liga para crescerem.
A incógnita é, pela 3ª(?) época consecutiva, a permanência ou não de McCarthy. Que ele quer sair já toda a gente sabe, que nós queremos que ele saia também. O problema é que, para além de ninguém estar disposto a pagar muito por ele, o Porto ainda não conseguiu contratar um ponta-de-lança que o possa substituir. Fala-se muito de Hesselink mas quando os negócios se arrastam muito já se sabe que correm mal. Já para não dizer que o monstrinho holandês me parece mais um substituto do Hugo Almeida que do McCarthy e isso sim é preocupante.
O balanço final parece-me equilibrado. Fora a saída inexplicável de Diego, o plantel não perdeu grande coisa e também não ganhou grande coisa.
Tendo em conta o campeonato, pode chegar outra vez mas continuo a achar-nos muito pouco preparados para a Champions.
09 julho, 2006
Portugal - Alemanha
Como é que eu um dia vou explicar aos meus filhos...
... porque é que Portugal tinha direito a estar desmotivado neste jogo quando um 3º ou 4º lugar são sempre óptimos resultados?
(porque é que eu acabei de dizer que o 3º ou o 4º lugar são óptimos lugares para Portugal se até perdermos com a França nos auto-denominámos como "um dos principais favoritos"?)
... porque é que a Alemanha não veio com este discurso e encarou antes este jogo como uma forma de satisfazer os adeptos e jogou bem, para ganhar e dar espectáculo se, a jogar em casa, tinham mais obrigação do que nós de ir à final?
... que, apesar de eles ouvirem os comentadores desta altura a dizerem que aquela bola era capaz de fazer "duas ou três curvas" num só remate, o 1º golo da Alemanha é um grande frango?
... que, apesar de eles verem nos jornais antigos que Portugal teve muito azar nos jogos contra a França e contra a Alemanha, a mãe passou a acreditar numa tal de Caravaggio depois deste Mundial?
... porque é que o Scolari disse antes e depois do jogo que compreendia a frustração dos seus atletas quando supostamente não havia frustração nenhuma?
... porque é que nunca ninguém assumiu que começava a não ter piada nenhuma chegar longe e não ganhar?
... que o Pauleta que eles ouvem dizer que é o maior marcador de sempre da selecção nacional em fases finais só marcou um hattrick a uma Polónia que coitadinha e um golo à fantástica selecção de Angola?
... que o Ricardo que eles vêem na RTP memória a dar um Europeu à Grécia, a dar um campeonato ao benfica e a ser humilhado no Dragão é o mesmo que as pessoas ainda hoje relembram como "o herói do Mundial de 2006"?
... que o banco de Portugal no Mundial de 2006 não era assim tão mau como lhes tinham dito pois quando estávamos a perder podíamos sempre pôr o Postiga(!) ou o Nuno Gomes(!)?
... porque é que esta selecção foi recebida em apoteose por cerca de 10 mil pessoas(!) no Jamor?
... que nesta altura bastava fazer-se uns anúncios a relógios, a bancos ou o que quer que fosse em vez de se assistir a jogos, procurar e avaliar jogadores, procurar tácticas e soluções eficazes e fazer substituições adequadas para que um seleccionador fosse idolatrado?
... que o Figo que eles tinham visto na RTP memória a deixar a selecção depois do Euro era o mesmo que voltou uns meses depois como um herói nacional porque por acaso precisava de um novo contrato?
... que o Cristiano Ronaldo que eles ainda viam aparecer nas revistas cor-de-rosa podia ter sido o melhor do mundo se em 2006 não tivesse dado uma volta de 180º graus na sua personalidade?
... que o Deco que eles sabiam ter sido um dos três melhores jogadores portugueses neste Mundial afinal era brasileiro e antes de entrar neste grupo tinha sido criticado pelo tal Figo e Comp. LDA?
... que tirar o único avançado e pôr um médio quando se está a perder não era nesta altura considerada uma má opção?
... que nesta altura havia pessoas que acreditavam mesmo que o Scolari ia ficar em Portugal por carinho e não porque em nenhum outro lado do mundo ele podia ganhar tanto e fazer tão pouco sem ser logo corrido?
... que "honrar o meu país" era uma forma dos jogadores dizerem ganhar prémios de jogo sem que ninguém ficasse chocado?
... que a mãe não era a única pessoa que gostava de questionar-se sobre estas coisas, mas que era considerada maluca por isso mesmo?
... que depois disto tudo a mãe só queria era que começasse a temporada de 2006/2007 para que a sua sanidade futebolística recuperasse do choque?
... porque é que Portugal tinha direito a estar desmotivado neste jogo quando um 3º ou 4º lugar são sempre óptimos resultados?
(porque é que eu acabei de dizer que o 3º ou o 4º lugar são óptimos lugares para Portugal se até perdermos com a França nos auto-denominámos como "um dos principais favoritos"?)
... porque é que a Alemanha não veio com este discurso e encarou antes este jogo como uma forma de satisfazer os adeptos e jogou bem, para ganhar e dar espectáculo se, a jogar em casa, tinham mais obrigação do que nós de ir à final?
... que, apesar de eles ouvirem os comentadores desta altura a dizerem que aquela bola era capaz de fazer "duas ou três curvas" num só remate, o 1º golo da Alemanha é um grande frango?
... que, apesar de eles verem nos jornais antigos que Portugal teve muito azar nos jogos contra a França e contra a Alemanha, a mãe passou a acreditar numa tal de Caravaggio depois deste Mundial?
... porque é que o Scolari disse antes e depois do jogo que compreendia a frustração dos seus atletas quando supostamente não havia frustração nenhuma?
... porque é que nunca ninguém assumiu que começava a não ter piada nenhuma chegar longe e não ganhar?
... que o Pauleta que eles ouvem dizer que é o maior marcador de sempre da selecção nacional em fases finais só marcou um hattrick a uma Polónia que coitadinha e um golo à fantástica selecção de Angola?
... que o Ricardo que eles vêem na RTP memória a dar um Europeu à Grécia, a dar um campeonato ao benfica e a ser humilhado no Dragão é o mesmo que as pessoas ainda hoje relembram como "o herói do Mundial de 2006"?
... que o banco de Portugal no Mundial de 2006 não era assim tão mau como lhes tinham dito pois quando estávamos a perder podíamos sempre pôr o Postiga(!) ou o Nuno Gomes(!)?
... porque é que esta selecção foi recebida em apoteose por cerca de 10 mil pessoas(!) no Jamor?
... que nesta altura bastava fazer-se uns anúncios a relógios, a bancos ou o que quer que fosse em vez de se assistir a jogos, procurar e avaliar jogadores, procurar tácticas e soluções eficazes e fazer substituições adequadas para que um seleccionador fosse idolatrado?
... que o Figo que eles tinham visto na RTP memória a deixar a selecção depois do Euro era o mesmo que voltou uns meses depois como um herói nacional porque por acaso precisava de um novo contrato?
... que o Cristiano Ronaldo que eles ainda viam aparecer nas revistas cor-de-rosa podia ter sido o melhor do mundo se em 2006 não tivesse dado uma volta de 180º graus na sua personalidade?
... que o Deco que eles sabiam ter sido um dos três melhores jogadores portugueses neste Mundial afinal era brasileiro e antes de entrar neste grupo tinha sido criticado pelo tal Figo e Comp. LDA?
... que tirar o único avançado e pôr um médio quando se está a perder não era nesta altura considerada uma má opção?
... que nesta altura havia pessoas que acreditavam mesmo que o Scolari ia ficar em Portugal por carinho e não porque em nenhum outro lado do mundo ele podia ganhar tanto e fazer tão pouco sem ser logo corrido?
... que "honrar o meu país" era uma forma dos jogadores dizerem ganhar prémios de jogo sem que ninguém ficasse chocado?
... que a mãe não era a única pessoa que gostava de questionar-se sobre estas coisas, mas que era considerada maluca por isso mesmo?
... que depois disto tudo a mãe só queria era que começasse a temporada de 2006/2007 para que a sua sanidade futebolística recuperasse do choque?
06 julho, 2006
Portugal - França
Pois é, Portugal não vai ser campeão do mundo. A nossa melhor selecção de sempre não passou o teste contra uma França que, dizem os "especialistas de futebol em tempo de selecção", pouco ou nada jogou neste Mundial.
Na ressaca de mais uma eliminação perante os francius, diz-se que fomos roubados e que Portugal merecia pelo menos a final.
Ora, quanto ao jogo e à arbitragem a minha opinião é simples: o árbitro não influenciou o resultado. Ricardo Carvalho faz falta sobre Henry e nenhuma das outras mil tentativas de sacar um penalty de compensação (mesmo à Tuga, pois claro) me parece justificar estas queixas todas. De resto, a França controlou e a verdade é que quando Portugal teve mesmo que assumir o jogo e atacar (pela 1ª vez neste Mundial, saliente-se) não foi capaz de o fazer.
Quanto ao choro todo porque supostamente mereciamos a final acho que, em primeiro lugar, as pessoas deviam estar era muito contentes porque chegar até às meias é, afinal de contas, uma coisa que conseguimos 2 vezes na vida.
Em relação ao mérito, é muito discutível porque eu já ouvi os tais "especialistas de futebol em tempo de selecção" (que são na sua maioria mulheres e metem-me um nojo do pior) a dizerem: "não sei como é que a Itália está na final. Não jogam nada comparados connosco". Por favor, alguém lhes explique o que quer dizer catenaccio. Pronto, já nem peço tanto: emprestem-lhes só uns vídeos da Itália e vejam os jogos com essas pessoas. Expliquem-lhes como não sofrer um golo por sorte e marcar na mesma jogada faz dos italianos temidos, respeitados e mortíferos como ninguém. Expliquem-lhes que isso é futebol. Para quem diz que nós temos um grande ataque e eles só sabem defender, mostrem-lhes a diferença entre um Toni e um Pauleta. Isto é mérito.
Mérito é o que os "velhos" franceses (eu comecei o Mundial a dizer que com estes velhos nem era preciso gente nova...) mostraram ao mundo depois de serem chacinados pela imprensa. Mérito é pegar em meia dúzia de putos "desconhecidos" e fazer uma selecção como a Alemanha de Klinsmann. E mérito é também um país como Portugal lutar contra estes países desenvolvidos dos quais estamos a anos-luz de distância. E não estou só a falar a nível social ou económico. Estou mesmo a falar em termos de futebol, porque em termos de selecção nem podemos comparar títulos porque simplesmente nós não os temos. E, apesar deste mérito e apesar desta selecção ter tido o apoio que nunca nenhuma outra teve, a verdade é que continuamos sem o mais importante: taças.
Mais uma vez, o mal foi sonharem muito alto. É verdade que para chegarem a Berlim só faltou um bocadinho assim mas um tiraço do Maniche ou umas defesas do Ricardo nos penalties não colam todos os dias. Esse bocadinho assim devia ter sido um bocadão a mais de futebol bem jogado. Pronto, admito que eu também sou um bocado exigente.
Se fosse a minha equipa o jogo contra o México preocupava-me imenso, o jogo contra o Irão deixava-me furiosa e o jogo contra Angola dava-me motivos para os ameaçar de morte. Se fosse a minha equipa o jogo contra a Holanda enchia-me de vergonha e o jogo contra a Inglaterra fazia-me acreditar numa santa qualquer. Se fosse a minha equipa depois do jogo contra a França eu ia gritar-lhes ao aeroporto "porque é que nem a perder fazem pela vida?". Se fosse a minha equipa e eu tivesse as mesmas expectativas que os maluquinhos da selecção (ando a tentar arranjar-lhes uma designação mais formal, mas esta parece-me a mais próxima da realidade) exigia um bocado mais: talvez um ponta-de-lança que escusava de ser o melhor marcador de sempre do país, bastava que conseguisse mesmo marcar em jogos contra equipas a sério; talvez dois extremos que escusavam de ser dos melhores do mundo, bastava que fizessem mais do que pensar em contratos com o Inter de Milão e o Real Madrid; talvez um guarda-redes que escusava de defender muitos penalties (com ou sem luvas), bastava que me deixasse segura e que não me tirasse um Europeu na minha própria casa; talvez um treinador que fosse capaz de pensar além de "estou a perder. Vou tirar o Miguel e pôr o Paulo Ferreira. Vou tirar o Pauleta e pôr o Simão. Vou tirar o Costinha e pôr o Postiga", que procurasse opções para além dos convocados que vinham no jornal. Porra, sei lá, bastava um treinador que efectivamente treinasse!!
Enfim, acabou. Agora resta-nos ver os mil anúncios de "Obrigado selecção", "Obrigado Scolari", "Obrigado herói do Montijo" e todas essas parolices ridículas enquanto a Itália e a França ficam com um troféu a sério e nós vamos condecorando uma equipa sem títulos. Mas com "mérito".
Na ressaca de mais uma eliminação perante os francius, diz-se que fomos roubados e que Portugal merecia pelo menos a final.
Ora, quanto ao jogo e à arbitragem a minha opinião é simples: o árbitro não influenciou o resultado. Ricardo Carvalho faz falta sobre Henry e nenhuma das outras mil tentativas de sacar um penalty de compensação (mesmo à Tuga, pois claro) me parece justificar estas queixas todas. De resto, a França controlou e a verdade é que quando Portugal teve mesmo que assumir o jogo e atacar (pela 1ª vez neste Mundial, saliente-se) não foi capaz de o fazer.
Quanto ao choro todo porque supostamente mereciamos a final acho que, em primeiro lugar, as pessoas deviam estar era muito contentes porque chegar até às meias é, afinal de contas, uma coisa que conseguimos 2 vezes na vida.
Em relação ao mérito, é muito discutível porque eu já ouvi os tais "especialistas de futebol em tempo de selecção" (que são na sua maioria mulheres e metem-me um nojo do pior) a dizerem: "não sei como é que a Itália está na final. Não jogam nada comparados connosco". Por favor, alguém lhes explique o que quer dizer catenaccio. Pronto, já nem peço tanto: emprestem-lhes só uns vídeos da Itália e vejam os jogos com essas pessoas. Expliquem-lhes como não sofrer um golo por sorte e marcar na mesma jogada faz dos italianos temidos, respeitados e mortíferos como ninguém. Expliquem-lhes que isso é futebol. Para quem diz que nós temos um grande ataque e eles só sabem defender, mostrem-lhes a diferença entre um Toni e um Pauleta. Isto é mérito.
Mérito é o que os "velhos" franceses (eu comecei o Mundial a dizer que com estes velhos nem era preciso gente nova...) mostraram ao mundo depois de serem chacinados pela imprensa. Mérito é pegar em meia dúzia de putos "desconhecidos" e fazer uma selecção como a Alemanha de Klinsmann. E mérito é também um país como Portugal lutar contra estes países desenvolvidos dos quais estamos a anos-luz de distância. E não estou só a falar a nível social ou económico. Estou mesmo a falar em termos de futebol, porque em termos de selecção nem podemos comparar títulos porque simplesmente nós não os temos. E, apesar deste mérito e apesar desta selecção ter tido o apoio que nunca nenhuma outra teve, a verdade é que continuamos sem o mais importante: taças.
Mais uma vez, o mal foi sonharem muito alto. É verdade que para chegarem a Berlim só faltou um bocadinho assim mas um tiraço do Maniche ou umas defesas do Ricardo nos penalties não colam todos os dias. Esse bocadinho assim devia ter sido um bocadão a mais de futebol bem jogado. Pronto, admito que eu também sou um bocado exigente.
Se fosse a minha equipa o jogo contra o México preocupava-me imenso, o jogo contra o Irão deixava-me furiosa e o jogo contra Angola dava-me motivos para os ameaçar de morte. Se fosse a minha equipa o jogo contra a Holanda enchia-me de vergonha e o jogo contra a Inglaterra fazia-me acreditar numa santa qualquer. Se fosse a minha equipa depois do jogo contra a França eu ia gritar-lhes ao aeroporto "porque é que nem a perder fazem pela vida?". Se fosse a minha equipa e eu tivesse as mesmas expectativas que os maluquinhos da selecção (ando a tentar arranjar-lhes uma designação mais formal, mas esta parece-me a mais próxima da realidade) exigia um bocado mais: talvez um ponta-de-lança que escusava de ser o melhor marcador de sempre do país, bastava que conseguisse mesmo marcar em jogos contra equipas a sério; talvez dois extremos que escusavam de ser dos melhores do mundo, bastava que fizessem mais do que pensar em contratos com o Inter de Milão e o Real Madrid; talvez um guarda-redes que escusava de defender muitos penalties (com ou sem luvas), bastava que me deixasse segura e que não me tirasse um Europeu na minha própria casa; talvez um treinador que fosse capaz de pensar além de "estou a perder. Vou tirar o Miguel e pôr o Paulo Ferreira. Vou tirar o Pauleta e pôr o Simão. Vou tirar o Costinha e pôr o Postiga", que procurasse opções para além dos convocados que vinham no jornal. Porra, sei lá, bastava um treinador que efectivamente treinasse!!
Enfim, acabou. Agora resta-nos ver os mil anúncios de "Obrigado selecção", "Obrigado Scolari", "Obrigado herói do Montijo" e todas essas parolices ridículas enquanto a Itália e a França ficam com um troféu a sério e nós vamos condecorando uma equipa sem títulos. Mas com "mérito".
04 julho, 2006
Portugal - Inglaterra
Sem Deco e Costinha, Scolari põe Petit e Tiago. Se a troca até é aparentemente óbvia, pareceu-me que faltou muito trabalho técnico porque Portugal jogou toda a partida sem um organizador de jogo. Tiago não sabia se tinha que "fazer de Deco" ou "fazer de Maniche" enquanto o Maniche "fazia de Deco". Nem sequer foi inteligente ao ponto de pôr o Figo no meio e pôr o Simão de início ou dar a tarefa de organizar ao próprio Simão e deixar estar o Figo quietinho no seu canto, como ele gosta.
Sendo assim, faltou o elo fundamental para ligar a equipa e, como tal, foi ver Pauleta sem bola o jogo todo (o que não é, bem vistas as coisas, uma grande novidade).
Mesmo assim, Portugal jogou bem e criou oportunidades. Do outro lado, a Inglaterra parecia mais bem organizada mas o facto é que o perigo ia sendo equilibrado.
Os 90 minutos, embora sem golos, tiveram boas jogadas e houve vários jogadores que se destacaram. Do lado português, Ricardo Carvalho é aquele adivinho que toda a gente sabe. Do lado inglês, Hargreaves foi perfeito.
Rooney foi bem expulso e só mostrou que para se ser um dos melhores não basta dar uns toques. Também é nisto que se distinguem os muito bons dos brilhantes.
No prolongamento, a Inglaterra continuou a dominar (se é que se pode chamar àquilo domínio) mas Portugal também teve boas hipóteses.
Nos penalties, Ricardo defendeu muito bem o de Lampard e depois foi vê-los a enterrarem-se, embora o Hugo Viana e o Petit ainda tenham contribuído para meia dúzia de ataques cardíacos.
Portugal está nas meias-finais. Ao contrário de muita gente que me rodeia, eu continuo exactamente com as mesmas opiniões e, como tal, sou coerente ao ponto de continuar neutra. Felizmente ou infelizmente, o problema é que a selecção nunca mexeu nem mexe comigo, por muito longe que eles cheguem ou por muito que os outros países nos piquem. Se este jogo envolvesse o Porto eu tinha morrido, mas com a selecção mal me enervei. Já tenho sido criticada por pessoas que começaram este Mundial anti-Portugal e agora vão para o Castelo do Queijo de cachecol e bandeirinha vibrar. E isso sim, irrita-me. Tal como me irrita explicar tudo isto aos milhões de pessoas que não percebem um crl de futebol, que passam o ano sem falar de bola e que agora são todos uns malucos pela selecção. Pior, já se acham no direito de me dizer "por muito que o critiques, tens que admitir que o Ricardo foi um herói" (como se eu alguma vez criticasse o meu Ricardinho e como se dois jogos contra a Inglaterra na vida dele justificassem toda uma carreira) ou então "tu não gostas dele porque ele se chateou com o Porto, mas tens que admitir que o Scolari é um grande treinador" (como se eu me chateasse com o facto de ele não gostar do Porto e como se os resultados - que até agora, relembro, são zero em termos de títulos - justificassem o não ver jogos, o não procurar jogadores, as substituições brilhantes, etc etc) ou ainda quando me vêm com expressões futebolísticas que aprenderam há meia dúzia de dias.
Detesto o típico adepto da selecção mas detesto ainda mais os adeptos de ocasião. Detesto esta gente que não percebe nada de futebol e que vem dizer-me que "Portugal é a selecção que joga melhor neste Mundial", que não sabe o que é ir à bola mas que está sempre batidinha no Castelo do Queijo.
Detesto esta onda nacional de idolatrar cegamente aqueles gajos que correm por prémios de jogo e que voltam à selecção para conseguirem um contrato. Detesto que neste país não se possa dizer que O FIGO NÃO ESTÁ A JOGAR UM CRL e O CRISTIANO RONALDO ESTÁ A PENSAR É NA MERCHE E NO REAL MADRID. Detesto que não se questionem as opções. Detesto os programas de televisão, todos em directo da Alemanha, com as Merches e os Malatos cheios de cachecóis e a dizerem que "o Ricardo deu uma lição a quem duvidava dele" com tanta convicção como se estivessem a dizer que o céu é azul. Detesto que digam "nunca sofri tanto como neste jogo" quando sabem lá o que é sofrer como eu num estrela da amadora-Porto.
Mas numa coisa isto tem sido bom: a imprensa portuguesa aprendeu finalmente a deixar de ser politicamente correcta. Foi preciso picar esta selecção para finalmente responderem aos arrogantes dos ingleses e dos franceses. Ainda hoje vi a capa do Jogo chamar idiota a um jogador francês e pensei: "hum... se quando o Fergunson chamou teatreiro ao Baía isto fosse assim então o nosso jornalismo estava finalmente no bom caminho".
Segue-se a França. Se a Caravaggio não nos deixar agora, acredito que Portugal tem condições para ganhar.
P.S. Relembro aos mais distraídos que isto é um blog pessoal. Aqui escrevo o que penso e assumo a responsabilidade por isso. Dou a cara sem qualquer problema e sou capaz de admitir que erro. Se alguém, por algum motivo, acha que eu não percebo nada de futebol e não mando uma para a caixa, a blogosfera é muito grande, escusam de andar sempre por aqui.
Sendo assim, faltou o elo fundamental para ligar a equipa e, como tal, foi ver Pauleta sem bola o jogo todo (o que não é, bem vistas as coisas, uma grande novidade).
Mesmo assim, Portugal jogou bem e criou oportunidades. Do outro lado, a Inglaterra parecia mais bem organizada mas o facto é que o perigo ia sendo equilibrado.
Os 90 minutos, embora sem golos, tiveram boas jogadas e houve vários jogadores que se destacaram. Do lado português, Ricardo Carvalho é aquele adivinho que toda a gente sabe. Do lado inglês, Hargreaves foi perfeito.
Rooney foi bem expulso e só mostrou que para se ser um dos melhores não basta dar uns toques. Também é nisto que se distinguem os muito bons dos brilhantes.
No prolongamento, a Inglaterra continuou a dominar (se é que se pode chamar àquilo domínio) mas Portugal também teve boas hipóteses.
Nos penalties, Ricardo defendeu muito bem o de Lampard e depois foi vê-los a enterrarem-se, embora o Hugo Viana e o Petit ainda tenham contribuído para meia dúzia de ataques cardíacos.
Portugal está nas meias-finais. Ao contrário de muita gente que me rodeia, eu continuo exactamente com as mesmas opiniões e, como tal, sou coerente ao ponto de continuar neutra. Felizmente ou infelizmente, o problema é que a selecção nunca mexeu nem mexe comigo, por muito longe que eles cheguem ou por muito que os outros países nos piquem. Se este jogo envolvesse o Porto eu tinha morrido, mas com a selecção mal me enervei. Já tenho sido criticada por pessoas que começaram este Mundial anti-Portugal e agora vão para o Castelo do Queijo de cachecol e bandeirinha vibrar. E isso sim, irrita-me. Tal como me irrita explicar tudo isto aos milhões de pessoas que não percebem um crl de futebol, que passam o ano sem falar de bola e que agora são todos uns malucos pela selecção. Pior, já se acham no direito de me dizer "por muito que o critiques, tens que admitir que o Ricardo foi um herói" (como se eu alguma vez criticasse o meu Ricardinho e como se dois jogos contra a Inglaterra na vida dele justificassem toda uma carreira) ou então "tu não gostas dele porque ele se chateou com o Porto, mas tens que admitir que o Scolari é um grande treinador" (como se eu me chateasse com o facto de ele não gostar do Porto e como se os resultados - que até agora, relembro, são zero em termos de títulos - justificassem o não ver jogos, o não procurar jogadores, as substituições brilhantes, etc etc) ou ainda quando me vêm com expressões futebolísticas que aprenderam há meia dúzia de dias.
Detesto o típico adepto da selecção mas detesto ainda mais os adeptos de ocasião. Detesto esta gente que não percebe nada de futebol e que vem dizer-me que "Portugal é a selecção que joga melhor neste Mundial", que não sabe o que é ir à bola mas que está sempre batidinha no Castelo do Queijo.
Detesto esta onda nacional de idolatrar cegamente aqueles gajos que correm por prémios de jogo e que voltam à selecção para conseguirem um contrato. Detesto que neste país não se possa dizer que O FIGO NÃO ESTÁ A JOGAR UM CRL e O CRISTIANO RONALDO ESTÁ A PENSAR É NA MERCHE E NO REAL MADRID. Detesto que não se questionem as opções. Detesto os programas de televisão, todos em directo da Alemanha, com as Merches e os Malatos cheios de cachecóis e a dizerem que "o Ricardo deu uma lição a quem duvidava dele" com tanta convicção como se estivessem a dizer que o céu é azul. Detesto que digam "nunca sofri tanto como neste jogo" quando sabem lá o que é sofrer como eu num estrela da amadora-Porto.
Mas numa coisa isto tem sido bom: a imprensa portuguesa aprendeu finalmente a deixar de ser politicamente correcta. Foi preciso picar esta selecção para finalmente responderem aos arrogantes dos ingleses e dos franceses. Ainda hoje vi a capa do Jogo chamar idiota a um jogador francês e pensei: "hum... se quando o Fergunson chamou teatreiro ao Baía isto fosse assim então o nosso jornalismo estava finalmente no bom caminho".
Segue-se a França. Se a Caravaggio não nos deixar agora, acredito que Portugal tem condições para ganhar.
P.S. Relembro aos mais distraídos que isto é um blog pessoal. Aqui escrevo o que penso e assumo a responsabilidade por isso. Dou a cara sem qualquer problema e sou capaz de admitir que erro. Se alguém, por algum motivo, acha que eu não percebo nada de futebol e não mando uma para a caixa, a blogosfera é muito grande, escusam de andar sempre por aqui.
30 junho, 2006
Portugal - Holanda
Ora aqui estou eu para comentar a passagem de Portugal aos quartos-de-final. Desculpem o atraso (eu sei que deve custar andar sempre aqui a ver quando posto, mas ao contrário de muito boa gente eu tenho vida), mas ainda vou a tempo de dizer o que penso.
Ora bem, quanto ao jogo em si quase tudo já foi dito nos últimos dias: porrada, porrada, porrada e muito pouco fair-play. Foi "quentinho" e eu gostei por isso.
Maniche marcou depois de uma grande jogada (aleluia!) e finalmente relembrou-nos o que já foi capaz de fazer (é lixado ter que fazer pela vida não é? Vá, arranja lá um contrato fixe para fugires da Sibéria). Depois a Holanda mandou uma bola à barra (lá estava a Caravaggio para proteger o pessoal) e pouco mais de futebol se viu (eu ainda vi um pontapé do Nuno Valente ao Robben tipo Kill Bill em plena área mas fui só eu porque nem se sabe muito bem o que o árbitro marcou para anular a jogada e ninguém fala disso).
Portugal controlou o jogo, soube lutar até ao fim (uns tiveram que ficar pelo caminho porque aquilo já estava a ficar cansativo e nos balneários há um jacuzzi porreiro - não é Costinha?) e mereceu a vitória.
Se acham que ando a engolir muitos sapos, enganam-se. Não tive uma só surpresa nos oitavos-de-final, então quando vi a Holanda a entrar no jogo de nervos no qual somos peritos (volta João Pinto, estás perdoado) tive a certeza que estava no papo. De resto, não mudei de opinião em relação a nada. Não sou de torcer contra Portugal no Euro2004 e agora vibrar com praticamente os mesmos jogadores. Sou coerente e, como tal, continuo neutra nisto de Mundial.
Entretanto, nos últimos dias, Portugal entrou numa de conversa de putos: "foi a Holanda que começou!" enquanto os holandeses se auto-criticaram. É engraçado que isto aconteça sendo que nós temos um historial de fair-play que fala por nós e a escola holandesa é um exemplo mundial de bom comportamento. Mas isto não interessa para ninguém porque o 1º a dar foi o não sei quantos ao Cristiano Ronaldo e o menino teve que sair (e ele até estava a ser tão determinante!). A única coisa positiva disto é que assim tivemos com que abrir os telejornais a semana toda: Cristiano Ronaldo está quase a 100% - uma informação fundamental para o país.
Era vermelho directo, é verdade. O Costinha foi burro que deus me livre, é verdade (mas ninguém fala disso fora os anti-portistas como se isso nos afectasse imenso). Não tiveram fair-play na jogada que antecede a troçada do Deco para vermelho directo, é verdade. Mas eu pergunto-vos: quantas vezes não gritaram aos vossos jogadores "SEGUE ESSA MERDA" quando a outra equipa está a empatar tempo? Ah,pois... Não é bonito pois não? Mas todos fazemos isto. Eu não sou adepta da selecção portuguesa e muito menos da holandesa, e por isso mais facilmente tenho capacidade para pensar nestes pormenores, enquanto o país se revolta com a imagem do Deco a levar o 2º amarelo quando já devia estar cá fora.
Resumindo: foi feio, demasiado duro e deu-nos mais uma vez má imagem. Mas eu até gostei. Pelo menos deu pica! Já que os três primeiros jogos só davam para adormecer ao menos neste fiquei colada até ao fim.
E agora segue-se a Inglaterra, um velho conhecido que no campeonato da arrogância já ganhou aos pontos. Não há Costinha, não há Deco (adorei um inglês que disse "No Deco, no Portugal" - dava um grande slogan para o que é esta selecção) e o Scolari vai ter de inventar (medo...).
Vamos lá ver se continuamos numa de arrumar com os ingleses em tudo o que é prova. Mas lembrem-se que os espanhóis começaram o último jogo com OLÉS aos franceses e depois foi o que foi.
Estou a ressacar de bola "a sério". Venha mas é o campeonato!
Ora bem, quanto ao jogo em si quase tudo já foi dito nos últimos dias: porrada, porrada, porrada e muito pouco fair-play. Foi "quentinho" e eu gostei por isso.
Maniche marcou depois de uma grande jogada (aleluia!) e finalmente relembrou-nos o que já foi capaz de fazer (é lixado ter que fazer pela vida não é? Vá, arranja lá um contrato fixe para fugires da Sibéria). Depois a Holanda mandou uma bola à barra (lá estava a Caravaggio para proteger o pessoal) e pouco mais de futebol se viu (eu ainda vi um pontapé do Nuno Valente ao Robben tipo Kill Bill em plena área mas fui só eu porque nem se sabe muito bem o que o árbitro marcou para anular a jogada e ninguém fala disso).
Portugal controlou o jogo, soube lutar até ao fim (uns tiveram que ficar pelo caminho porque aquilo já estava a ficar cansativo e nos balneários há um jacuzzi porreiro - não é Costinha?) e mereceu a vitória.
Se acham que ando a engolir muitos sapos, enganam-se. Não tive uma só surpresa nos oitavos-de-final, então quando vi a Holanda a entrar no jogo de nervos no qual somos peritos (volta João Pinto, estás perdoado) tive a certeza que estava no papo. De resto, não mudei de opinião em relação a nada. Não sou de torcer contra Portugal no Euro2004 e agora vibrar com praticamente os mesmos jogadores. Sou coerente e, como tal, continuo neutra nisto de Mundial.
Entretanto, nos últimos dias, Portugal entrou numa de conversa de putos: "foi a Holanda que começou!" enquanto os holandeses se auto-criticaram. É engraçado que isto aconteça sendo que nós temos um historial de fair-play que fala por nós e a escola holandesa é um exemplo mundial de bom comportamento. Mas isto não interessa para ninguém porque o 1º a dar foi o não sei quantos ao Cristiano Ronaldo e o menino teve que sair (e ele até estava a ser tão determinante!). A única coisa positiva disto é que assim tivemos com que abrir os telejornais a semana toda: Cristiano Ronaldo está quase a 100% - uma informação fundamental para o país.
Era vermelho directo, é verdade. O Costinha foi burro que deus me livre, é verdade (mas ninguém fala disso fora os anti-portistas como se isso nos afectasse imenso). Não tiveram fair-play na jogada que antecede a troçada do Deco para vermelho directo, é verdade. Mas eu pergunto-vos: quantas vezes não gritaram aos vossos jogadores "SEGUE ESSA MERDA" quando a outra equipa está a empatar tempo? Ah,pois... Não é bonito pois não? Mas todos fazemos isto. Eu não sou adepta da selecção portuguesa e muito menos da holandesa, e por isso mais facilmente tenho capacidade para pensar nestes pormenores, enquanto o país se revolta com a imagem do Deco a levar o 2º amarelo quando já devia estar cá fora.
Resumindo: foi feio, demasiado duro e deu-nos mais uma vez má imagem. Mas eu até gostei. Pelo menos deu pica! Já que os três primeiros jogos só davam para adormecer ao menos neste fiquei colada até ao fim.
E agora segue-se a Inglaterra, um velho conhecido que no campeonato da arrogância já ganhou aos pontos. Não há Costinha, não há Deco (adorei um inglês que disse "No Deco, no Portugal" - dava um grande slogan para o que é esta selecção) e o Scolari vai ter de inventar (medo...).
Vamos lá ver se continuamos numa de arrumar com os ingleses em tudo o que é prova. Mas lembrem-se que os espanhóis começaram o último jogo com OLÉS aos franceses e depois foi o que foi.
Estou a ressacar de bola "a sério". Venha mas é o campeonato!
24 junho, 2006
Portugal - México
Não tenho grande coisa a acrescentar ao que já disse sobre Portugal e sobre este grupo.
Gostei da jogada do 1º golo (o Simãozinho e o Maniche nem estão desesperados à procura de clube nem nada...), gostei do jeito do Ricardinho (porque este nunca me desilude) e gostei da frescura do Figo.
Vá lá que vem aí a Holanda e já sabemos que com estes temos sempre hipóteses.
Gostei da jogada do 1º golo (o Simãozinho e o Maniche nem estão desesperados à procura de clube nem nada...), gostei do jeito do Ricardinho (porque este nunca me desilude) e gostei da frescura do Figo.
Vá lá que vem aí a Holanda e já sabemos que com estes temos sempre hipóteses.
19 junho, 2006
Portugal - Irão
Estou a gostar deste Mundial. De 90 não me lembro de nada, de 94 lembro-me de torcer pela Itália nem sabia porquê, de 98 lembro-me da pouca qualidade, de 2002 lembro-me dos roubos de arbitragem. Este, não sei porquê, mas tem sido diferente.
As grandes equipas estão todas lá e, à excepção de um ou outro deslize que ainda vão a tempo de ser corrigidos, ganham e convencem. Viram a Argentina? Parece fácil jogar assim...
Os grandes jogadores também dão nas vistas. Olhem o Brasil. Não joga nada, é assobiado e tal. O Ronaldinho passa para o Ronaldo como quem não quer a coisa, o gordo troca-se todo com a bola e passa para o Adriano, e este quase nem precisa de se mexer para pô-la no sítio certo.
Os "pequenos" tentam milagres e, apesar de ainda não terem havido grandes surpresas, dão sempre luta. Ainda hoje o Togo perdeu 2-0 com a Suiça mas quem viu sabe que o resultado engana, até porque não foi assinalado um penalty a favor do Togo. Ou então falemos do Gana, que deu uma lição de futebol aos "grandes", quando a ganhar um jogo determinante continuou a dar espectáculo (à sua medida, claro) e a jogar para marcar.
Acima de tudo, tenho gostado de ver futebol. Gosto do atrevimento do Equador, da simplicidade da Alemanha, do pragmatismo da Inglaterra, do espectáculo da Argentina, da objectividade da Holanda, da união da Itália, da maluqueira do Gana, da táctica da Austrália, do Brasil que é sempre o Brasil, da "velha" França (com velhos como Zidane, Henry e Vieira quem é que precisa de gente nova??), da jovem Espanha, da persistente Coreia do Sul, da organizada Tunísia e de todas as selecções cujos resultados não têm sido grande coisa mas que mostram que têm a lição bem estudada.
Neste Mundial, a única coisa que se dispensava, para mim, era o grupo D. O México, "o favorito", não tem metade do valor de outros Méxicos. Angola é aquilo que toda a gente sabe: 11 gajos cheios de vontade e, pronto, é só isso. O Irão já é mais organizado e tal, mas também não passa disso. E há Portugal, "o quase campeão mundial" para os portugueses, que ainda deve estar para perceber como é que estes adversários conseguiram o passaporte para o Mundial.
Sinceramente, mete dó ver os jogos deste grupo. Ainda não se viu aqui uma grande equipa, um jogador que se destaque, tácticas ou técnicas supreendentes. Porra, para o melhor golo marcado neste grupo foi preciso o Deco escorregar!
Eu, que tento ver todos os jogos, não imagino o que pensam os estrangeiros que fazem o mesmo quando estão a ver estes jogos. Deve ser complicado para um Sérvio saber que tem uma grande equipa, ir parar ao grupo C quando o D é já ali à beira.
A sério, alguém me explica como é que uma Costa do Marfim é eliminada quando jogou nas duas partidas bem melhor que o México? Como é que sai a fava a uma Ucrânia que leva 4 da Espanha, mas Angola tem direito a dar luta? Como é que o Uzebequistão não está no Mundial, mas o Irão está? Como é que o Brasil é criticado e Portugal é elogiado?
Dizem que Portugal jogou melhor; eu acho que a única diferença de um jogo para o outro se chama Deco. Dizem que nunca tínhamos sido apurados tão facilmente e há valor nisso; eu acho que nunca ninguém esteve com Angola, Irão e México no mesmo grupo. Dizem que o mérito é do seleccionador; eu acho que trocar o Maniche pelo Petit, o Deco pelo Tiago e o Figo pelo Simão num jogo como este foi de génio para quem ganha meia dúzia de tostões. Dizem que podemos chegar longe porque temos dos melhores jogadores do mundo; eu acho que o Figo está lá pela selecção e o Cristiano Ronaldo gosta mais das quinas do que da Merche.
Bem, espero que ao menos sirvam para deixar o México passar, porque se Angola vai aos oitavos o Mundial perde toda a credibilidade competitiva.
P.S. a conclusão é que, se o Scolari estava a rezar à Nossa Sra. do Caravaggio durante o sorteio, então ela é mesmo uma gaja cheia de sorte e qualquer dia começo a acreditar na fé.
As grandes equipas estão todas lá e, à excepção de um ou outro deslize que ainda vão a tempo de ser corrigidos, ganham e convencem. Viram a Argentina? Parece fácil jogar assim...
Os grandes jogadores também dão nas vistas. Olhem o Brasil. Não joga nada, é assobiado e tal. O Ronaldinho passa para o Ronaldo como quem não quer a coisa, o gordo troca-se todo com a bola e passa para o Adriano, e este quase nem precisa de se mexer para pô-la no sítio certo.
Os "pequenos" tentam milagres e, apesar de ainda não terem havido grandes surpresas, dão sempre luta. Ainda hoje o Togo perdeu 2-0 com a Suiça mas quem viu sabe que o resultado engana, até porque não foi assinalado um penalty a favor do Togo. Ou então falemos do Gana, que deu uma lição de futebol aos "grandes", quando a ganhar um jogo determinante continuou a dar espectáculo (à sua medida, claro) e a jogar para marcar.
Acima de tudo, tenho gostado de ver futebol. Gosto do atrevimento do Equador, da simplicidade da Alemanha, do pragmatismo da Inglaterra, do espectáculo da Argentina, da objectividade da Holanda, da união da Itália, da maluqueira do Gana, da táctica da Austrália, do Brasil que é sempre o Brasil, da "velha" França (com velhos como Zidane, Henry e Vieira quem é que precisa de gente nova??), da jovem Espanha, da persistente Coreia do Sul, da organizada Tunísia e de todas as selecções cujos resultados não têm sido grande coisa mas que mostram que têm a lição bem estudada.
Neste Mundial, a única coisa que se dispensava, para mim, era o grupo D. O México, "o favorito", não tem metade do valor de outros Méxicos. Angola é aquilo que toda a gente sabe: 11 gajos cheios de vontade e, pronto, é só isso. O Irão já é mais organizado e tal, mas também não passa disso. E há Portugal, "o quase campeão mundial" para os portugueses, que ainda deve estar para perceber como é que estes adversários conseguiram o passaporte para o Mundial.
Sinceramente, mete dó ver os jogos deste grupo. Ainda não se viu aqui uma grande equipa, um jogador que se destaque, tácticas ou técnicas supreendentes. Porra, para o melhor golo marcado neste grupo foi preciso o Deco escorregar!
Eu, que tento ver todos os jogos, não imagino o que pensam os estrangeiros que fazem o mesmo quando estão a ver estes jogos. Deve ser complicado para um Sérvio saber que tem uma grande equipa, ir parar ao grupo C quando o D é já ali à beira.
A sério, alguém me explica como é que uma Costa do Marfim é eliminada quando jogou nas duas partidas bem melhor que o México? Como é que sai a fava a uma Ucrânia que leva 4 da Espanha, mas Angola tem direito a dar luta? Como é que o Uzebequistão não está no Mundial, mas o Irão está? Como é que o Brasil é criticado e Portugal é elogiado?
Dizem que Portugal jogou melhor; eu acho que a única diferença de um jogo para o outro se chama Deco. Dizem que nunca tínhamos sido apurados tão facilmente e há valor nisso; eu acho que nunca ninguém esteve com Angola, Irão e México no mesmo grupo. Dizem que o mérito é do seleccionador; eu acho que trocar o Maniche pelo Petit, o Deco pelo Tiago e o Figo pelo Simão num jogo como este foi de génio para quem ganha meia dúzia de tostões. Dizem que podemos chegar longe porque temos dos melhores jogadores do mundo; eu acho que o Figo está lá pela selecção e o Cristiano Ronaldo gosta mais das quinas do que da Merche.
Bem, espero que ao menos sirvam para deixar o México passar, porque se Angola vai aos oitavos o Mundial perde toda a credibilidade competitiva.
P.S. a conclusão é que, se o Scolari estava a rezar à Nossa Sra. do Caravaggio durante o sorteio, então ela é mesmo uma gaja cheia de sorte e qualquer dia começo a acreditar na fé.
13 junho, 2006
Angola - Portugal
Em primeiro lugar, peço desculpa pela ausência de posts nos últimos tempos mas não há tempo para tudo.
Mas mesmo hoje (vou ter exame daqui a umas horitas) não podia deixar de vir aqui falar deste grande confronto do futebol mundial.
Nas últimas semanas não se falava de outra coisa. Não há problemas no país, ninguém quer saber de medidas governamentais, taxas de desemprego ou pobreza. Só dá selecção. Isto apontado por alguém fanático por futebol pode soar a falso, mas é que só no Domingo é que eu percebi como andava enganada.
Ora vejamos, na selecção de Angola encontramos jogadores das divisões secundárias portuguesas, jogadores de grandes clubes angolanos como o... esse(!) e até desempregados. Se calhar bastava dizer que a grande referência desta equipa (pelo menos para nós) é o Mantorras mas eu gosto de complicar.
Mas nos últimos tempos Angola teve tempo de antena que nem durante a guerra colonial teve direito. Os angolanos foram analisados um a um pelos meios de comunicação, as reportagens sobre os palancas multiplicavam-se e os portugueses convenceram-se que Domingo iam assistir a um grande jogo. Foi quase isso.
Meia dúzia de segundos de jogo e Pauleta atira ao lado. Até aqui, tudo normal num grande jogo.
4 minutos e Figo ultrapassa um adversário em corrida(!!), passa para Pauleta e este marca (!!!!). Pronto, foi-se o sonho português. Aquilo não podia ser um jogo a sério!
Há quem diga que até aos 10 minutos Portugal dominou por completo, como se não estivéssemos a falar de uma partida que durou 90, mas pronto. Eu não vi domínio nenhum, basta ver que Angola durante esses 10 minutos conseguiu passar o meio-campo com um pontapé para a frente (trocar a bola não é fácil).
O resto do jogo, sim, provou-me que era mesmo a sério. Portugal não jogou nada, o Pauleta desapareceu, o Cristiano Ronaldo quase que batia em alguém quando foi substituído, Scolari fez umas substituições brilhantes, etc etc. Tudo perfeito.
Mantorras entra e milhões de portugueses ficam na dúvida se hão-de festejar aquilo como se de um golo se tratasse. Eu acreditei nele, mas infelizmente estávamos num jogo a sério e nem uma finta ele fez.
E assim se resume este clássico mundial, só para verem como fomos todos enganados.
Terminado o jogo (e o sofrimento de me manter acordada a ver aquilo), pensei: "coitado do Scolari, já vai ouvir umas bocas. O gajo ganha a Angola por 1-0 (!) e ainda vai ter de aturar. O futebol é muito injusto". Mas não, mais uma vez fui enganada.
Pelo que li e vi, Portugal ganhou bem e controlou o jogo. Não interessa o que vale Angola, não interessa o que se jogou (ou, melhor, o que não se jogou), não interessa que se acabe com 3 médios a defender para segurar o resultado. É verdade, são os 3 pontos que contam no final dos 90 minutos. Mas quando o meu clube está numa competição onde não se pode falhar e joga assim, mesmo que ganhe eu fico no mínimo preocupada para os próximos jogos.
Mas isso não interessa nada. O pessoal quer é festa. O que interessa agora é ir para a Praça da Alegria com um cachecol, uma bandeira e uma camisola, fazer um telejornal em directo de uma terra qualquer alemã onde há muitos portugueses, passar pelo Portugal no Coração e pedir à Merche para acalmar o Ronaldo, ver as notícias de mais uma saída nocturna dos jogadores e esperar pelo próximo portento, o Irão.
Porque não há problemas no país, mas há uma selecção que nos entusiasma imenso!
Mas mesmo hoje (vou ter exame daqui a umas horitas) não podia deixar de vir aqui falar deste grande confronto do futebol mundial.
Nas últimas semanas não se falava de outra coisa. Não há problemas no país, ninguém quer saber de medidas governamentais, taxas de desemprego ou pobreza. Só dá selecção. Isto apontado por alguém fanático por futebol pode soar a falso, mas é que só no Domingo é que eu percebi como andava enganada.
Ora vejamos, na selecção de Angola encontramos jogadores das divisões secundárias portuguesas, jogadores de grandes clubes angolanos como o... esse(!) e até desempregados. Se calhar bastava dizer que a grande referência desta equipa (pelo menos para nós) é o Mantorras mas eu gosto de complicar.
Mas nos últimos tempos Angola teve tempo de antena que nem durante a guerra colonial teve direito. Os angolanos foram analisados um a um pelos meios de comunicação, as reportagens sobre os palancas multiplicavam-se e os portugueses convenceram-se que Domingo iam assistir a um grande jogo. Foi quase isso.
Meia dúzia de segundos de jogo e Pauleta atira ao lado. Até aqui, tudo normal num grande jogo.
4 minutos e Figo ultrapassa um adversário em corrida(!!), passa para Pauleta e este marca (!!!!). Pronto, foi-se o sonho português. Aquilo não podia ser um jogo a sério!
Há quem diga que até aos 10 minutos Portugal dominou por completo, como se não estivéssemos a falar de uma partida que durou 90, mas pronto. Eu não vi domínio nenhum, basta ver que Angola durante esses 10 minutos conseguiu passar o meio-campo com um pontapé para a frente (trocar a bola não é fácil).
O resto do jogo, sim, provou-me que era mesmo a sério. Portugal não jogou nada, o Pauleta desapareceu, o Cristiano Ronaldo quase que batia em alguém quando foi substituído, Scolari fez umas substituições brilhantes, etc etc. Tudo perfeito.
Mantorras entra e milhões de portugueses ficam na dúvida se hão-de festejar aquilo como se de um golo se tratasse. Eu acreditei nele, mas infelizmente estávamos num jogo a sério e nem uma finta ele fez.
E assim se resume este clássico mundial, só para verem como fomos todos enganados.
Terminado o jogo (e o sofrimento de me manter acordada a ver aquilo), pensei: "coitado do Scolari, já vai ouvir umas bocas. O gajo ganha a Angola por 1-0 (!) e ainda vai ter de aturar. O futebol é muito injusto". Mas não, mais uma vez fui enganada.
Pelo que li e vi, Portugal ganhou bem e controlou o jogo. Não interessa o que vale Angola, não interessa o que se jogou (ou, melhor, o que não se jogou), não interessa que se acabe com 3 médios a defender para segurar o resultado. É verdade, são os 3 pontos que contam no final dos 90 minutos. Mas quando o meu clube está numa competição onde não se pode falhar e joga assim, mesmo que ganhe eu fico no mínimo preocupada para os próximos jogos.
Mas isso não interessa nada. O pessoal quer é festa. O que interessa agora é ir para a Praça da Alegria com um cachecol, uma bandeira e uma camisola, fazer um telejornal em directo de uma terra qualquer alemã onde há muitos portugueses, passar pelo Portugal no Coração e pedir à Merche para acalmar o Ronaldo, ver as notícias de mais uma saída nocturna dos jogadores e esperar pelo próximo portento, o Irão.
Porque não há problemas no país, mas há uma selecção que nos entusiasma imenso!
29 maio, 2006
Um senhor no meio de miúdos
Acabou o Europeu de futebol para Portugal. Apesar de vencer a Alemanha e de igualar esta e a Sérvia em termos de pontos, os golos ditaram o afastamento do país organizador.
Não sou pessoa de chorar sobre leite derramado (muito menos quando se trata da selecção), mas admito que contava com mais desta equipa. Afinal de contas, jogaram em casa, com estádios cheios, são bons jogadores e fizeram uma qualificação brilhante. Mas tudo falhou neste europeu.
Falhou a preparação, já que só muito tarde conseguiram reunir todos os jogadores. Falhou a ligação com a selecção principal que a todos beneficiaria, já que Scolari e Agostinho Oliveira andam às turras.
Falhou o jogo mental, já que foi transmitido a um grupo de miúdos uma ideia errada que tinham a obrigação de ganhar e que era fácil.
Falhou o jogo inaugural, já que não houve equipa.
Falhou o jogo contra a Sérvia, já que não houve cabeça.
Falhou o último jogo, já que não houve jeito.
Mas no meio disto tudo é impossível não destacar Raúl Meireles.
Eu sei que o Bruno Vale, o Nani e o Varela também tiveram os seus momentos. Mas nestes 3 jogos só houve um elemento a jogar como gente grande.
Ele foi médio defensivo, ele foi médio atacante, ele foi central, ele apareceu na área como um ponta de lança, ele recuperou, ele passou curto e longo, ele fintou, ele rematou... Tinham-lhe dado umas luvas e ele tinha defendido.
Que ele é muito bom já todos sabíamos, que ele ia ser de longe o melhor deste Europeu não contávamos.
Parabéns Raúl.
Voltando à análise deste Euro, acho que ficou muito por dizer.
Por exemplo, não vi ninguém preocupado com o facto de chegarmos a um campeonato da Europa com um único ponta de lança (desculpem, mas para mim o Lourenço não conta como ponta de lança). E, pior, estamos a falar do Hugo Almeida.
Também não vi ninguém preocupado com o facto da nossa defesa ser composta por um central de uma equipa que desceu e que só há pouco se naturalizou, por um central de uma das defesas mais batidas da Liga, de um lateral direito que para além de ter jogado muito pouco também não está habituado a jogar com os colegas e um defesa esquerdo cuja única característica positiva que lhe reconhecem é ser do chelsea.
Também ninguém ficou preocupado com a vinda forçada do Quaresma para esta equipa e com o facto de assumirem que ele era a estrela maior da formação, quando todos sabemos como reage o Quaresma quando se acha o melhor.
Também ninguém achou estranho Portugal entrar com 3 médios defensivos num jogo que tinha que ganhar 3-0.
Também ninguém achou estranho o Agostinho não pôr um gajo que joga no Bolton e que por acaso faz qualquer posição na linha avançada.
Também ninguém criticou as substituições que a mim me pareceram sempre ridículas.
Também ninguém criticou um pseudo número 10 que marcou o único golo, mas que é incapaz de pegar na bola e conduzi-la, enfrentar os adversários e evitá-los como cabe a um verdadeiro número 10. Ainda por cima deu uma péssima imagem a Portugal ao passar a vida a atirar-se para o chão e ainda ir ao flash interview queixar-se.
Também ninguém criticou a falta de apoio dos senhores lá de cima, já que não se viu ninguém verdadeiramente ao lado desta equipa.
Também ninguém achou curioso a agressividade dos jornalistas e comentadores com estes miúdos, quando costumam ser tão calmos e pacientes com os meninos do Scolari.
Espero que sirva de lição. A todos.
Não sou pessoa de chorar sobre leite derramado (muito menos quando se trata da selecção), mas admito que contava com mais desta equipa. Afinal de contas, jogaram em casa, com estádios cheios, são bons jogadores e fizeram uma qualificação brilhante. Mas tudo falhou neste europeu.
Falhou a preparação, já que só muito tarde conseguiram reunir todos os jogadores. Falhou a ligação com a selecção principal que a todos beneficiaria, já que Scolari e Agostinho Oliveira andam às turras.
Falhou o jogo mental, já que foi transmitido a um grupo de miúdos uma ideia errada que tinham a obrigação de ganhar e que era fácil.
Falhou o jogo inaugural, já que não houve equipa.
Falhou o jogo contra a Sérvia, já que não houve cabeça.
Falhou o último jogo, já que não houve jeito.
Mas no meio disto tudo é impossível não destacar Raúl Meireles.
Eu sei que o Bruno Vale, o Nani e o Varela também tiveram os seus momentos. Mas nestes 3 jogos só houve um elemento a jogar como gente grande.
Ele foi médio defensivo, ele foi médio atacante, ele foi central, ele apareceu na área como um ponta de lança, ele recuperou, ele passou curto e longo, ele fintou, ele rematou... Tinham-lhe dado umas luvas e ele tinha defendido.
Que ele é muito bom já todos sabíamos, que ele ia ser de longe o melhor deste Europeu não contávamos.
Parabéns Raúl.
Voltando à análise deste Euro, acho que ficou muito por dizer.
Por exemplo, não vi ninguém preocupado com o facto de chegarmos a um campeonato da Europa com um único ponta de lança (desculpem, mas para mim o Lourenço não conta como ponta de lança). E, pior, estamos a falar do Hugo Almeida.
Também não vi ninguém preocupado com o facto da nossa defesa ser composta por um central de uma equipa que desceu e que só há pouco se naturalizou, por um central de uma das defesas mais batidas da Liga, de um lateral direito que para além de ter jogado muito pouco também não está habituado a jogar com os colegas e um defesa esquerdo cuja única característica positiva que lhe reconhecem é ser do chelsea.
Também ninguém ficou preocupado com a vinda forçada do Quaresma para esta equipa e com o facto de assumirem que ele era a estrela maior da formação, quando todos sabemos como reage o Quaresma quando se acha o melhor.
Também ninguém achou estranho Portugal entrar com 3 médios defensivos num jogo que tinha que ganhar 3-0.
Também ninguém achou estranho o Agostinho não pôr um gajo que joga no Bolton e que por acaso faz qualquer posição na linha avançada.
Também ninguém criticou as substituições que a mim me pareceram sempre ridículas.
Também ninguém criticou um pseudo número 10 que marcou o único golo, mas que é incapaz de pegar na bola e conduzi-la, enfrentar os adversários e evitá-los como cabe a um verdadeiro número 10. Ainda por cima deu uma péssima imagem a Portugal ao passar a vida a atirar-se para o chão e ainda ir ao flash interview queixar-se.
Também ninguém criticou a falta de apoio dos senhores lá de cima, já que não se viu ninguém verdadeiramente ao lado desta equipa.
Também ninguém achou curioso a agressividade dos jornalistas e comentadores com estes miúdos, quando costumam ser tão calmos e pacientes com os meninos do Scolari.
Espero que sirva de lição. A todos.
26 maio, 2006
26 de Maio de 2004
Gelsenkirchen. Demorámos dias só para conseguir soletrar direito a palavra.
Estávamos em Fevereiro de 2004. O campeonato nacional estava mais uma vez controlado e ainda acordávamos todos os dias a relembrar Sevilha.
A equipa era praticamente a mesma. Os rapazes faziam-nos sonhar, como qualquer adepto que imagina um dia ganhar o principal torneio de clubes. A diferença é que nós estávamos bem acordados.
Oitavos-de-final: Manchester United. Um dos maiores clubes da Europa, com estrelas a desfilar no plantel.
Vieram cá a falar de supermercados e até marcaram primeiro. O McCarthy fez questão de os mandar embora com 2 grandes sacos de compras.
Como todos os ingleses, não gostaram da ideia de perder com Tugas. Um tal de Fergunson, que de Sir tem muito pouco, acusou-nos de teatreiros e tentou reduzir a nossa dimensão.
Marcaram primeiro. Não fizemos muito durante o jogo, mas no fundo todos sabíamos que os quartos vinham aí. 90 minutos, livre: McCarthy, Howard, Costinha. Como é que se diz “toma lá!” em inglês?
Foi um dos maiores festejos de sempre dos milhares que estiveram no Teatro dos Sonhos. Ainda hoje choro por não me terem deixado embarcar. Alguém devia dizer àquela **** que impediu uma pessoa de ser mais feliz.
Quartos-de-final: Lyon. O campeão francês, que domina em termos nacionais e que começava aqui a sua aventura na Europa.
Jogámos de novo cá primeiro. 2-0, sem espinhas. Marcaram os melhores jogadores da equipa, Deco e Ricardo Carvalho, e que fizeram por ser os melhores da Europa nessa época.
A aventura para Lyon foi a vingança por ter falhado Manchester. O Maniche de outros tempos marcou os 2 golos que nos valeram o empate e o passaporte para as meias.
Seria normal e até ficava bonito eu agora escrever: “parecia irreal”. Mas não pode ser, porque mais real do que aquela equipa a arrumar as outras não havia.
Meias-finais: Deportivo. Uma equipa que ganhou destaque na última década e que só tinha acabado de fazer uma reviravolta impressionante na eliminatória contra o pequeno Milan.
Primeiro jogo cá, pois tá claro. Como já ninguém escondia o desejo, pedimos aos rapazes a final. O 0-0 acabou por nos deixar com os pés bem assentes na terra (se é que há terra quando se fala duma meia-final).
Chovia imenso lá, mas para nós o dia estava perfeito. A alegria por estar ali misturava-se com o medo de morrer na praia.
A Corunha estava azul e branca. Incrível a adesão dos adeptos. Até arrepiava ver os prédios, os carros, as pessoas, tudo de azul e branco.
Depois de meses no estaleiro, tinha que ser ele: o nosso Ninja (que alguns acéfalos fizeram questão de esquecer em troca de vá-se lá saber o quê) a resolver.
No final, fomos aplaudidos pelos adversários, que nos desejaram sorte para a final. Ainda hoje torço pelo Deportivo na Europa.
FINAL: Mónaco. Um clube mais pequeno do que nós, que só tinha eliminado o Real Madrid e o Chelsea e que só contava com a ajuda de Morientes, Giuly e Companhia LDA.
Pensava que não era possível sentir tanta ansiedade. Custava-me comer, custava-me falar, custava-me até dormir(!). Não era tanto por uma questão de falta de confiança, porque todos sentíamos que aquilo ia mesmo ser nosso; era mais porque acho que só nesta altura é que nos apercebemos onde estávamos.
A final da Liga dos Campeões.
Não é por acaso que só aqui escrevo isto. A f-i-n-a-l d-a L-i-g-a d-o-s C-a-m-p-e-õ-e-s. Aquilo que vemos todos os anos, sentados no sofá, de boca aberta com a qualidade das poucas equipas que conseguem lá chegar. Aquilo que sabemos que todo o mundo está a ver e a pensar: “quem me dera ser daquela equipa”.
Nós fomos o Top daquele ano. Naquela época não houve Ronaldinhos e Henrys. Houve Baía, Paulo Ferreira, Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Deco, Derlei e Carlos Alberto. Impossível esquecer este 11. Foram eles que entraram ali, naquele estádio super imponente; foram eles que o mundo, sentado no sofá, viu; foi com eles que todos ficaram de boca aberta. E nós éramos mesmo daquela equipa.
Carlos Alberto, Deco, Alenitchev. Sem hipóteses.
Gelsenkirchen. Há 2 anos passou a constar no nosso dicionário. Para quem não sabe, é sinónimo de inesquecível.
Estávamos em Fevereiro de 2004. O campeonato nacional estava mais uma vez controlado e ainda acordávamos todos os dias a relembrar Sevilha.
A equipa era praticamente a mesma. Os rapazes faziam-nos sonhar, como qualquer adepto que imagina um dia ganhar o principal torneio de clubes. A diferença é que nós estávamos bem acordados.
Oitavos-de-final: Manchester United. Um dos maiores clubes da Europa, com estrelas a desfilar no plantel.
Vieram cá a falar de supermercados e até marcaram primeiro. O McCarthy fez questão de os mandar embora com 2 grandes sacos de compras.
Como todos os ingleses, não gostaram da ideia de perder com Tugas. Um tal de Fergunson, que de Sir tem muito pouco, acusou-nos de teatreiros e tentou reduzir a nossa dimensão.
Marcaram primeiro. Não fizemos muito durante o jogo, mas no fundo todos sabíamos que os quartos vinham aí. 90 minutos, livre: McCarthy, Howard, Costinha. Como é que se diz “toma lá!” em inglês?
Foi um dos maiores festejos de sempre dos milhares que estiveram no Teatro dos Sonhos. Ainda hoje choro por não me terem deixado embarcar. Alguém devia dizer àquela **** que impediu uma pessoa de ser mais feliz.
Quartos-de-final: Lyon. O campeão francês, que domina em termos nacionais e que começava aqui a sua aventura na Europa.
Jogámos de novo cá primeiro. 2-0, sem espinhas. Marcaram os melhores jogadores da equipa, Deco e Ricardo Carvalho, e que fizeram por ser os melhores da Europa nessa época.
A aventura para Lyon foi a vingança por ter falhado Manchester. O Maniche de outros tempos marcou os 2 golos que nos valeram o empate e o passaporte para as meias.
Seria normal e até ficava bonito eu agora escrever: “parecia irreal”. Mas não pode ser, porque mais real do que aquela equipa a arrumar as outras não havia.
Meias-finais: Deportivo. Uma equipa que ganhou destaque na última década e que só tinha acabado de fazer uma reviravolta impressionante na eliminatória contra o pequeno Milan.
Primeiro jogo cá, pois tá claro. Como já ninguém escondia o desejo, pedimos aos rapazes a final. O 0-0 acabou por nos deixar com os pés bem assentes na terra (se é que há terra quando se fala duma meia-final).
Chovia imenso lá, mas para nós o dia estava perfeito. A alegria por estar ali misturava-se com o medo de morrer na praia.
A Corunha estava azul e branca. Incrível a adesão dos adeptos. Até arrepiava ver os prédios, os carros, as pessoas, tudo de azul e branco.
Depois de meses no estaleiro, tinha que ser ele: o nosso Ninja (que alguns acéfalos fizeram questão de esquecer em troca de vá-se lá saber o quê) a resolver.
No final, fomos aplaudidos pelos adversários, que nos desejaram sorte para a final. Ainda hoje torço pelo Deportivo na Europa.
FINAL: Mónaco. Um clube mais pequeno do que nós, que só tinha eliminado o Real Madrid e o Chelsea e que só contava com a ajuda de Morientes, Giuly e Companhia LDA.
Pensava que não era possível sentir tanta ansiedade. Custava-me comer, custava-me falar, custava-me até dormir(!). Não era tanto por uma questão de falta de confiança, porque todos sentíamos que aquilo ia mesmo ser nosso; era mais porque acho que só nesta altura é que nos apercebemos onde estávamos.
A final da Liga dos Campeões.
Não é por acaso que só aqui escrevo isto. A f-i-n-a-l d-a L-i-g-a d-o-s C-a-m-p-e-õ-e-s. Aquilo que vemos todos os anos, sentados no sofá, de boca aberta com a qualidade das poucas equipas que conseguem lá chegar. Aquilo que sabemos que todo o mundo está a ver e a pensar: “quem me dera ser daquela equipa”.
Nós fomos o Top daquele ano. Naquela época não houve Ronaldinhos e Henrys. Houve Baía, Paulo Ferreira, Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Deco, Derlei e Carlos Alberto. Impossível esquecer este 11. Foram eles que entraram ali, naquele estádio super imponente; foram eles que o mundo, sentado no sofá, viu; foi com eles que todos ficaram de boca aberta. E nós éramos mesmo daquela equipa.
Carlos Alberto, Deco, Alenitchev. Sem hipóteses.
Gelsenkirchen. Há 2 anos passou a constar no nosso dicionário. Para quem não sabe, é sinónimo de inesquecível.
25 maio, 2006
portugal 0 - frança 1
Dizem que foi um péssimo jogo. Dizem que Portugal jogou muito mal. Dizem que o público não apoiou. Discordo, discordo, discordo.
Não foi um jogo péssimo; foi um jogo normal para quem está habituado a ver os jogos do campeonato português. Ok, foi péssimo.
Portugal não jogou muito mal; a França é que jogou muito bem. Acho que até 3ª feira ninguém tinha descoberto isso. Só eu é que já sabia que eles para além de grandes jogadores têm uma grande equipa? Mas pronto, nós temos a parte dos bons jogadores. Afinal de contas temos o Raúl Meireles, o Quaresma, o Manuel Fernandes e o Bruno Vale. Só nos falta a parte da equipa. E, pronto, tivemos durante 90 minutos o Hugo Almeida, o Nélson e o João Moutinho. Ok, Portugal jogou muito mal.
O estádio estava cheio daqueles "adeptos-malucos-pela-selecção-de-todos-nós-que-não-percebem-nada-de-futebol". E como todos os adeptos de circunstância, antes do jogo já éramos praticamente campeões europeus, depois já temos os piores jogadores do mundo. Ok, o público não apoiou.
Gostei de ir a Braga. Porque gosto de futebol e, como tal, é bom variar de vez em quando. Só não estava era à espera de variar tanto.
Aquele não é o futebol que eu vi esta época. É certo que o Porto não foi brilhante, mas é tudo uma questão de atitude e aquela não é a atitude à qual já me habituei de novo.
Enfim, espero que os putos aprendam a lição e que, milagrosamente, hoje entrem em campo como uma equipa. E já agora que o público tenha metade da paciência que tem com a equipa do Scolari. Sim, porque esses levam 3 da Espanha em casa e 'tá-se bem, mas os miúdos não podem perder com a melhor equipa do torneio... e com o Hugo Almeida em campo(!).
Não foi um jogo péssimo; foi um jogo normal para quem está habituado a ver os jogos do campeonato português. Ok, foi péssimo.
Portugal não jogou muito mal; a França é que jogou muito bem. Acho que até 3ª feira ninguém tinha descoberto isso. Só eu é que já sabia que eles para além de grandes jogadores têm uma grande equipa? Mas pronto, nós temos a parte dos bons jogadores. Afinal de contas temos o Raúl Meireles, o Quaresma, o Manuel Fernandes e o Bruno Vale. Só nos falta a parte da equipa. E, pronto, tivemos durante 90 minutos o Hugo Almeida, o Nélson e o João Moutinho. Ok, Portugal jogou muito mal.
O estádio estava cheio daqueles "adeptos-malucos-pela-selecção-de-todos-nós-que-não-percebem-nada-de-futebol". E como todos os adeptos de circunstância, antes do jogo já éramos praticamente campeões europeus, depois já temos os piores jogadores do mundo. Ok, o público não apoiou.
Gostei de ir a Braga. Porque gosto de futebol e, como tal, é bom variar de vez em quando. Só não estava era à espera de variar tanto.
Aquele não é o futebol que eu vi esta época. É certo que o Porto não foi brilhante, mas é tudo uma questão de atitude e aquela não é a atitude à qual já me habituei de novo.
Enfim, espero que os putos aprendam a lição e que, milagrosamente, hoje entrem em campo como uma equipa. E já agora que o público tenha metade da paciência que tem com a equipa do Scolari. Sim, porque esses levam 3 da Espanha em casa e 'tá-se bem, mas os miúdos não podem perder com a melhor equipa do torneio... e com o Hugo Almeida em campo(!).
23 maio, 2006
21 de Maio de 2003
Três anos...
Fomos passando várias eliminatórias e sem darmos por isso estávamos nos quartos-de-final. Saiu-nos o Panathinaikos e não ficámos muito contentes - os gregos dão-nos azar. 0-1 cá. Que desilusão... Mas o treinador pediu-nos que acreditássemos e nós acreditámos. Nós e os 11 heróis da Grécia. Que saudades daquele Derlei que mesmo lesionado nos deu um dos melhores 0-2 de sempre...
Veio a Lazio, enquanto os rivais da rotunda ficavam com o Celtic. 0-1 para eles, mas nós nem nos incomodamos. Aquela equipa era imperial e o 4-1 final acabou por não nos surpreender. Fomos lá passear...
Sevilha... e o Celtic que, felizmente, arrumou os remendados e tornou aquela final ainda mais mágica.
O calor, a sede, os abastecimentos nas estações de serviço espanholas, os avé maria na camioneta, os amigos escoceses/irlandeses... A euforia, a ansiedade, o friozinho na barriga...
90 minutos eléctricos, 4 golos, sempre a cantar... O golo do Derlei que nos levou a uma dimensão que eu desconhecia... A loucura do regresso, dias e dias de festa...
... e parece que foi ontem :)
Fomos passando várias eliminatórias e sem darmos por isso estávamos nos quartos-de-final. Saiu-nos o Panathinaikos e não ficámos muito contentes - os gregos dão-nos azar. 0-1 cá. Que desilusão... Mas o treinador pediu-nos que acreditássemos e nós acreditámos. Nós e os 11 heróis da Grécia. Que saudades daquele Derlei que mesmo lesionado nos deu um dos melhores 0-2 de sempre...
Veio a Lazio, enquanto os rivais da rotunda ficavam com o Celtic. 0-1 para eles, mas nós nem nos incomodamos. Aquela equipa era imperial e o 4-1 final acabou por não nos surpreender. Fomos lá passear...
Sevilha... e o Celtic que, felizmente, arrumou os remendados e tornou aquela final ainda mais mágica.
O calor, a sede, os abastecimentos nas estações de serviço espanholas, os avé maria na camioneta, os amigos escoceses/irlandeses... A euforia, a ansiedade, o friozinho na barriga...
90 minutos eléctricos, 4 golos, sempre a cantar... O golo do Derlei que nos levou a uma dimensão que eu desconhecia... A loucura do regresso, dias e dias de festa...
... e parece que foi ontem :)
Europeu sub21
Começa hoje o Europeu de futebol na categoria de sub21. As expectativas em torno da selecção portuguesa são muitas, já que o plantel ao serviço de Agostinho Oliveira está repleto de craques:
1-Bruno Vale: o guarda-redes do Porto fez uma excelente época ao serviço do estrela da amadora e será o mais que provável guardião da baliza nacional. Com o Mundial à espreita...
2-Nélson: o defesa do benfica prometeu muito no início da época mas acabou por ser remetido para o banco. Ser suplente do Alcides é muito mau sinal...
3-Raúl Meireles: com uma época estupenda, surpreendeu tudo e todos. Um dos pilares dos campeões nacionais tem a titularidade mais do que justificada.
4-Semedo: sinceramente, não o vi jogar.
5-Pedro Ribeiro: entre o marco e o Porto B, uma época regular que lhe valeu a convocatória para o Euro.
6-José Castro: uma das maiores revelações da passada temporada valeu-lhe um contrato com o atlético de madrid.
7-Ricardo Quaresma: a estrelinha da equipa. Provavelmente, ninguém estaria à espera que ele estivesse nesta lista, mas já que está, espero que aproveite.
8-Manuel Fernandes: se Quaresma atrai mais as atenções, para mim este é actualmente o melhor jogador dos sub21 portugueses. É pena estar onde está.
9-Hugo Almeida: uma época com muitos altos e ainda mais baixos deixam-nos com algumas dúvidas se terá a pontaria afinada.
10-João Moutinho: uma grande época fê-lo sonhar com a selecção A. Ficou-se pelos sub21 e agora só tem de mostrar o que vale.
11-Diogo Valente: regular e cauteloso, já tem contrato com o Porto. Sinceramente, não me parece um fora de série, mas pode ser que este campeonato me prove o contrário.
12-Paulo Ribeiro: o guarda-redes (não) campeão nacional será um suplente de luxo.
13-Rolando: recentemente naturalizado, o central do belenenses procura afirmação junto dos "novos" colegas.
14-Custódio: sinceramente, acho-o muito fraquinho, um dos elos mais fracos deste plantel. Querem provas? É titular do sporting.
15-Morais: é do chelsea. Medo...
16-Bruno Amaro: não se pode dizer que tenha tido uma grande época, mas veremos do que é capaz numa equipa melhor.
17-Varela: promete muito e tem feito muito pouco.
18-Nani: gosto muito de o ver jogar (fora quando está de verde).
19-Ricardo Vaz Té: um dos poucos emigrantes desta selecção.
20-Lourenço: outro que promete explodir há anos e nunca mais.
21-Filipe Oliveira: boa época no marítimo, mas é muito provável que passe muito tempo no banco.
22-Daniel Fernandes: o 3ª guarda-redes nunca pode ter grandes expectativas. Boas férias Daniel.
Já sabem que não sou grande adepta das selecções. Não consigo perceber aquela euforia, mas admito que estes miúdos merecem estar aqui e ir o mais longe possível.
Hoje vou a braga vê-los e espero que os maluquinhos da selecção apoiem tanto ou mais estes do que aqueles que já só vestem a camisola das quinas por dinheiro.
Boa sorte rapazes
1-Bruno Vale: o guarda-redes do Porto fez uma excelente época ao serviço do estrela da amadora e será o mais que provável guardião da baliza nacional. Com o Mundial à espreita...
2-Nélson: o defesa do benfica prometeu muito no início da época mas acabou por ser remetido para o banco. Ser suplente do Alcides é muito mau sinal...
3-Raúl Meireles: com uma época estupenda, surpreendeu tudo e todos. Um dos pilares dos campeões nacionais tem a titularidade mais do que justificada.
4-Semedo: sinceramente, não o vi jogar.
5-Pedro Ribeiro: entre o marco e o Porto B, uma época regular que lhe valeu a convocatória para o Euro.
6-José Castro: uma das maiores revelações da passada temporada valeu-lhe um contrato com o atlético de madrid.
7-Ricardo Quaresma: a estrelinha da equipa. Provavelmente, ninguém estaria à espera que ele estivesse nesta lista, mas já que está, espero que aproveite.
8-Manuel Fernandes: se Quaresma atrai mais as atenções, para mim este é actualmente o melhor jogador dos sub21 portugueses. É pena estar onde está.
9-Hugo Almeida: uma época com muitos altos e ainda mais baixos deixam-nos com algumas dúvidas se terá a pontaria afinada.
10-João Moutinho: uma grande época fê-lo sonhar com a selecção A. Ficou-se pelos sub21 e agora só tem de mostrar o que vale.
11-Diogo Valente: regular e cauteloso, já tem contrato com o Porto. Sinceramente, não me parece um fora de série, mas pode ser que este campeonato me prove o contrário.
12-Paulo Ribeiro: o guarda-redes (não) campeão nacional será um suplente de luxo.
13-Rolando: recentemente naturalizado, o central do belenenses procura afirmação junto dos "novos" colegas.
14-Custódio: sinceramente, acho-o muito fraquinho, um dos elos mais fracos deste plantel. Querem provas? É titular do sporting.
15-Morais: é do chelsea. Medo...
16-Bruno Amaro: não se pode dizer que tenha tido uma grande época, mas veremos do que é capaz numa equipa melhor.
17-Varela: promete muito e tem feito muito pouco.
18-Nani: gosto muito de o ver jogar (fora quando está de verde).
19-Ricardo Vaz Té: um dos poucos emigrantes desta selecção.
20-Lourenço: outro que promete explodir há anos e nunca mais.
21-Filipe Oliveira: boa época no marítimo, mas é muito provável que passe muito tempo no banco.
22-Daniel Fernandes: o 3ª guarda-redes nunca pode ter grandes expectativas. Boas férias Daniel.
Já sabem que não sou grande adepta das selecções. Não consigo perceber aquela euforia, mas admito que estes miúdos merecem estar aqui e ir o mais longe possível.
Hoje vou a braga vê-los e espero que os maluquinhos da selecção apoiem tanto ou mais estes do que aqueles que já só vestem a camisola das quinas por dinheiro.
Boa sorte rapazes
15 maio, 2006
O meu amigo Scolari
Há meses que ando preocupada com o Mundial. Só de pensar num jogador meu lesionado ou num jogador meu a ser vendido à custa do Mundial, até tremia.
Mas ao longo do tempo comecei a aperceber-me que não tinha assim tantas razões para me preocupar. Afinal de contas, o seleccionador nacional chama-se Scolari.
Ora bem, hoje foi divulgada a lista de convocados para a selecção A. Como todos já sabíamos, Quaresma não está lá. Óptimo.
Mas porra, está lá um portista. Um portista?? Mas porquê?? Que mal fiz eu para ter um portista na selecção? Ah, esperem, é o Ricardo Costa. Como é que depois de meses em que ele mal jogou eu não estava a contar com isto?
Que grande desilusão, Scolari. Ias para lá sem nenhum dos nossos e eu desta vez até punha uma bandeira de Portugal na varanda.
Para quem ainda consegue criticar o meu amigo Scolari, a minha análise não vos vai deixar dúvidas:
Ricardo- este é merecido. Ele também não dá hipóteses aos outros: ainda agora em vila do conde fez questão de mostrar porque é que é o titular da selecção.
Quim- este não joga, por isso tem mais é que ir à selecção.
Bruno Vale- dos raros jogadores que joga mesmo no clube que representa e que ainda por cima até joga bem. Sendo assim, não percebo o que é que está lá a fazer.
Miguel- ao sair do benfica, deixou de ser um dos adorados dos media portugueses. Mas Scolari não se esqueceu dele e convocou-o, até porque ele nem sempre joga.
Fernando Meira- Outro que não percebo porque é que foi convocado.
Caneira- No valência nada, no sportem ainda veio a tempo de sair humilhado. Bem convocado.
Nuno Valente- Ainda não se percebeu muito tempo se já está recuperado. Bem convocado, titular indiscutível.
Paulo Ferreira- Já não está no Porto. Bem convocado, titular indiscutível.
Ricardo Carvalho- Já não está no Porto. Bem convocado, titular indiscutível.
Ricardo Costa- muito mal convocado. Ao menos não joga, o que é sempre um factor a ter em conta.
Boa Morte- Grande época, fala-se de um interesse do Real Madrid. É pena o Robert não ser português senão estavas lixado.
Deco- Da época do Deco não falo. Só relembro que na equipa ideal do Scolari ele não era titular.
Costinha- Não joga há meses e já não está no Porto. Titular indiscutível.
Maniche- Mal joga, curte ser expulso e já não está no Porto. Titular indiscutível.
Cristiano Ronaldo- É o Cristiano Ronaldo, mas mesmo assim teve sorte porque o Moutinho fez minutos a mais para ser convocado.
Figo- Não foi este que deixou a selecção? Ah pois... Ai Catarina, essa tua mania de fazeres perguntas inconvenientes!
Hugo Viana- Jogou pouco, por isso enquadra-se nos critérios.
Petit- Caso seja preciso dar um soco num árbitro outra vez, desta vez ao menos vamos preparados com um expert.
Simão- O Brasil, a França e a Argentina andaram a tentar contratá-lo, mas ele não quis.
Tiago- Exibições brilhantes no Lyon. Não se percebe esta convocatória. Com sorte, vem parar ao Porto e deixa de ter este incómodo.
Pauleta- Continua a marcar por França, enquanto cá é aquele zero que todos sabemos. Por isso, bem convocado.
Nuno Gomes- uns jogos irreconhecível, mas uma época no geral ao seu nível. Bem convocado.
Postiga- sem hipóteses no Porto, foi para França à procura da glória. Marcou 2 ou 3 golos. Bem convocado.
E daqui a uns dias cá estarei, do Irão, do Méxio e de Angola desde pequenina... E com a bandeira em honra ao Scolari.
Mas ao longo do tempo comecei a aperceber-me que não tinha assim tantas razões para me preocupar. Afinal de contas, o seleccionador nacional chama-se Scolari.
Ora bem, hoje foi divulgada a lista de convocados para a selecção A. Como todos já sabíamos, Quaresma não está lá. Óptimo.
Mas porra, está lá um portista. Um portista?? Mas porquê?? Que mal fiz eu para ter um portista na selecção? Ah, esperem, é o Ricardo Costa. Como é que depois de meses em que ele mal jogou eu não estava a contar com isto?
Que grande desilusão, Scolari. Ias para lá sem nenhum dos nossos e eu desta vez até punha uma bandeira de Portugal na varanda.
Para quem ainda consegue criticar o meu amigo Scolari, a minha análise não vos vai deixar dúvidas:
Ricardo- este é merecido. Ele também não dá hipóteses aos outros: ainda agora em vila do conde fez questão de mostrar porque é que é o titular da selecção.
Quim- este não joga, por isso tem mais é que ir à selecção.
Bruno Vale- dos raros jogadores que joga mesmo no clube que representa e que ainda por cima até joga bem. Sendo assim, não percebo o que é que está lá a fazer.
Miguel- ao sair do benfica, deixou de ser um dos adorados dos media portugueses. Mas Scolari não se esqueceu dele e convocou-o, até porque ele nem sempre joga.
Fernando Meira- Outro que não percebo porque é que foi convocado.
Caneira- No valência nada, no sportem ainda veio a tempo de sair humilhado. Bem convocado.
Nuno Valente- Ainda não se percebeu muito tempo se já está recuperado. Bem convocado, titular indiscutível.
Paulo Ferreira- Já não está no Porto. Bem convocado, titular indiscutível.
Ricardo Carvalho- Já não está no Porto. Bem convocado, titular indiscutível.
Ricardo Costa- muito mal convocado. Ao menos não joga, o que é sempre um factor a ter em conta.
Boa Morte- Grande época, fala-se de um interesse do Real Madrid. É pena o Robert não ser português senão estavas lixado.
Deco- Da época do Deco não falo. Só relembro que na equipa ideal do Scolari ele não era titular.
Costinha- Não joga há meses e já não está no Porto. Titular indiscutível.
Maniche- Mal joga, curte ser expulso e já não está no Porto. Titular indiscutível.
Cristiano Ronaldo- É o Cristiano Ronaldo, mas mesmo assim teve sorte porque o Moutinho fez minutos a mais para ser convocado.
Figo- Não foi este que deixou a selecção? Ah pois... Ai Catarina, essa tua mania de fazeres perguntas inconvenientes!
Hugo Viana- Jogou pouco, por isso enquadra-se nos critérios.
Petit- Caso seja preciso dar um soco num árbitro outra vez, desta vez ao menos vamos preparados com um expert.
Simão- O Brasil, a França e a Argentina andaram a tentar contratá-lo, mas ele não quis.
Tiago- Exibições brilhantes no Lyon. Não se percebe esta convocatória. Com sorte, vem parar ao Porto e deixa de ter este incómodo.
Pauleta- Continua a marcar por França, enquanto cá é aquele zero que todos sabemos. Por isso, bem convocado.
Nuno Gomes- uns jogos irreconhecível, mas uma época no geral ao seu nível. Bem convocado.
Postiga- sem hipóteses no Porto, foi para França à procura da glória. Marcou 2 ou 3 golos. Bem convocado.
E daqui a uns dias cá estarei, do Irão, do Méxio e de Angola desde pequenina... E com a bandeira em honra ao Scolari.
setúbal 0 - FCPORTO 1
Não gosto do ambiente da Taça. Aquela euforia toda (mais pela bebida que pela bola), aqueles milhares de adeptos que parece que só existem para ir ao Jamor e a tal "festa da Taça" não me entusiasmam minimamente.
Fui ao Jamor porque bola é bola e porque, afinal de contas, estava um troféu em disputa. Depois de uma semana de Queima, acreditem que foi dos maiores sacrifícios que já fiz.
Começou mal a final da Taça. A falta de organização (que há dois anos me fez estacionar o carro ao lado de um rapaz dos NN...) é assustadora. Estivemos 2 horas parados, a meia dúzia de metros do estádio. Quando finalmente entrámos no recinto de estacionamento, um polícia pergunta: "é para estacionar?" (como se nós pensássemos em levar o carro para o relvado...) e diz "deviam ter vindo mais cedo"...
À entrada estivemos mais uns minutos debaixo daquele sol, à espera de uns senhores que demoravam eternidades a ver um bilhete, enquanto nos apertávamos uns aos outros. Sou só eu que acho ridículo que com tanto estádio que esteve no Euro a final da Taça continue a ser feita nestas condições?
Enfim, adiante. O jogo teve oportunidades, foi bem disputado e, apesar do setúbal ter jogado muito bem, pareceu-me novamente que mais cedo ou mais tarde aquilo estava ganho sem sofrimento.
Aos 40 minutos, Adriano marcou o único golo da partida após mais uma assistência da estrela dos sub21.
O árbitro não teve influência no resultado e os adeptos fizeram a tal "festa da Taça".
Não fosse mais uma demonstração de prepotência e incompetência da nossa polícia e tinha sido realmente uma festa. Eu disto nem vou falar porque já sabem a minha opinião e as imagens mostram tudo.
Incrivelmente, hoje pouco ouvi falar da Taça. Nada que não estivesse à espera depois de uma semana a falar-se de Koeman e Sá Pinto. Já sabemos como isto funciona. O que é certo é que ela já cá canta :)
Fui ao Jamor porque bola é bola e porque, afinal de contas, estava um troféu em disputa. Depois de uma semana de Queima, acreditem que foi dos maiores sacrifícios que já fiz.
Começou mal a final da Taça. A falta de organização (que há dois anos me fez estacionar o carro ao lado de um rapaz dos NN...) é assustadora. Estivemos 2 horas parados, a meia dúzia de metros do estádio. Quando finalmente entrámos no recinto de estacionamento, um polícia pergunta: "é para estacionar?" (como se nós pensássemos em levar o carro para o relvado...) e diz "deviam ter vindo mais cedo"...
À entrada estivemos mais uns minutos debaixo daquele sol, à espera de uns senhores que demoravam eternidades a ver um bilhete, enquanto nos apertávamos uns aos outros. Sou só eu que acho ridículo que com tanto estádio que esteve no Euro a final da Taça continue a ser feita nestas condições?
Enfim, adiante. O jogo teve oportunidades, foi bem disputado e, apesar do setúbal ter jogado muito bem, pareceu-me novamente que mais cedo ou mais tarde aquilo estava ganho sem sofrimento.
Aos 40 minutos, Adriano marcou o único golo da partida após mais uma assistência da estrela dos sub21.
O árbitro não teve influência no resultado e os adeptos fizeram a tal "festa da Taça".
Não fosse mais uma demonstração de prepotência e incompetência da nossa polícia e tinha sido realmente uma festa. Eu disto nem vou falar porque já sabem a minha opinião e as imagens mostram tudo.
Incrivelmente, hoje pouco ouvi falar da Taça. Nada que não estivesse à espera depois de uma semana a falar-se de Koeman e Sá Pinto. Já sabemos como isto funciona. O que é certo é que ela já cá canta :)
boavista 1 - FCPORTO 1
Na última jornada da Liga, o Porto não foi além de um empate no estádio do bessa. Frente a um adversário que parece pouco capaz de fazer melhor, os dragões apresentaram-se com uma espécie de equipa B. Apesar disso, o futebol apresentado foi muito bom. Até porque no relvado estava um menino de nome Anderson, que começa a corresponder às enormes expectativas.
Nas bancadas, poucos adeptos num jogo que nada decidia por si só.
O ambiente ficou mais uma vez ao cargo das claques, que se esforçaram por justificar o dinheiro gasto nos bilhetes.
Por cá, um cântico novo. Cópia acústica da última moda nas curvas, aí está ele:
Juntos nós vamos
A todo o lado
Porto te amo
Por ti eu canto
Porto allez...
Nas bancadas, poucos adeptos num jogo que nada decidia por si só.
O ambiente ficou mais uma vez ao cargo das claques, que se esforçaram por justificar o dinheiro gasto nos bilhetes.
Por cá, um cântico novo. Cópia acústica da última moda nas curvas, aí está ele:
Juntos nós vamos
A todo o lado
Porto te amo
Por ti eu canto
Porto allez...
05 maio, 2006
Queima 2006
Amanhã começa a Queima das Fitas do Porto. Por motivos óbvios e, por incrível que pareça, porque vou ter muito trabalho, não conto escrever na próxima semana.
Para a última jornada, fica o desejo de mais uma festa, do nacional na Europa e do vitória na 1ª Liga.
Boa semana!
Para a última jornada, fica o desejo de mais uma festa, do nacional na Europa e do vitória na 1ª Liga.
Boa semana!
03 maio, 2006
FCPORTO 3 - guimarães 1
Dia de festa no Dragão - mais uma na curta história deste estádio. Quase 50 mil portistas lá dentro e muitos mais cá fora, entoaram o hino do nosso clube com o cachecol azul e branco erguido. Uma imagem para mais tarde recordar.
Do jogo não há muito a dizer. As emoções não estavam propriamente concentradas no resultado, porque mais uma vez tivemos uma equipa capaz de nos dar algumas semanas de festa.
Já descansadinhos da vida, enquanto outros ainda andam aflitos para salvarem a época, os jogadores do Porto não quiseram dar razão a algumas vozes que durante a semana inventaram negócios que envolviam o facilitar a vitória ao guimarães e cedo mostraram que estavam ali com todo o profissionalismo característico dos grandes campeões.
Os jogadores do vitória lutaram pelos pontos que estavam obrigados a conquistar e a 1ª parte foi sobretudo uma constante disputa pela posse de bola, com poucos lances de golo eminente.
Só aos 69 minutos tivemos motivos para saltar. Lucho converteu uma grande penalidade que pelos vistos não foi (eu não vou comentar a arbitragem porque, sinceramente, não vi nada do jogo, mas já ouvi dizer que foi péssima para os dois lados... Mais uma para a lista deste ano).
O vitória não baixou os braços e aos 84 minutos Antchouet ainda empatou a partida.
Mas é difícil travar a euforia destes jovens jogadores, quando muitos estão a viver um sonho.
Aos 88 e aos 93, Lucho e Adriano deram a vitória aos novos campeões nacionais.
Depois do apito final, os portistas ainda tiveram direito a aplaudir os jogadores um a um. De notar a grande empatia com todos sem excepção (são campeões, não há discussão nestas alturas). Vitor Baía foi sem dúvida o mais aplaudido, provando que pode ser o número 2 deste sistema, mas no nosso coração é e será sempre o número 1.
Não posso deixar de confessar a minha tristeza como adepta pela eventual descida do vitória. Como já disse mil vezes, gosto de ver estádios com gente que puxam realmente pelo seu clube. Com garra, com amor, com dedicação. E nisto os vitorianos ganham aos pontos. Boa sorte para a última jornada.
Quanto a nós, CAMPEÕES, resta-nos dar um salto aos vizinhos traiçoeiros, gastar um dinheirão com o bilhete e festejar mais uma vez. É chato.
Do jogo não há muito a dizer. As emoções não estavam propriamente concentradas no resultado, porque mais uma vez tivemos uma equipa capaz de nos dar algumas semanas de festa.
Já descansadinhos da vida, enquanto outros ainda andam aflitos para salvarem a época, os jogadores do Porto não quiseram dar razão a algumas vozes que durante a semana inventaram negócios que envolviam o facilitar a vitória ao guimarães e cedo mostraram que estavam ali com todo o profissionalismo característico dos grandes campeões.
Os jogadores do vitória lutaram pelos pontos que estavam obrigados a conquistar e a 1ª parte foi sobretudo uma constante disputa pela posse de bola, com poucos lances de golo eminente.
Só aos 69 minutos tivemos motivos para saltar. Lucho converteu uma grande penalidade que pelos vistos não foi (eu não vou comentar a arbitragem porque, sinceramente, não vi nada do jogo, mas já ouvi dizer que foi péssima para os dois lados... Mais uma para a lista deste ano).
O vitória não baixou os braços e aos 84 minutos Antchouet ainda empatou a partida.
Mas é difícil travar a euforia destes jovens jogadores, quando muitos estão a viver um sonho.
Aos 88 e aos 93, Lucho e Adriano deram a vitória aos novos campeões nacionais.
Depois do apito final, os portistas ainda tiveram direito a aplaudir os jogadores um a um. De notar a grande empatia com todos sem excepção (são campeões, não há discussão nestas alturas). Vitor Baía foi sem dúvida o mais aplaudido, provando que pode ser o número 2 deste sistema, mas no nosso coração é e será sempre o número 1.
Não posso deixar de confessar a minha tristeza como adepta pela eventual descida do vitória. Como já disse mil vezes, gosto de ver estádios com gente que puxam realmente pelo seu clube. Com garra, com amor, com dedicação. E nisto os vitorianos ganham aos pontos. Boa sorte para a última jornada.
Quanto a nós, CAMPEÕES, resta-nos dar um salto aos vizinhos traiçoeiros, gastar um dinheirão com o bilhete e festejar mais uma vez. É chato.
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